Esta simpática jovem, de nacionalidade russa, ainda em território “Da Resistência” encontrou-se com o tranquilo “Donatário”.
sábado, 31 de outubro de 2009
Olga Tumanova nos Açores
Esta simpática jovem, de nacionalidade russa, ainda em território “Da Resistência” encontrou-se com o tranquilo “Donatário”.
Escola Profissional da Praia da Vitória
O Professor José João Angeiras e o Mestre-adegueiro António Fernando Espínola Godinho (aqui) deram uma aula na Adega da Casa Agrícola Brum Lda. (Museu do Vinho) a dez alunos da turma H 2 (1º turno) do Curso Técnico de Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar, da Escola Profissional da Praia da Vitória.
Cátia Mendes, estagiária (nível 4) do Curso de Controlo de Qualidade Alimentar do Departamento de Ciências Agrárias de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores esteve também presente.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Aprender a vindimar
Tal como acontecera anteriormente com as crianças de cinco anos do Divertlaxia (aqui), dezasseis crianças de três anos do mesmo Colégio estiveram vindimando no Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda.
246 Touradas à corda em 2009
No concelho de Angra do Heroísmo 141 (66 tradicionais e 75 não tradicionais).
No concelho da Praia da Vitória: 105 (46 tradicionais e 59 não tradicionais).
Na freguesia dos Biscoitos realizaram-se 12 touradas.
No ano de 2008 quantas foram? (ver aqui).
Em 2007 aqui.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Capital dos Açores - Angra, por Decreto Real
Títulos da cidade de Angra -28 de Outubro de 1828.
“Tendo sido esta cidade condecorada com o título de – Muito nobre e sempre leal cidade de Angra – pelos feitos heróicos praticados por seus fiéis habitantes na restauração de Portugal em 1641, e tendo outrossim estas ilhas sido declaradas adjacentes ao reino de Portugal por alvará de 26 de Fevereiro de 1771, e ultimamente contempladas como província do reino # 1º., artigo 2º, título 1º da Carta Constitucional: há por bem esta Junta Provisória, encarregada de manter a legítima autoridade d’El-Rei o Senhor Dom Pedro IV, declarar em nome do mesmo Augusto Senhor, que todas as nove ilhas dos Açores são uma só e única província do reino, e que esta cidade de Angra é a capital da província dos Açores. As autoridades a quem competir assim o tenham entendido, cumpram e façam executar: e o Secretário dos Negócios Interinos faça dirigir cópia deste decreto às estações competentes e autoridades na forma do estilo. – Angra, 28 de Outubro de 1828. – Diocleciano Leão Cabreira. – João José da Cunha Ferraz.- José António da Silva Torres. – Referendado: Alexandre Martins Pamplona”.
Nos Biscoitos
No Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda. encontraram-se com o tranquilo “Donatário”.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
De pequenino é que...
Na companhia da Professora Ana Margarida Dias Simões e de Verónica Margarida Cordeiro Machado, Assistente de Acção Educativa, 13 alunos do Colégio Divertilaxia da Praia da Vitória, vindimaram no Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Verdelho nas Portas do Mar-III
(continuação)
Grupo de estudantes universitários da “Terra dos Bravos”do 3º ano dos curso de Gestão e Economia da Universidade dos Açores. Na ocasião manifestaram surpresa pela existência de várias marcas comerciais de vinhos de Verdelho da freguesia dos Biscoitos (aqui).
Teresa Lima sendo entrevistada pela jornalista Magda Neto para o programa de televisão "Momentos", a ir para o ar no próximo dia 30 de Outubro pf, a seguir ao Telejornal da RTP-Açores.


Simpatia, biscoitos e vinho
Durante a estada nesta Ilha foram aos Biscoitos. Estiveram na sua orla marítima – região (de)marcada - onde observaram as típicas curraletas com vinha.
Ainda nesta freguesia do concelho de Praia da Vitória conseguiram entrar em território “Da Resistência”, onde degustaram uvas tardias, o tranquilo “Donatário” e o generoso “Chico Maria”.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Verdelho nas Portas do Mar-II
(continuação)
(continua)
Segundo Teresa Lima os vinhos de Verdelho dos Biscoitos foram muito apreciados.

Já nos referimos a estes vinhos aqui.


(continua)
domingo, 25 de outubro de 2009
Verdelho nas Portas do Mar - I
Como já referimos aqui, os vinhos de Verdelho dos Biscoitos, à semelhança do que aconteceu no "Wine Festival" em 2008, têm sido objecto de muita curiosidade por parte de açorianos e turistas. Muitos dos consumidores associam o Verdelho somente ao vinho licoroso. A presença de um Verdelho para acompanhar uma refeição foi uma agradável novidade.


Teresa Lima é um dos convidados do jornalista Pedro Moura para uma entrevista no programa "Bom Dia Açores", de amanhã (26 de Outubro), sobre os Vinhos de Verdelho dos Biscoitos e os projectos que estão em curso na área da vinha e do vinho no Laboratório de Enologia do Departamento de Ciências Agrárias de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores.
(continua)
Ontem, na Praia do Almoxarife
O ADITIVO

“Um vinho, diz-se aliás, é embaixador de um território, sobretudo se indica no rótulo isso mesmo, e é velha a “guerra” no mundo por causa dos vinhos de região e do modo como são produzidos numa dada zona e com os recursos dela.
Ele indica, ou deve indicar, e manifestar a identidade de uma terra, das suas gentes e usos, pois o vinho é um produto cultural, com impacto profundo na cultura de uma dada região e não apenas nas carteiras de quem está envolvido nos seus negócios.
Ora acontece que, aí há uns anos, alguns países europeus menos abonados de sol e de uvas, tentaram fazer aprovar, em regulamento comunitário, a possibilidade de se fazer vinho de um modo que era mais “a martelo” que uma tábua cheia de pregos.
A consequência é simples de explicar: Uma “coisa”, assim fabricada, iria concorrer com os vinhos produzidos com labuta, conhecimento e arte, nos países onde o vinho tem condições para ser produzido naturalmente, digamos assim.
A pressão dos países do Sul aguentou a investida maior, mas deixou sequelas. Uma delas é a possibilidade de adição, no acto de produção de um vinho de uma dada região, de mosto concentrado proveniente doutra região.
O objectivo é o de, com isso, obter vinho mais assim ou assado, nomeadamente um pouco mais alcoólico, compensando ou alterando as características do que seria produzido localmente, sem recurso a isso.
Ora, quando eu procuro um vinho alentejano ou duriense, dos Biscoitos, das Beiras, ou do Pico, espero um dado resultado e uma dada personalidade do produto.
Se me dizem, afinal, que o vinho é de um sítio, mas feito com o recurso, pequeno que seja, a mosto concentrado doutro bem longe, o vinho acaba por ser donde?
Seria por isso importante que, em todos os casos em que se aceite a inclusão de materiais, provenientes doutras zonas do território de um país, doutros pontos da União Europeia, ou até do Mundo, se desse conhecimento do acto, para informação dos potenciais clientes.
È pena que isto aconteça mas, já que a possibilidade deste – a meu ver, imbróglio - foi aberta pela União Europeia, ao menos que - e seguindo a sugestão de um conceituado chefe de cozinha português, - se coloque no rótulo, a par da indicação “contém sulfitos”, benéfica para a saúde, qualquer coisa como: “realizado com o contributo de mosto concentrado externo à região demarcada”, benéfica para a cultura, identidade e turismo.
Ou, em alternativa, que os que não fazem isso sejam livres de indicar essa diferença nos seus rótulos.
Ficaremos todos a saber, afinal, de que produto se está a falar, o que estamos a comprar e a recomendar, com muito mais clareza do que agora.
Sobretudo quando o turismo cultural é considerado esteio de desenvolvimento, todas estas coisas importam.”
Francisco dos Reis Maduro-Dias «IN» «DI» «IT» «RAA» de 13 de Setembro de 2009.
sábado, 24 de outubro de 2009
Carlos César Confrade do Vinho de Verdelho

do Serviço de Desenvolvimento Agrário da ilha Terceira
Depois de ter sido aceite no Capítulo – geral de Novembro do ano de 2007, Carlos Manuel Martins do Vale César, Presidente do Governo Regional dos Açores, será entronizado Confrade de Honra e Devoção na Confraria do Vinho de Verdelho dos Biscoitos no próximo dia 5 de Dezembro nos Paços do Concelho da Praia da Vitória.
A nossa fonte não revelou mais pormenores mas Bagos D’Uva sabe que a investidura só não se concretizou durante o Congresso de Confrarias Báquicas e Gastronómicas (aqui) em virtude da agenda oficial estar na altura já preenchida.
A nossa fonte não revelou mais pormenores mas Bagos D’Uva sabe que a investidura só não se concretizou durante o Congresso de Confrarias Báquicas e Gastronómicas (aqui) em virtude da agenda oficial estar na altura já preenchida.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Verdelho dos Biscoitos nas Portas do Mar
Como já referimos aqui, abre hoje em Ponta Delgada o “Wine Azores 09”, promovido e organizado pela Angular XXL. A convite do Dr. Francisco Silveira e Dr. José Joaquim Coutinho da Costa, responsáveis e sócios desta empresa, a Prof.ª Doutora Maria Teresa Ribeiro de Lima, (aqui) do Departamento de Ciências Agrárias de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores e Grã-escanção da Confraria do Vinho de Verdelho dos Biscoitos, irá participar nesta acção com vinhos de Verdelho dos Biscoitos. Acompanha-a o Mestre João Neves que irá também colaborar no “Wine Azores 09”.
Os vinhos de Verdelho que estarão nas “Portas do Mar” para degustação são os seguintes: "Moledo" e "Magma" da Adega Cooperativa dos Biscoitos CRL (aqui); "Quinta das Vinhas" deJosé Manuel Cardoso (aqui); "Donatário" da Casa Agrícola Brum Lda. (aqui); "Pedras do Lobo" de José Manuel Machado; "Santa Iria" de Venâncio Ávila; "Adega Simas" de Rufino Simas (aqui) e “Vinha Branca” de Dimas Simas Lopes (aqui). Vinhos que foram gentilmente oferecidos pelos vitivinicultores referidos.
Teresa Lima e João Neves irão desenvolver actividades paralelas no "Wine Azores 09", nomeadamente 4 sessões para grupos de 12 pessoas sobre apreciação de vinhos de Verdelho dos Biscoitos e duas comunicações. Estas serão sobre os temas seguintes: “Contagiando os Estudantes para a Cultura da Vinha” e “Estudo do Potencial das Leveduras Indígenas das Vinhas dos Açores”.
Os vinhos de Verdelho que estarão nas “Portas do Mar” para degustação são os seguintes: "Moledo" e "Magma" da Adega Cooperativa dos Biscoitos CRL (aqui); "Quinta das Vinhas" deJosé Manuel Cardoso (aqui); "Donatário" da Casa Agrícola Brum Lda. (aqui); "Pedras do Lobo" de José Manuel Machado; "Santa Iria" de Venâncio Ávila; "Adega Simas" de Rufino Simas (aqui) e “Vinha Branca” de Dimas Simas Lopes (aqui). Vinhos que foram gentilmente oferecidos pelos vitivinicultores referidos.
Teresa Lima e João Neves irão desenvolver actividades paralelas no "Wine Azores 09", nomeadamente 4 sessões para grupos de 12 pessoas sobre apreciação de vinhos de Verdelho dos Biscoitos e duas comunicações. Estas serão sobre os temas seguintes: “Contagiando os Estudantes para a Cultura da Vinha” e “Estudo do Potencial das Leveduras Indígenas das Vinhas dos Açores”.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Wine Azores 09
No primeiro dia (amanhã) estará aberto ao público depois das 21h00.Nos dias 24 e 25 entre as 15h00 e as 21h00.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Professores nos Biscoitos
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Cartas d’Armas de Açorianos
Como diz Sérgio Duarte, autor, entre outras publicações da monumental obra “Ex-Líbris Portugueses Heráldicos”, Livraria Civilização Editora, Porto 1990, iniciou esta inventariação em 2005, com o intuito de reunir um conjunto vasto de informação, dispersa por um sem número de livros e revistas da especialidade, que foi publicada ao longo de várias décadas, permitindo, assim, ao investigador do presente, maior facilidade. Paralelamente dá conhecimento público de um conjunto regional de Alvarás, mais recentes, do extinto Conselho de Nobreza.
Trata-se de uma obra notável a vários títulos e a sua apresentação gráfica é, sem, dúvida, excepcional.
O I.A.C., mais uma vez, presta um grande serviço à cultura açoriana com esta obra.
Já nos referimos a Sérgio Avelar Duarte aqui.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Agentes de Viagens Suíços nos Biscoitos
Nos Biscoitos, entraram em território “Da Resistência”, onde degustaram o tranquilo “Donatário” e o generoso “Chico Maria”.
domingo, 18 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Guias da Natureza
Ainda em território "Da Resistência" provaram uvas tardias e conheceram a adega onde é vinificado o tranquilo “Donatário”.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Visita educacional
Durante a estada na ilha Terceira visitaram, na companhia do Dr. Rui Moniz (TOP Atlântico), o Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda. onde degustaram o tranquilo “Donatário” e o generoso “Chico Maria”.
Na freguesia dos Biscoitos tiveram a oportunidade de apreciarem a paisagem no litoral e as típicas curraletas com vinhas.
SATA Express
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E APLICAÇÕES – VII e derradeiro
Por: Segismundo Pinto
(continuação)
Na heráldica autárquica os elementos mais utilizados num ordenamento são: o escudo, a coroa mural – coroa de formato variável que encima o brasão de uma autarquia ou povoação. Para as autarquias que tem sede em cidades é de prata, com cinco torres aparentes, com excepção da da cidade de Lisboa que, por ser a capital do país, é de ouro. Para as freguesias com sede em povoação que são vila é de prata, com quatro torres aparentes. Para as freguesias com sede em povoação simples também é de prata mas apenas tem três torres aparentes, o listel – Fita onde se inscreve o grito de guerra ou a divisa e as condecorações
Nos primitivos brasões, tal como acontece hoje em dia, para se tornarem visíveis e identificarem quem os utilizava eram usados um número limitado de tintas – designação dada em heráldica quer aos metais quer aos esmaltes -– Que se pode ver; que não está interceptado por coisa que o oculte.
A propósito de visibilidade refira-se que nas coroas murais e nos coronéis, dado o seu formato circular, quando vistos na posição convencional, de frente, apenas é visível a metade voltada para o observador pelo que tudo o que figura na outra metade não é visível.
As tintas dividem-se em três grupos e têm nomes próprios para as distinguir. – Em heráldica apenas se utilizam como metais o ouro e a prata. Quando não são representados nas suas cores reais utiliza-se, respectivamente, o amarelo e o branco.
O vermelho, o azul, o negro, o verde e a púrpura chamam-se esmaltes – o nome que usualmente se dá às cores usadas na heráldica.
As peles – são forros que na heráldica englobam o arminho e os veiros e os seus contrários.
Como em todas as ciências, há regras próprias que têm de ser sempre cumpridas. As da heráldica são muito poucas e chamam-se leis heráldicas – conjunto de normas e regras, de carácter universal, que têm vindo a ser aplicadas desde a consolidação da heráldica enquanto ciência e arte e que regem, disciplinam e uniformizam a sua prática.
A primeira lei heráldica, é a lei da iluminura que proíbe colocar metal sobre metal ou esmalte sobre esmalte mas permite usar esmalte ou pele sobre metal e metal ou pele sobre esmalte.
A segunda é a lei da estilização. Para a cumprir todas as figuras podem ser representadas desde que sejam estilizadas e não figuradas tal como se apresentam ao observador. É graças a essa lei que novas figuras passaram a ser utilizadas, embora com aspecto diferente do que têm na realidade.
A terceira é a lei das proporções. Manda que tanto peças como figuras sejam desenhadas com arte, de tal forma que a composição seja harmónica – proporcionada, coerente, agradável de contemplar e agradável. Por isso devem preencher o campo do escudo mas não devem tocar nos seus limites.
Como já se disse é no escudo que se representa o brasão. A superfície do escudo chama-se campo – e é delimitada pelos bordos, sendo nela qual se representam peças e as figuras.
As peças – formas que se desenham no campo do escudo, constituídas por linhas geométricas, rectas e curvas, abrangem as fundamentais ou ordinárias, as diminutas e as derivadas. Quando uma peça não assenta directamente sobre o campo do escudo, mas sim noutra, diz-se que a primeira está carregada da segunda.
As figuras – o que se representa no escudo e não tem configuração geométrica, dividem-se em naturais, abrangendo seres humanos, animais, vegetais, minerais, elementos astros, etc. artificiais, abarcando objectos produzidos pela indústria humana; fantásticas, as que representam seres imaginários, frequentemente animais ou combinações de partes de animais e quiméricas ou fabulosas se representarem animais inexistentes.
Tal como na geografia também no campo existem áreas – espaço delimitado duma figura geométrica com nomes próprios. Conhece-los é fundamental para se saber que lugar – espaço ocupado por uma peça ou figura ocupam no campo do escudo.
Por outro lado, é muito importante saber a postura – situação ou lugar ocupado por uma peça ou figura heráldica e o alinhamento – posição relativa entre as das figuras ou peças.
No primeiro caso preocupamo-nos com a posição que têm no escudo. No segundo com a maneira como agrupamos duas ou mais peças ou figuras segundo determinado sentido.
A heráldica usa uma linguagem própria – maneira de mencionar ou descrever mediante qualquer sistema ou conjunto de sinais, fonéticos ou visuais, que servem para a expressão do pensar e sentir para descrever os brasões.
Deve ser sintética – diz-se de uma descrição resumida; precisa, – clara, exacta, rigorosa, que não permite induzir em dúvida e concisa – modo de exprimir conceitos e ideias com exactidão empregando o menor número possível de palavras se bem que, por vezes, se empreguem termos arcaicos – pertencentes ou próprios de tempos anteriores e não são usados na actualidade.
Os brasões são representados em diversos lugares e com funções específicas e finalidades diversas. Registe-se que as funções mais usuais são a identificadora, ligada á posse e a propriedade, e a sumptuária e a honorífica.
A este propósito é particularmente significativa a passagem, constante do texto das cartas de brasão de armas emitidas em Portugal: posa entrar em batalhas, O qual escudo, armas, a sinaes po / as trazer e traga o dito fulano, assim como as tro / cerão e dellas uzarão seus anteçe - / ssores, em todos os lugares de / honra, em que os ditos seus na - / tessecores, e os nobres, e antigos fi / dalgos sempre as custumarão tra / zer em tempo dos muy esclarecidos Reys meus na - / teçessores, e com ellascã - / pos, escaramuças, e exercitar com ellas todos os / outros actos licitos da guerra, e da pax, e assim as / posa trazer em seus firmaes, aneis, senetes, e deuizas / e as por em suas cazas, e edificios, e deixallas sobre / sua propria sepultura, e finalmente se servir e hon - / rar, gozar,e aproveitar dellas em todo, e por to - / do, como a sua nobrexa convem
Hoje, como no passado, a representação heráldica é figurada nos mais variados sítios e situações pelas mais diversas entidades. Em casas, automóveis ou móveis. Em peças de louça ou objectos de prata. Tanto num guardanapo de papel como na mais artística pintura. No mais discreto bilhete como no mais luxuoso convite.
Resulta daí a sua aplicação prática.
Deste modo, embora com origem no século XI, a heráldica, independentemente de regimes, convencionalismos ou práticas sociais, faz parte duma forma indelével e indeclinável do nosso quotidiano
É por isso que a heráldica é uma ciência viva, actual e dinâmica.
Angra do Heroísmo, 5 de Outubro de 2009
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – I
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – II
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – III
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – IV
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – V
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – VI
Na heráldica autárquica os elementos mais utilizados num ordenamento são: o escudo, a coroa mural – coroa de formato variável que encima o brasão de uma autarquia ou povoação. Para as autarquias que tem sede em cidades é de prata, com cinco torres aparentes, com excepção da da cidade de Lisboa que, por ser a capital do país, é de ouro. Para as freguesias com sede em povoação que são vila é de prata, com quatro torres aparentes. Para as freguesias com sede em povoação simples também é de prata mas apenas tem três torres aparentes, o listel – Fita onde se inscreve o grito de guerra ou a divisa e as condecorações
Nos primitivos brasões, tal como acontece hoje em dia, para se tornarem visíveis e identificarem quem os utilizava eram usados um número limitado de tintas – designação dada em heráldica quer aos metais quer aos esmaltes -– Que se pode ver; que não está interceptado por coisa que o oculte.
A propósito de visibilidade refira-se que nas coroas murais e nos coronéis, dado o seu formato circular, quando vistos na posição convencional, de frente, apenas é visível a metade voltada para o observador pelo que tudo o que figura na outra metade não é visível.
As tintas dividem-se em três grupos e têm nomes próprios para as distinguir. – Em heráldica apenas se utilizam como metais o ouro e a prata. Quando não são representados nas suas cores reais utiliza-se, respectivamente, o amarelo e o branco.
O vermelho, o azul, o negro, o verde e a púrpura chamam-se esmaltes – o nome que usualmente se dá às cores usadas na heráldica.
As peles – são forros que na heráldica englobam o arminho e os veiros e os seus contrários.
Como em todas as ciências, há regras próprias que têm de ser sempre cumpridas. As da heráldica são muito poucas e chamam-se leis heráldicas – conjunto de normas e regras, de carácter universal, que têm vindo a ser aplicadas desde a consolidação da heráldica enquanto ciência e arte e que regem, disciplinam e uniformizam a sua prática.
A primeira lei heráldica, é a lei da iluminura que proíbe colocar metal sobre metal ou esmalte sobre esmalte mas permite usar esmalte ou pele sobre metal e metal ou pele sobre esmalte.
A segunda é a lei da estilização. Para a cumprir todas as figuras podem ser representadas desde que sejam estilizadas e não figuradas tal como se apresentam ao observador. É graças a essa lei que novas figuras passaram a ser utilizadas, embora com aspecto diferente do que têm na realidade.
A terceira é a lei das proporções. Manda que tanto peças como figuras sejam desenhadas com arte, de tal forma que a composição seja harmónica – proporcionada, coerente, agradável de contemplar e agradável. Por isso devem preencher o campo do escudo mas não devem tocar nos seus limites.
Como já se disse é no escudo que se representa o brasão. A superfície do escudo chama-se campo – e é delimitada pelos bordos, sendo nela qual se representam peças e as figuras.
As peças – formas que se desenham no campo do escudo, constituídas por linhas geométricas, rectas e curvas, abrangem as fundamentais ou ordinárias, as diminutas e as derivadas. Quando uma peça não assenta directamente sobre o campo do escudo, mas sim noutra, diz-se que a primeira está carregada da segunda.
As figuras – o que se representa no escudo e não tem configuração geométrica, dividem-se em naturais, abrangendo seres humanos, animais, vegetais, minerais, elementos astros, etc. artificiais, abarcando objectos produzidos pela indústria humana; fantásticas, as que representam seres imaginários, frequentemente animais ou combinações de partes de animais e quiméricas ou fabulosas se representarem animais inexistentes.
Tal como na geografia também no campo existem áreas – espaço delimitado duma figura geométrica com nomes próprios. Conhece-los é fundamental para se saber que lugar – espaço ocupado por uma peça ou figura ocupam no campo do escudo.
Por outro lado, é muito importante saber a postura – situação ou lugar ocupado por uma peça ou figura heráldica e o alinhamento – posição relativa entre as das figuras ou peças.
No primeiro caso preocupamo-nos com a posição que têm no escudo. No segundo com a maneira como agrupamos duas ou mais peças ou figuras segundo determinado sentido.
Deve ser sintética – diz-se de uma descrição resumida; precisa, – clara, exacta, rigorosa, que não permite induzir em dúvida e concisa – modo de exprimir conceitos e ideias com exactidão empregando o menor número possível de palavras se bem que, por vezes, se empreguem termos arcaicos – pertencentes ou próprios de tempos anteriores e não são usados na actualidade.
Os brasões são representados em diversos lugares e com funções específicas e finalidades diversas. Registe-se que as funções mais usuais são a identificadora, ligada á posse e a propriedade, e a sumptuária e a honorífica.
A este propósito é particularmente significativa a passagem, constante do texto das cartas de brasão de armas emitidas em Portugal: posa entrar em batalhas, O qual escudo, armas, a sinaes po / as trazer e traga o dito fulano, assim como as tro / cerão e dellas uzarão seus anteçe - / ssores, em todos os lugares de / honra, em que os ditos seus na - / tessecores, e os nobres, e antigos fi / dalgos sempre as custumarão tra / zer em tempo dos muy esclarecidos Reys meus na - / teçessores, e com ellascã - / pos, escaramuças, e exercitar com ellas todos os / outros actos licitos da guerra, e da pax, e assim as / posa trazer em seus firmaes, aneis, senetes, e deuizas / e as por em suas cazas, e edificios, e deixallas sobre / sua propria sepultura, e finalmente se servir e hon - / rar, gozar,e aproveitar dellas em todo, e por to - / do, como a sua nobrexa convem
Hoje, como no passado, a representação heráldica é figurada nos mais variados sítios e situações pelas mais diversas entidades. Em casas, automóveis ou móveis. Em peças de louça ou objectos de prata. Tanto num guardanapo de papel como na mais artística pintura. No mais discreto bilhete como no mais luxuoso convite.
Resulta daí a sua aplicação prática.
Deste modo, embora com origem no século XI, a heráldica, independentemente de regimes, convencionalismos ou práticas sociais, faz parte duma forma indelével e indeclinável do nosso quotidiano
É por isso que a heráldica é uma ciência viva, actual e dinâmica.
Angra do Heroísmo, 5 de Outubro de 2009
APLICAÇÕES – I
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – II
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – III
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – IV
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – V
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E
APLICAÇÕES – VI
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Família Pingarinho nos Biscoitos
Na ilha Terceira esta conhecida Família alentejana esteve em território “Da Resistência” onde degustaram o tranquilo “Donatário” e o generoso “Chico Maria”.
A Família Pingarinho, que há anos engarrafava o seu vinho com a marca "Convenção", actualmente entrega a sua produção na Adega Cooperativa de Borba.
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E APLICAÇÕES- VI
Por: Segismundo Pinto
(continuação)
O paquife – originado numa peça de pano destinada a evitar o aquecimento do elmo e da parte superior traseira da armadura em resultado da exposição ao sol, passou a ser representado com o aspecto dum tecido retalhado presumivelmente em resultado do seu dilaceramento e rasgos ocorridos durante uma actividade de cariz guerreiro. Dadas as suas dobras, são visíveis tanto a parte exterior como o forro tomando, respectivamente, as tintas da peça ou figura principal e a do campo do escudo. O seu desenho é sempre executado com uma preocupação ornamental figurando-se, preso ao elmo e saindo do virol, repartido por tiras que se prolongam pelos lados do escudo.
Carta de brasão de armas passada a António Soares de Sousa Ferreira Borges de Medeiros, figurando escudo, de formato francês, com sua diferença, elmo, virol, paquife, correias e timbre. 1739.04.08.
As correias – essencialmente usadas na heráldica ibérica, são tiras de cabedal que inicialmente serviam para prender o elmo à couraça, representam-se geralmente de vermelho, perfiladas e fiveladas de ouro, com tachões e biqueira do mesmo.
O timbre – peça ou figura representada sobre o virol do elmo ou sobre o coronel é, em regra, tirado de uma figura ou peça representada no brasão, podendo ser acompanhado doutras peças. Os timbres medievais eram, frequentemente, figuras de animais ferozes ou, mesmo, de animais fabulosos e crê-se que a sua escolha se relacionava com uma preocupação de infundir respeito ou temor.
Os suportes – animais, reais ou fabulosos, que se representam de cada lado do escudo, sustentando-o, tal como os tenentes. As duas figuras podem ser iguais ou representar animais diferentes. Em Portugal o seu emprego foi muito restrito e apenas se expandiu no século XIX, de uso legalmente autorizado por Cartas de Brasão de Armas de mercê nova.
Os tenentes – figuras humanas ou com figuração personificável, masculinas ou femininas, que se representam de cada lado do escudo sustentando-o, são uma variante de suportes. O seu uso resulta do costume de expor à admiração pública, os escudos dos cavaleiros, antes dos torneios, seguros por pajens ou homens de armas pelo que, geralmente, são representadas duas figuras. Em Portugal, e à semelhança dos suportes, o seu uso ainda foi mais restrito.
O grito de guerra – palavra ou palavras que os guerreiros entoavam, com o fim de levantar o moral ou incitar o combate, antes e durante uma batalha. Tradicionalmente utilizado pelas tropas dos reinos da península ibérica, até fins do século XIV, era Santiago. Com a crise de 1383-85 e a posterior guerra com Castela os portugueses mudaram-no para S. Jorge tendo voltado a usar Santiago já nos princípios do século XVI. Em heráldica é um ornamento exterior que se inscreve num lístel colocado na parte superior do ordenamento.
A divisa – chama-se divisa ou legenda a uma frase ou palavra que exprime os desejos ou intenções do portador do escudo. Em heráldica é um ornamento exterior que se inscreve, também, num listel mas colocado na parte inferior do ordenamento.
As condecorações – insígnias duma instituição honorífica, concedidas por quem de direito a fim de premiar serviços ou actos relevantes. Na Idade Média começou por se tratar da insígnia duma Ordem Religiosa ou Militar que identificava os seus membros que, com a gradual perda do espírito corporativo que animava estas organizações foram-se transformando em recompensas individuais e laicas, aos poucos transformando-se nas modernas condecorações.
(continua)
O paquife – originado numa peça de pano destinada a evitar o aquecimento do elmo e da parte superior traseira da armadura em resultado da exposição ao sol, passou a ser representado com o aspecto dum tecido retalhado presumivelmente em resultado do seu dilaceramento e rasgos ocorridos durante uma actividade de cariz guerreiro. Dadas as suas dobras, são visíveis tanto a parte exterior como o forro tomando, respectivamente, as tintas da peça ou figura principal e a do campo do escudo. O seu desenho é sempre executado com uma preocupação ornamental figurando-se, preso ao elmo e saindo do virol, repartido por tiras que se prolongam pelos lados do escudo.
As correias – essencialmente usadas na heráldica ibérica, são tiras de cabedal que inicialmente serviam para prender o elmo à couraça, representam-se geralmente de vermelho, perfiladas e fiveladas de ouro, com tachões e biqueira do mesmo.
O timbre – peça ou figura representada sobre o virol do elmo ou sobre o coronel é, em regra, tirado de uma figura ou peça representada no brasão, podendo ser acompanhado doutras peças. Os timbres medievais eram, frequentemente, figuras de animais ferozes ou, mesmo, de animais fabulosos e crê-se que a sua escolha se relacionava com uma preocupação de infundir respeito ou temor.
Os suportes – animais, reais ou fabulosos, que se representam de cada lado do escudo, sustentando-o, tal como os tenentes. As duas figuras podem ser iguais ou representar animais diferentes. Em Portugal o seu emprego foi muito restrito e apenas se expandiu no século XIX, de uso legalmente autorizado por Cartas de Brasão de Armas de mercê nova.
Os tenentes – figuras humanas ou com figuração personificável, masculinas ou femininas, que se representam de cada lado do escudo sustentando-o, são uma variante de suportes. O seu uso resulta do costume de expor à admiração pública, os escudos dos cavaleiros, antes dos torneios, seguros por pajens ou homens de armas pelo que, geralmente, são representadas duas figuras. Em Portugal, e à semelhança dos suportes, o seu uso ainda foi mais restrito.
O grito de guerra – palavra ou palavras que os guerreiros entoavam, com o fim de levantar o moral ou incitar o combate, antes e durante uma batalha. Tradicionalmente utilizado pelas tropas dos reinos da península ibérica, até fins do século XIV, era Santiago. Com a crise de 1383-85 e a posterior guerra com Castela os portugueses mudaram-no para S. Jorge tendo voltado a usar Santiago já nos princípios do século XVI. Em heráldica é um ornamento exterior que se inscreve num lístel colocado na parte superior do ordenamento.
A divisa – chama-se divisa ou legenda a uma frase ou palavra que exprime os desejos ou intenções do portador do escudo. Em heráldica é um ornamento exterior que se inscreve, também, num listel mas colocado na parte inferior do ordenamento.
As condecorações – insígnias duma instituição honorífica, concedidas por quem de direito a fim de premiar serviços ou actos relevantes. Na Idade Média começou por se tratar da insígnia duma Ordem Religiosa ou Militar que identificava os seus membros que, com a gradual perda do espírito corporativo que animava estas organizações foram-se transformando em recompensas individuais e laicas, aos poucos transformando-se nas modernas condecorações.
(continua)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Jacques Morzier nos Biscoitos
Na Terceira foi acompanhado pela simpática professora Zita Ferreira, guia intérprete regional. Nesta Ilha, visitou no litoral dos Biscoitos, a região (de)terminada VLQPRD, tendo apreciado as típicas curraletas. Ainda nesta freguesia do concelho da Praia da Vitória entraram em território “Da Resistência”onde degustaram uvas tardias e o tranquilo “Donatário”.
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E APLICAÇÕES – V
Por: Segismundo Pinto
(continuação)
Em Portugal, após a reforma manuelina de 1512 posta em prática pelo Regimento de Armaria de D. Manuel I, legislação de carácter heráldico e nobiliárquico de que se manteve em vigor até à proclamação da República existiram três Reis de Armas, designados por Portugal, Algarve e Índia após uma cerimónia de baptismo em que o Rei lhes estipulava a designação. O principal era o Rei de Armas Portugal que era o Juiz das questões acima mencionadas relacionadas com a nobreza. O Rei de Armas Algarve desempenhava as funções de escrivão da Nobreza no chamado Cartório da Nobreza que era um departamento da Casa Real destinado, entre outras funções, a emitir cartas de brasão de armas na sequência, quer do reconhecimento do direito ao uso de um brasão de família por determinada pessoa, quer pela concessão dum brasão de armas de mercê nova. Após a ida do Rei D. João VI para o Brasil em, em 1807, foi criado um novo Rei de Armas designado por América, África e Índia, cuja existência cessou com o regresso do monarca a Portugal, passando a haver o tradicional Rei de Armas Índia. Com a implantação da República, em 1910, estes cargos desapareceram.
A eles correspondiam três Arautos, depois duma cerimónia especial eram baptizados pelo Rei com os nomes de Lisboa, Silves e Goa nomes das cidades mais importantes de cada um dos reinos embora, a partir de certa altura o Arauto Silves passa-se a ser designado pelo nome de Tavira e três Passavantes que, igualmente, depois duma cerimónia especial eram baptizados pelo Rei com os nomes de Santarém, Lagos e Cochim correspondentes a cidades dos reinos de Portugal, Algarve e Índia.
É aos arautos que se deve, passado o primeiro grande período de formação e consolidação da heráldica, a sua sistematização, feita fundamentalmente através de manuais e tratados que, acompanhando o desenvolvimento da imprensa, passaram a estar acessíveis a um conjunto alargado de interessados, ao contrário dos armoriais, regra geral manuscritos iluminados cujo acesso estava limitado a muito poucas pessoas.
Tentando sistematizar pode-se dizer que, no fundo, o estado da questão se reduzia a três aspectos. Um, jurídico, que se debruçava sobre o direito às armas. Um segundo, técnico que se circunscrevia ao brasão e, por fim, um terceiro, de natureza cientifica que se relacionava com a Heráldica
Elementos componentes da proposta de reordenamento heráldico das armas de Portugal, segundo João Paulo de Abreu Lima. Portugal. 1963.
O conjunto dos elementos que fazem parte dum brasão chama-se ordenamento – sendo constituído pelo escudo, elmo, coroa ou coronel, timbre e elementos exteriores, que representam heraldicamente uma pessoa ou entidade e é diferente conforme se tratar do brasão duma pessoa ou família ou do de uma pessoa colectiva.
Os elementos mais utilizados num ordenamento respeitante a uma pessoa ou família são diversos.
Além do escudo e do elmo existe o coronel – coroa aberta, vulgarmente designada por coroa, variando de feitio de acordo com o título da pessoa que tem o direito de a usar encimando o seu brasão, existindo distintos coronéis para duque, marquês, conde, visconde, barão e senhor. Também é usado o coronel de nobreza que será desenhado de tal forma que não se possa confundir com nenhum dos privativos dos títulos.
O virol – pequena coifa circular de couro, forrada de tecido espesso, usada no cimo do elmo, presa a este por atilhos, e coberta por rolos de tecido, de onde parte o paquife, era destinada a amortecer pancadas dadas com armas cortantes ou contundentes, de cima para baixo. Costuma ser representado apenas com as duas tintas mais importantes do brasão e, geralmente, serve de suporte ao timbre que a ele é fixado por meio dum espigão metálico.
(continua)
A eles correspondiam três Arautos, depois duma cerimónia especial eram baptizados pelo Rei com os nomes de Lisboa, Silves e Goa nomes das cidades mais importantes de cada um dos reinos embora, a partir de certa altura o Arauto Silves passa-se a ser designado pelo nome de Tavira e três Passavantes que, igualmente, depois duma cerimónia especial eram baptizados pelo Rei com os nomes de Santarém, Lagos e Cochim correspondentes a cidades dos reinos de Portugal, Algarve e Índia.
É aos arautos que se deve, passado o primeiro grande período de formação e consolidação da heráldica, a sua sistematização, feita fundamentalmente através de manuais e tratados que, acompanhando o desenvolvimento da imprensa, passaram a estar acessíveis a um conjunto alargado de interessados, ao contrário dos armoriais, regra geral manuscritos iluminados cujo acesso estava limitado a muito poucas pessoas.
Tentando sistematizar pode-se dizer que, no fundo, o estado da questão se reduzia a três aspectos. Um, jurídico, que se debruçava sobre o direito às armas. Um segundo, técnico que se circunscrevia ao brasão e, por fim, um terceiro, de natureza cientifica que se relacionava com a Heráldica
O conjunto dos elementos que fazem parte dum brasão chama-se ordenamento – sendo constituído pelo escudo, elmo, coroa ou coronel, timbre e elementos exteriores, que representam heraldicamente uma pessoa ou entidade e é diferente conforme se tratar do brasão duma pessoa ou família ou do de uma pessoa colectiva.
Os elementos mais utilizados num ordenamento respeitante a uma pessoa ou família são diversos.
Além do escudo e do elmo existe o coronel – coroa aberta, vulgarmente designada por coroa, variando de feitio de acordo com o título da pessoa que tem o direito de a usar encimando o seu brasão, existindo distintos coronéis para duque, marquês, conde, visconde, barão e senhor. Também é usado o coronel de nobreza que será desenhado de tal forma que não se possa confundir com nenhum dos privativos dos títulos.
O virol – pequena coifa circular de couro, forrada de tecido espesso, usada no cimo do elmo, presa a este por atilhos, e coberta por rolos de tecido, de onde parte o paquife, era destinada a amortecer pancadas dadas com armas cortantes ou contundentes, de cima para baixo. Costuma ser representado apenas com as duas tintas mais importantes do brasão e, geralmente, serve de suporte ao timbre que a ele é fixado por meio dum espigão metálico.
(continua)
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Exigências Éticas no âmbito dos Cuidados Paliativos
Na ilha Terceira tiveram o cuidado de entrarem em território”Da Resistência”, onde provaram uvas tardias.
HERÁLDICA – SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E APLICAÇÕES – IV
Por: Segismundo Pinto
A heráldica das autarquias em Portugal, na actualidade, está regulamentada pela Lei 53/87, reportando-se aos brasões, às bandeiras e aos selos.
As bandeiras – pedaços de pano, geralmente policromos, podendo ter emblemas ou legendas pintadas ou bordadas, presos por um dos lados, a tralha, a uma haste metálica ou de madeira, quando se destinam a ser içadas tem, usualmente, o formato rectangular, de proporções variáveis, que na maioria dos casos têm uma relação de 1 para 1,5, embora possa ter outro formato. Quando as bandeiras são quadradas chamam-se estandartes e, regra geral, são confeccionadas em tecidos ricos e apresentam partes bordadas a fios de ouro ou prata.
- Matriz sigilar com armas da Família Abarca. Espanha? 2ª Metade do século XIII
- O mais antigo selo usado por um concelho, Castelo Mendo, em Portugal. 1226.
Os selos – sinetes ou carimbos, são utilizados para autenticar documentos. Também se diz da impressão do sinete, carimbo ou, mais modernamente, selo branco. No primeiro caso trata-se duma prova em relevo impressa sobre lacre, cera ou outro material similar, facilmente moldável. No segundo é o desenho que resulta da impressão duma matriz atintada sobre um suporte, de papel ou pergaminho. A terceira resulta da aposição dum relevo especial com a finalidade de autenticar a documentação.
Procedimento semelhante foi seguido pelas forças armadas – conjunto do poder militar de um país que engloba o exército, marinha, aviação e os outros corpos especiais, quando existam - e pelas ordens religiosas - comunidades religiosas, masculinas e femininas, que congregavam pessoas que, tendo proferido votos, se queriam consagrar ao serviço de Deus e dos seus semelhantes mais desfavorecidos, vivendo em comum e seguindo um conjunto de prescrições e ditames conhecidos por regra. Na Idade Média era frequente certas ordens religiosas desenvolverem actividades militares relacionadas com a defesa e salvaguarda de interesses da fé e religião o que as tornava verdadeiros potentados.
Também os clubes desportivos – agremiações que congregam pessoas motivadas para a prática de modalidades desportivas ou para acompanhar ou apreciar a sua prática, e outras colectividades – instituições formadas por um conjunto de pessoas que se propõem realizar determinado fim de natureza científica, cultural, recreativa, etc. recorrem à heráldica para serem identificados.
- Vitória Futebol Clube. Portugal. 3º Quartel do século XX.
- Odivelas Futebol Clube. Portugal. 3º Quartel do século XX.
- Emblema do Futebol Clube do Porto. Portugal. 1957. 3º Quartel do século XX
Em termos heráldicos o período que vai de 1320 a 1560 pode, com propriedade, ser designado pelo tempo dos heraldos ou, talvez com mais propriedade, pelo tempo doa arautos.
Esta ciência, a que atento o seu pendor artístico, alguns designam por nobre arte, foi começada pelos heraldos – pessoas que antigamente estavam encarregadas, entre outras funções, de compor e ordenar as armas dos cavaleiros, assinalar a nobreza de cada um e descrever as respectivas famílias. É um termo derivado do francês – heraut – que nessa língua significa o mesmo que em português.
Estes homens sabedores, estudavam e conheciam esses emblemas – distintivo, figura simbólica ou conjunto de figuras associadas a um significado ou tradição especial que pode ser explicado por quem conhece a história, lenda ou facto com que está relacionado.
Essencialmente, os brasões de armas são emblemas especiais razão pela qual alguns autores incluem a heráldica na emblemática, ou seja, na ciência que, duma forma abrangente, estuda interpreta e divulga os emblemas.
De acordo com os seus conhecimentos os heraldos eram designados por Reis de Armas, – os mais graduados dos oficiais de Armas a quem estavam cometidas funções relacionadas o protocolo, com o funcionamento de organismos oficiais vocacionados para assuntos heráldicos, genealógicos ou nobiliárquicos – por Arautos – oficiais de Armas que, entre outras, tinha as obrigações de verificar os títulos de nobreza, de declarar a guerra e de fazer proclamações solenes e por Passavantes. - Oficiais de Armas que, entre outras, tinha as obrigações de auxiliar os Arautos no exercício das funções que lhes estavam cometidas.
(continua)
E também pelas comunidades civis e religiosas – entidades jurídicas que resultam de um agrupamento organizado, independentemente dos indivíduos que o formam e capaz de contrair obrigações e exercer direitos, fizeram e fazem uso da heráldica para a sua identificação.
Um bom exemplo de comunidades civis eram os antigos concelhos medievais – antiga divisão administrativa de natureza territorial que podia integrar diversas freguesias, dos quais o que mais cedo usou selo foi o de Castelo Mendo no início do século XIII. Hoje, os municípios as cidades, as vilas e freguesias – autarquias face á Lei, fazem uso da heráldica autárquica.
Um bom exemplo de comunidades civis eram os antigos concelhos medievais – antiga divisão administrativa de natureza territorial que podia integrar diversas freguesias, dos quais o que mais cedo usou selo foi o de Castelo Mendo no início do século XIII. Hoje, os municípios as cidades, as vilas e freguesias – autarquias face á Lei, fazem uso da heráldica autárquica.
A heráldica das autarquias em Portugal, na actualidade, está regulamentada pela Lei 53/87, reportando-se aos brasões, às bandeiras e aos selos.
As bandeiras – pedaços de pano, geralmente policromos, podendo ter emblemas ou legendas pintadas ou bordadas, presos por um dos lados, a tralha, a uma haste metálica ou de madeira, quando se destinam a ser içadas tem, usualmente, o formato rectangular, de proporções variáveis, que na maioria dos casos têm uma relação de 1 para 1,5, embora possa ter outro formato. Quando as bandeiras são quadradas chamam-se estandartes e, regra geral, são confeccionadas em tecidos ricos e apresentam partes bordadas a fios de ouro ou prata.
- O mais antigo selo usado por um concelho, Castelo Mendo, em Portugal. 1226.
Os selos – sinetes ou carimbos, são utilizados para autenticar documentos. Também se diz da impressão do sinete, carimbo ou, mais modernamente, selo branco. No primeiro caso trata-se duma prova em relevo impressa sobre lacre, cera ou outro material similar, facilmente moldável. No segundo é o desenho que resulta da impressão duma matriz atintada sobre um suporte, de papel ou pergaminho. A terceira resulta da aposição dum relevo especial com a finalidade de autenticar a documentação.
Procedimento semelhante foi seguido pelas forças armadas – conjunto do poder militar de um país que engloba o exército, marinha, aviação e os outros corpos especiais, quando existam - e pelas ordens religiosas - comunidades religiosas, masculinas e femininas, que congregavam pessoas que, tendo proferido votos, se queriam consagrar ao serviço de Deus e dos seus semelhantes mais desfavorecidos, vivendo em comum e seguindo um conjunto de prescrições e ditames conhecidos por regra. Na Idade Média era frequente certas ordens religiosas desenvolverem actividades militares relacionadas com a defesa e salvaguarda de interesses da fé e religião o que as tornava verdadeiros potentados.
Também os clubes desportivos – agremiações que congregam pessoas motivadas para a prática de modalidades desportivas ou para acompanhar ou apreciar a sua prática, e outras colectividades – instituições formadas por um conjunto de pessoas que se propõem realizar determinado fim de natureza científica, cultural, recreativa, etc. recorrem à heráldica para serem identificados.
- Odivelas Futebol Clube. Portugal. 3º Quartel do século XX.
- Emblema do Futebol Clube do Porto. Portugal. 1957. 3º Quartel do século XX
Em termos heráldicos o período que vai de 1320 a 1560 pode, com propriedade, ser designado pelo tempo dos heraldos ou, talvez com mais propriedade, pelo tempo doa arautos.
Esta ciência, a que atento o seu pendor artístico, alguns designam por nobre arte, foi começada pelos heraldos – pessoas que antigamente estavam encarregadas, entre outras funções, de compor e ordenar as armas dos cavaleiros, assinalar a nobreza de cada um e descrever as respectivas famílias. É um termo derivado do francês – heraut – que nessa língua significa o mesmo que em português.
Estes homens sabedores, estudavam e conheciam esses emblemas – distintivo, figura simbólica ou conjunto de figuras associadas a um significado ou tradição especial que pode ser explicado por quem conhece a história, lenda ou facto com que está relacionado.
Essencialmente, os brasões de armas são emblemas especiais razão pela qual alguns autores incluem a heráldica na emblemática, ou seja, na ciência que, duma forma abrangente, estuda interpreta e divulga os emblemas.
De acordo com os seus conhecimentos os heraldos eram designados por Reis de Armas, – os mais graduados dos oficiais de Armas a quem estavam cometidas funções relacionadas o protocolo, com o funcionamento de organismos oficiais vocacionados para assuntos heráldicos, genealógicos ou nobiliárquicos – por Arautos – oficiais de Armas que, entre outras, tinha as obrigações de verificar os títulos de nobreza, de declarar a guerra e de fazer proclamações solenes e por Passavantes. - Oficiais de Armas que, entre outras, tinha as obrigações de auxiliar os Arautos no exercício das funções que lhes estavam cometidas.
(continua)
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