Dom Duarte Pio e Dona Isabel de Herédia estiveram entre 23 e 25 de Agosto, em visita particular à ilha Terceira, sendo a primeira vez que a Duquesa de Bragança visitou esta ilha, ficando bem
impressionada com a cidade de Angra do Heroísmo, pelo impecável traçado das ruas, arquitetura das suas casas, incluindo o seu cromatismo, os monumentos e a riqueza interior das igrejas, como o Santuário de Nossa Senhora da Conceição que visitou a convite do respetivo Reitor, cónego Francisco Dolores Monteiro Borges de Medeiros.
No princípio da tarde do dia 24, estiveram de visita ao mais belo palácio municipal açoriano, onde foram recebidos pelo presidente da câmara, Professor Doutor José Gabriel do Álamo Meneses, que lhes mostrou o edifício, onde houve, também, troca de lembranças.
Ao princípio do mesmo dia, a empresa SAILTOURS, detentora de embarcações turísticas, que é propriedade de uma família local de tradições monárquicas, ofereceu a Suas Altezas Reais um passeio marítimo, num dos seus veleiros Bavaria, o “Bóreas I”, que foi muito apreciado, pois o tempo e o mar estavam propícios e o skipper Alexandre de Bruges Bettencourt e mulher, sabem sempre cativar os utentes, cumulando-os de agradáveis atenções, no cenário paradisíaco que envolve os ilhéus das Cabras.
A Real Associação da ilha Terceira, da presidência de Fernando Gastão Sieuve de Meneses, organizou um jantar, que teve lugar no restaurante Q.B., Solar da Quinta dos Fournier, ao Caminho do Meio de São Carlos, em cuja ementa houve o cuidado de se apresentarem produtos açorianos de qualidade, em que participaram cerca de 60 pessoas. Entre os presentes, viam-se monárquicos dos dois concelhos da ilha. A Praia da Vitória esteve representada por Francisco Jorge Ferreira, Francisco Silveirinha e Luís Filipe Cota Bettencourt Moniz Barreto, que aliás em 1995, integraram um grupo que, pelo casamento real ofereceram uma coroa, em prata, do Divino Espírito Santo a suas Altezas.
De Angra do Heroísmo, estiveram presentes alguns dos fundadores da Real, como Valdemar Mota, Jácomede Bruges Bettencourt, Rev. João Maria Mendes, D. Maria Serafina de Meneses Simões, Rev.
De Angra do Heroísmo, estiveram presentes alguns dos fundadores da Real, como Valdemar Mota, Jácomede Bruges Bettencourt, Rev. João Maria Mendes, D. Maria Serafina de Meneses Simões, Rev.
Vasco Parreira, Jorge Forjaz, Rev. Francisco Dolores, Fernando e Carlos Sieuve e Francisco Ferreira, entre outros apoiantes monárquicos. Via-se ainda na mesa da presidência, Dom António de Sousa Braga, Bispo Emérito de Angra. Dom Duarte de Bragança no uso da palavra demonstrou a satisfação de mais uma vez visitar a Terceira, a última foi há dois anos, reconhecendo que é a terra açoriana mais fiel aos ideais da realeza, como a história o demonstra e documenta. Sublinhou acentuadamente, o facto de as verdadeiras democracias da Europa serem monarquias, tendo esses países evidente qualidade ou nível de vida muito superior às outras nações. Citou, como exemplos, a Dinamarca, Noruega, Suécia, Inglaterra, Bélgica, Holanda e até a Espanha, que tem sabido resolver os seus problemas, respondendo aos verdadeiros anseios dos seus povos, ao invés do nosso país. Referiu igualmente, monarquias fora da Europa, como o Japão.
O presidente da Real Associação da ilha Terceira, Fernando Sieuve de Meneses, afirmou que “a presença de Suas Altezas vem dar ânimo a quem defende os ideais monárquicos. O país devia ser representado por um rei e não por um presidente da república, que, naturalmente, defenderá os interesses dos partidos que lá o puseram.” Referiu ainda, que “em breve, a nossa Real terá novo elenco diretivo, formado maioritariamente por gente jovem, de quem se espera, uma maior dinâmica á frente dos seus destinos.”.
Dona Isabel Inês de Castro Curvello de Herédia de Bragança, nascida em 1966, viveu entre Portugal e Angola até 1975, pois é filha de um arquiteto que trabalhou nessa antiga província. Estudou no Colégio das Doroteias. Nesse ano, a família muda-se para o Brasil, onde viveu 15 anos. Concluiu os seus estudos secundários em São Paulo, no colégio de São Luís, da Companhia de Jesus e licenciou-se em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990), regressando a Portugal onde trabalhou, até 1995, na empresa financeira BMF – Sociedade de Gestão de Patrimónios, S.A.. Casou no Mosteiro dos Jerónimos, a 13 de maio de 1995, em cerimónia presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom António Ribeiro. É mãe de Dom Afonso de Santa Maria (n. em 1996), de Dona Maria Francisca Isabel (n.1997) e de Dom Dinis de Santa Maria (n.1999). A Duquesa de Bragança patrocina, diversas instituições de caridade ligadas à ajuda de crianças desfavorecidas ou com doenças do tipo, trissomia 21, mongolismo e síndroma de Down.
Sua Alteza Real, a Senhora Duquesa de Bragança é Grã-Mestre da Real Ordem de Santa Isabel, Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Dama Grã-Cruz de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar de Malta, entre outras veneras.
Curiosamente, Dona Isabel tinha à sua chegada algumas senhoras suas admiradoras e uma jovem, a lic. Benedita Martins, que fez questão em ir cumprimentá-la e conversaram animadamente.
D. Luísa Alcobia Leal, antiga diretora do Conservatório Regional de Angra do Heroísmo e professora efetiva do ensino secundário, ofereceu aos Duques de Bragança, um CD de música clássica, com obras de canto e piano de F. Schubert e R. Shumann, em que intervém como apreciada cantora.
Dona Isabel, após o jantar, conviveu com todos os presentes, que se renderam à sua simpatia. Declarou que, se Deus quiser, para o ano, estará aqui com os Filhos.
O médico dentista Manuel Bettencourt, nascido na Graciosa, mas residente há muitos anos em São José da Califórnia, que assistiu ao jantar, convidou Suas Altezas para, em próxima visita a São Francisco (Califórnia), ficarem em sua casa, apreciando a soberba vista para a baía de São Francisco.
J.B.B