domingo, 21 de janeiro de 2007

Defender curraletas!




A enxada polida de tanto cavar,
Nas calejadas mãos de arma servia,
A lâmina sempre pronta a disparar,
Ao longe, músculos d'um braço se via,
Outro camarada do grupo sem parar,
Zás trás, zás trás, o mesmo gesto fazia,
Numa cadência a fazer-nos lembrar,
Valente pelotão de infantaria.


Inimigo, uma autêntica fera,
Defender curraletas! Alguém dizia,
Ajudar no combate, alguém quisera,
Era espião! De nada lhes valia,
Ataquem com o betão! Alguém dissera,
A voz daquele que agora fugia,
Pessoa fluente que nada fizera.
E que a muita gente também polia.


Triunfaram as enxadas mais uma vez,
Já ao cacique conseguiram demandar,
Aquele era também uma boa rês,
Nesta batalha não se pode abrandar,
Verdelho dos Açores e o Terrantez
Da Terceira castas nobres a conservar,
Património vitícola português,
Que os traidores se querem apoderar.

Sem comentários: