quarta-feira, 30 de abril de 2008

A comercialização dos produtos regionais dos Açores em Portugal Continental

Irene Ataíde Secretária Geral do II Simpósio das Confrarias Báquicas e
Gastronómicas de Portugal com o Dr. Osvaldo Santos Costa após a comunicação deste.

O Dr. Osvaldo Santos Costa, da Companhia dos Açores- Produtos Alimentares dos Açores, levou ao II Simpósio das Confrarias Báquicas e Gastronómicas “A comercialização dos produtos regionais dos Açores em Portugal Continental”.

Após a sua interessante e esclarecedora comunicação e num debate vivo tendo sido abordado com perguntas relativamente à não presença dos Vinhos dos produtores individuais (independentes) dos Biscoitos (ilha Terceira) no continente português.
Vinhos dos produtores individuais (independentes) que foram muito apreciados, mesmo elogiados, durante este evento pelos confrades e participantes com comentários como estes:

" É preciso dar a conhecer os vinhos dos produtores individuais".

"A maioria dos consumidores e não só ficam com a ideia que as adegas cooperativas açorianas são as únicas a produzirem vinhos nos Açores".

"É urgente dar a conhecer em feiras e outros eventos, no continente português, a verdadeira qualidade dos vinhos que se produzem na Ilha Terceira".

Ouviram-se vozes, acompanhadas de francos sorrisos e gargalhadas.

Como se pode ler nas conclusões:a necessidade de encontrar uma forma, uma imagem, que permita identificar devidamente qualquer produto da Região, associando-o com evidência aos Açores.

Foi também evidente a necessidade de integrar alguns produtos da Ilha Terceira, nomeadamente a doçaria e vinhos, no leque de produtos dos Açores que estão a ser comercializados em Portugal Continental

Em primeiro plano o Confrade Dr. Soares Marques, Presidente da Câmara de Mangualde e
representantes da Confraria da Chanfana.

As Eng Maria João Fernão-Pires, Clara Roque do Vale, António Dias Cardoso
(Presidente da CVR-Açores) e Engº Carlos Roq
ue do Vale.

Confrade Enófilo do Alentejo e Confrades do Verdelho. Dois são produtores engarrafadores de vinho de Verdelho dos Biscoitos (ilha Terceira)


terça-feira, 29 de abril de 2008

Dia Internacional da Dança

Sensibilizando as forças vivas da comunidade a dança mima as actividades fundamentais do Homem:

A caça, a guerra e o amor.

- Imaginamos que não tenha espírito guerreiro, nem seja amante da caça. Nós também preferimos "Make Love, Not Wor."

Dance! Viva com arte.
Fanda

Conclusões do II Simpósio de Confrarias Báquicas e Gastronómicas

Após um almoço de Função- Sopas do Divino Espírito Santo- que teve lugar na Casa do Povo do Cabo da Praia, na presença do Vice- presidente do Município Praiense, Dr Paulo Messias, oferecido pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, os Confrades e participantes no II Simpósio das Confrarias Báquicas e Gastronómicas de Portugal foram aos poucos se sentando para ouvirem as conclusões e assistirem ao seu encerramento.

Eng. Clara Roque do Vale, Grão -mestre da Confraria dos Enófilos do Alentejo com
Luís Mendes Brum da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos


Eng. José Valentim, Prof. Doutora Maria Eduarda Duarte e D. Lúcia Sousa

O Médico Cardiologista Dimas Simas Lopes e Carlos Manuel da Silva Parreira, Confrades do Verdelho dos Biscoitos e a Eng. agrónoma Maria João Fernão-Pires, Grão- mestre da Colegiada dos Enófilos de São Vicente.

Confrade do Vinho de Lamas e os
Confrades Prof. Dr. José Aurélio Almeida e Dr Adelino Paim de Andrade

Apesar deste evento ter sido classificado de interesse público pelo Governo Regional dos Açores, foi notória a falta de comparência por parte dos nossos governantes, autarcas ou seus representantes. Ficando a mesa assim constituída: senhor Jácome de Bruges Bettencourt, Grão-mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, o Dr. Luciano Pereira Vilhena, Presidente da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal e o Dr. Soares Marques, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Federação Portuguesa da Confrarias Gastronómicas e Presidente da Câmara Municipal de Mangualde.


Irene Ataíde, Vice Grão-mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos e
Secretária- geral do Simpósio agradecendo a colaboração das
entidades oficiais e e privadas, referindo que a realização do Simpósio muito ficou a dever à dedicação e
experiência do Confrade Paulo Caetano Araújo Ferreira.
Seguidamente fez apresentação das personalidades intervenientes no encerramento.
A Eng. Clara Roque do Vale lendo as conclusões

O Grão-mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, Jácome de Bruges Bettencourt, presidindo à sessão de encerramento do Simpósio. Ao fundo o retrato a óleo do Conselheiro José Silvestre Ribeiro "o Marquês de Pombal" do grande terramoto de 15 de Junho de 1841 que reduziu a Praia num montão de ruínas, grande Amigo do 1.º Visconde de Bruges.

O Simpósio decorreu nos Paços do Concelho da Praia da Vitória, de 24 a 27 de Abril, tendo-se iniciado com uma Oração de Sapiência intitulada “ O Vinho é o bem-estar da alma…”

A 1ª comunicação “A reforma da OCM vitivinícola. Consequências para as empresas do sector” fez a comparação entre as medidas do anterior quadro comunitário e as que vão ser postas em execução no período 2008-2013.

De realçar que vai haver ajudas para o abandono definitivo da vinha, como mecanismo regulador do mercado e com o objectivo de melhorar a estrutura de produção e a qualidade dos vinhos. As ajudas à destilação vão ser bastante reduzidas, eliminadas as ajudas à armazenagem, diminuídas as ajudas à adição de mosto concentrado, sendo no entanto reforçado o envelope das ajudas à promoção dos vinhos em mercados externos.

A comunicação “Pró-Rural / POSEI – Apoio vitivinícola” deu a conhecer as medidas já em vigor nos Açores desde 2007, as quais poderão ser reajustadas ao longo dos anos consoante se verifique que é necessário, ou que se justifica, reforçar o apoio a um ou outro sector específico, por forma a que não se desperdicem ajudas que tão difíceis foram de negociar com a Comunidade Europeia.

Foi dado especial realce às medidas para o sector vitivinícola, as quais infelizmente não foram aproveitadas integralmente em 2007. Está a ser reforçado o esforço de divulgação destas medidas como forma de sensibilizar os produtores para a necessidade de as aproveitarem, nomeadamente para a reestruturação das suas vinhas, arranjos de muros, recuperação de curraletas e melhoria tecnológica de adegas.

Foi dado grande enfoque ao envelope financeiro relativo à promoção e comercialização dos vinhos, no qual se podem inserir várias acções, tais como: a criação de rótulos e embalagens, com o objectivo de melhorar a imagem do produto; a possibilidade de efectuar estudos de mercado, campanhas de promoção, produção de material de divulgação, participação em feiras e outros certames, acções de degustação no ponto de venda, etc.

Da discussão desta comunicação surgiu a ideia, que mereceu a concordância da assembleia, de se aproveitar as ajudas à comercialização para estudo e concepção de uma embalagem, inviolável ou não, que permita que o turista possa levar para o seu destino uma ou mais garrafas de vinho, pois a venda de vinho aos turistas é sem dúvida um meio importante de comercialização e escoamento do vinho dos Açores e como tal não pode ser descurado.

Relativamente à comunicação “Uma perspectiva sobre os vinhos dos Açores” foi referido que as castas tradicionais dos Açores têm potencial para fazer vinhos de qualidade, sobretudo as castas para vinhos brancos.

Não obstante a melhoria tecnológica e consequente melhoria de qualidade dos vinhos, já conseguida nos últimos anos, é necessário ainda conhecer melhor os vinhos das castas regionais, pelo que foi preconizada a realização de estudos/ensaios durante os próximos 3 ou 4 anos.

É importante que se façam vinhos monovarietais, a partir dos quais se podem constituir lotes, caso se pretenda.

Foi ainda referida a necessidade de melhorar a tecnologia de vinificação.

De seguida e após a comunicação “A evolução da produção e consumo de produtos tradicionais de qualidade. O caso do Alentejo” houve uma interessante troca de impressões sobre a mais valia obtida com a comercialização dos vinhos DOC e Regionais e sobre as consequências negativas que a implementação da nova OCM pode ter na comercialização destas categorias de vinho, ao permitir que os vinhos de mesa possam fazer referência às castas e ano de produção.

Da comunicação “A comercialização dos produtos regionais dos Açores em Portugal Continental” ressaltou a necessidade de encontrar uma forma, uma imagem, que permita identificar devidamente qualquer produto da região, associando-o com evidência aos Açores.

Foi também evidente a necessidade de integrar alguns produtos da Ilha Terceira, nomeadamente a doçaria e vinhos, no leque de produtos dos Açores que estão a ser comercializados em Portugal Continental.

Foi considerado importante que as empresas que desenvolvem este trabalho com seriedade, se possam candidatar às ajudas previstas para a promoção e comercialização (Programas Pró-Rural POSEI ou outros).

Durante a comunicação “Reforma Institucional – Entidades Certificadoras” foram apresentadas as exigências que são colocadas às novas entidades certificadoras de vinhos DOC e Regionais, tendo também sido apontados os pontos fortes e fracos daí decorrentes.

A discussão mostrou que as exigências são grandes e nalguns casos até desajustadas (caso da composição da Câmara de Provadores) e que vão onerar os custos de certificação. Se as entidades certificadoras não aumentarem o valor dos selos de garantia, para não penalizarem os produtores, vão forçosamente ter de reduzir as verbas destinadas até aqui à promoção.

Da interessante comunicação “O Vinho e a Saúde” retirámos que os problemas com o consumo de vinho se prendem com a quantidade e foi demonstrado que consumo moderado é beber pouco.

Questionou-se o que se pode fazer a favor do vinho. Em resumo: devem-se caracterizar os vinhos; tem de se estudar, para se poder fazer a diferença entre o vinho e as outras bebidas; devem-se diversificar as aplicações (deve-se consumir uvas frescas, vinagre natural, e aproveitar o óleo de grainhas; deve-se inclusivamente utilizar o vinho para cosmética); devem-se angariar novos consumidores, BONS consumidores.

O vinho tem virtudes e defeitos. É preciso que os conheçamos para tirar proveito do seu consumo.

Foi lançada a réplica à Federação das Confrarias Báquicas de Portugal para que abraçasse a ideia de mandar realizar o estudo do perfil dos vinhos das várias regiões vitícolas de Portugal, contando obviamente com a colaboração das Confrarias associadas.

Um outro projecto, este de outra dimensão, que também poderá ser equacionado prende-se com o estudo epidemiológico sobre os efeitos do vinho na saúde.

Durante a comunicação “Contributos e subsídios para a história da Alcatra, como símbolo gastronómico da Ilha Terceira” foi dado especial realce ao Turismo Gourmet.

Foi apresentada concretamente a proposta: A ALCATRA COMO TURISMO GOURMET”.

Foi referida a necessidade de implementar as medidas de higiene e segurança alimentar já regulamentadas desde 2004 (Reg. Nº 842/04).

Por outro lado e dado que Portugal se esqueceu de pedir, ao tempo, as derrogações previstas no Regulamento Nº 2074/05, é necessário trabalhar agora, rapidamente, no património imaterial, fazer a inventariação dos vários pratos/receitas e fazer a respectiva ficha técnica, única forma de se poder preservar a autenticidade dos pratos regionais, ou seja as receitas da Cozinha Popular ou Étnica.

Falou-se na gastronomia com parte integrante do património cultural português e como produto turístico.

Foi dito que não pode haver várias receitas de “Alcatra”. Há que fazer um trabalho consistente no sentido de arranjar consenso sobre as receitas, por forma a que passe a haver uma única receita de “Alcatra” na Ilha Terceira.

Com a colaboração de vários participantes, foi discutida a forma como deve decorrer um almoço de função.

Uma outra situação que se entendeu referir nas conclusões, como recomendação, prende-se com a necessidade de sensibilizar a Hotelaria e Restauração para dar, prioritariamente, visibilidade aos vinhos dos Açores, o que infelizmente não está a acontecer.

Também como recomendação, a necessidade de integrar nos currículos dos cursos das Escolas Profissionais noções sobre a vitivinicultura e a gastronomia da região, associando-as ao vasto património cultural.

É importante que se informem, ensinem e sensibilizem os jovens para as especificidades dos vinhos dos Açores, nomeadamente no que respeita ao Vinho Verdelho dos Açores.

Praia da Vitória, 26 de Abril de 2008

Fernão- Pires no Simpósio de Confrarias

Bandeiras hasteadas nos Paços do concelho da Praia da Vitória, desfraldam liberdade.
A liberdade que o 25 de Abril permitiu aos Enófilos e Gastrónomos associarem-se.


Publicamos hoje mais um resumo apresentado no II Simpósio de Confrarias Báquicas e Gastronómicas, evento que teve lugar no salão Nobre dos Paços do concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira dos Açores.
E foi no dia 25 de Abril que a Eng. Agrónoma Maria João Fernão – Pires, Coordenadora d
o Sector de Inspecção e Auditorias do Instituto da Vinha e do Vinho e Grão-mestre da Colegiada dos enófilos de São Vicente, abordou superiormente a “Reforma Institucional: Entidades certificadoras”.

A Eng. Maria João Fernão-Pires durante a sua intervenção

A comunicação com a plateia foi notória...

O Eng. Dias Cardoso num vivo debate
O Prof. Dr. José Aurélio Dias Almeida entrou no debate. Aliás, este Confrade Noviço da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, acompanhou todos os trabalhos e convívios deste Simpósio. Entre outros podemos ver o senhor Manuel Serpa representante da Confraria do Vinho do Pico e Presidente da CVR - Açores, que também entrou no debate.

O Confrade de Honra e Devoção da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, Juiz Conselheiro Doutor Sampaio da Nóvoa e o Presidente da Federação das Confrarias Báquicas Dr.Vilhena

“Na sequência de um debate alargado e do contributo das entidades que compõem a fileira do sector vitivinícola nacional, foi publicado em 23 de Agosto de 2004, o Decreto-Lei n.º 212/2004, que estabeleceu a organização institucional deste sector.

Com este diploma coerente e actualizado, procedeu-se a uma reforma profunda, designadamente quanto à alteração do regime jurídico constante da Lei n.º 8/85, de 4 de Junho, disciplinando o reconhecimento e a protecção das denominações de origem (DO) e indicações geográficas (IG) utilizadas nos produtos vitivinícolas, bem como o seu controlo e certificação, definindo-se simultaneamente, o regime jurídico aplicável às entidades certificadoras (EC).

Foram reforçadas as atribuições das EC e prevista a sua reorganização, com base no reconhecimento da capacidade de auto gestão dos interesses profissionais, tendo sido definidos princípios claros e equilibrados de representatividade ao nível da composição dos órgãos sociais. Foi ainda suprimido o representante do Estado nos órgãos sociais, sendo assegurado pelo conselho fiscal ou pelo fiscal único, o acompanhamento da respectiva actividade no plano contabilístico e de gestão. Para reforço da desejável credibilidade do controlo e certificação dos vinhos e demais produtos vitivinícolas, a actividade desenvolvida pelas EC passa a ser acompanhada e auditada, de forma sistemática e regular pelo MADRP, tendo em vista o respeito dos requisitos de concessão e a manutenção do respectivo reconhecimento.

O despacho ministerial nº 22 522/2006, de 17 de Outubro, estabeleceu as condições e os requisitos de carácter organizacional e de natureza técnica que as EC devem reunir, no cumprimento de princípios de objectividade e independência, para serem reconhecidas para o exercício da actividade de controlo e certificação dos vinhos e outros produtos do sector vitivinícola, por forma a assegurar aos consumidores o cumprimento de critérios de qualidade.

No entanto, face à complexidade e diversidade do processo de acreditação, foi prevista a possibilidade do reconhecimento poder ser concedido às EC que não estando ainda acreditadas nos termos daquelas normas NP EN 45011 e NP EN ISO/IEC 17025, já as respeitem, devendo a sua acreditação ocorrer o mais tardar até final de 2008.

Nota: Nos termos do disposto no nº 2 do art. 22º do Decreto-Lei nº 212/2004, a aplicação do disposto naquele diploma às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira far-se-á com as necessárias adaptações através de regulamentação própria dos respectivos órgãos de Governo Regional, sem prejuízo das competências da entidade coordenadora nacional enquanto instância de contacto junto da União Europeia relativamente às matérias previstas na organização comum do mercado vitivinícola.

O Exercício da Actividade de Certificação

As principais condições relativamente ao exercício da actividade de certificação por parte das entidades candidatas, conforme estipula o Dec-Lei nº 212/2004, de 23 de Agosto, foram definidas no Despacho nº 22522/2006, publicado a 7 de Novembro:

Estar legalmente constituídas, devendo os respectivos estatutos cumprir com o disposto no DL nº 212/2004;

Assegurar, obrigatoriamente, o controlo e a certificação dos produtos vitivinícolas com direito a DO ou IG, de uma ou mais áreas geográficas actualmente reconhecidas para a produção e certificação de vinhos de mesa com IG;

Dispor de organização, meios e estruturas adequadas para a boa execução da actividade de controlo e certificação dos produtos vitivinícolas com direito a DO ou IG da sua região, e apresentem garantias de estabilidade financeira, com base nos proveitos correntes que resultem desta;

Cumprir as especificações constantes e os requisitos de natureza organizacional e técnica estabelecidos no despacho, isto é:

As entidades certificadoras, bem como as entidades externas que contratem, devem estar acreditadas pela entidade competente, segundo a NP EN 45011, para o processo de controlo e certificação dos produtos vitivinícolas com direito a DO ou IG, (…);

Devem ainda cumprir as especificações constantes do Manual de procedimentos técnicos de gestão e controlo dos produtos com direito a DO ou IG, como referencial complementar para o processo de acreditação segundo a referida NP, a integrar nos documentos de suporte ao sistema da qualidade.

A acreditação pela entidade competente, do laboratório da entidade certificadora ou da entidade externa contratada onde são executados os ensaios inerentes ao controlo e certificação dos produtos vitivinícolas, segundo a NP EN ISO/IEC 17025 para:

Os ensaios físico-químicos;

Os parâmetros de análise sensorial;

Regulamentos Internos do Conselho Geral e da Direcção e os Curricula do Pessoal

O que tiveram que fazer as CVR para se candidatarem?

Promover a alteração de estatutos, com as competências actualmente definidas para o Conselho Geral e a escritura pública;

Definir a constituição do Conselho Geral, de forma a cumprir com o estipulado no art.15º do DL 212

Promover a realização de eleições dos novos Corpos Sociais, e a tomada de posse dos novos órgãos;

Elaborar a candidatura nos termos do Despacho nº 22522/2006, de 17 de Outubro.

Que resultados concretos se espera obter com este processo?

Com a observância dos requisitos especificados nas Normas (normalmente considerados como critérios gerais) pretende-se garantir que os organismos de certificação gerem, de forma consistente e fiável, os seus sistemas de certificação;

A adopção de Normas de Qualidade por si só, e agora como uma exigência da actividade de certificação é a melhor garantia perante os consumidores, de que a actividade de certificação é executada por pessoal competente, pelo que é idónea, objectiva, isenta e rigorosa, e como tal, responsável.

A EC será auditada por entidades externas, de acordo com as normas NP EN 45011 (organização da EC) e NP EN 17025 (o laboratório de análises físico-químicas e sensoriais);

A certificação dos produtos vitivinícolas com direito a DO ou IG das diversas regiões, passa a ser efectuada de acordo com o Manual de Qualidade e os Procedimentos da qualidade, definidos previamente pela Entidade Certificadora e que devem ser do conhecimento de todos os interessados em produzir produtos certificados;

A constatação do rigor e isenção da actividade de certificação é efectuada por uma entidade externa – IPAC.

Principais pontos fortes e fracos

Pontos Fortes:

Um aumento de rigor em todo o procedimento;

A alteração da estrutura organizacional da EC, por força do seu redimensionamento;

Um reforço importante do trabalho de equipa;

A uniformização dos procedimentos de certificação;

O incentivo/responsabilização dado pelas auditorias externas;

A valorização das DO/IG, assegurando que sejam objecto de um investimento permanente

Um incremento do prestígio da produção de vinhos de qualidade, face à adopção e o cumprimento de Normas de Qualidade por parte das EC.

Pontos Fracos:

Constata-se o aumento dos custos, sobretudo os fixos (*);

Aumento (inicial) dos procedimentos administrativos;

Redução da flexibilidade de procedimentos, com uma necessidade de melhoria constante;

Nalguns casos, prevêem-se custos acrescidos de natureza administrativa – consultores externos e reforço dos recursos humanos, principalmente a nível de qualificações (é essencial um responsável de qualidade, formado - director técnico);

São ainda previsíveis os custos acrescidos com as análises físico-químicas, com a formação do painel de provadores, etc.

(*) Auditorias de concessão ou extensão ao laboratório, no âmbito da NP 17025 e de concessão45011”. da acreditação no âmbito da NP."

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Programa do Congresso Ibérico dos Museus do Vinho

Dentro de poucas horas terá inicio o I Congresso Ibérico dos Museus do Vinho. O evento terá lugar no Museu Rural e do Vinho do Cartaxo.

Programa

09:30 horas - Recepção: “consolação de alma e corpo que eu senti ao apear-me de minha chouteira…” Almeida Garrett
10:00 horas Abertura: “Que espantosas borracheiras aqui não tomaram os mais famosos, os mais
distintos…” Almeida Garrett
10:30 horas -1º Painel: Museus e arquitectura - “É das povoações mais bonitas de Portugal, o Cartaxo, asseada, alegre…” Almeida Garrett
Álvaro Leite Siza Vieira (Arquitecto)
11:30 horas - Intervalo
12:00 horas - Debate Assembleia
13:30 horas - Almoço: Centro de Promoção Vitivinícola
15:00 horas - 2º Painel: Museus e pedagogias - “… como hão-de alargar a esfera de seus conhecimentos, desenvolver o espírito, chegar à altura do século?” Almeida Garrett.Mário Moutinho (Professor Catedrático - Reitor da Universidade de Lusófona).
16:00 horas - Francisca Hernandez (Espanha).
17:00 horas - Debate Assembleia.
18:00 horas - Intervalo.08:30 horas - Visita: ao MRVCC e prova dos vinhos - “… bebei, bebei a peso de ouro…” Almeida Garrett.
20:30 horas Jantar: Tertúlia do Vinho - “… não canta senão quando bebe… aliás quando está BEBIDO.”
Ermelinda Carvalho (Fadista).

29.04.2008

09:30 horas - 3º Painel: O Atlas do Vinho – “E nós já vamos por entre os ricos vinhedos que o circundam com uma zona de verdura e alegria. Depressa o ramo de ouro que me abra ao
pensamento as portas. (…) Vamos…” Almeida Garrett
Amaya (Espanha)
10:15 horas – Luís Vicente Elias (Espanha)
11:00 horas- Intervalo
11:30 horas 4º Painel: Museus e arte - “Oh gente cega a quem Deus quer perder! Pois não vedes que não sois nada sem nós, sem o nosso [vinho], donde vos vinha espírito, ciência, valor (…) !
Lagoa Henriques (Mestre - Professor Catedrático)
12:15 horas 5º Painel: Museus e turismo – “O viajante experimentado e fino chega a qualquer parte…” Almeida Garrett
Alexandra Rodrigues Gonçalves (Professora da Escola Superior Gestão e Turismo - Universidade do Algarve)
13:00 horas – Debate
13:45 horas -Almoço: Festa do Vinho
15:00 horas 6º Painel: Jornalismo, gastronomia e vinhos - “Sei alguma coisa dos sabores e dissabores deste mundo…”! (…)” Almeida Garrett
Luís Miravant (Chefe)
Mário Louro (Enólogo -Eng.º Agrónomo)
António Falcão (Jornalista “Revista de Vinhos”)
16:30 horas - Experiências
18:00 horas Intervalo
18:30 horas Assembleia Geral
20:30 horas Jantar: Hotel da Quinta das Pratas

30.04.2008

09:30 horas - Visita – “Se não viajam, se não saem, se não vêem mundo esta gente…!” Almeida Garrett
13:30 horas- Almoço
Museu
15:00 horas - Conclusões
Encerramento - “Eram dadas cinco da tarde, a calma declinava; montávamos a cavalo, e
cortávamos por entre os viçosos pâmpanos que são a glória e a beleza
do Cartaxo;” Almeida Garrett

Fonte. Museu Rural e do Vinho do Cartaxo

domingo, 27 de abril de 2008

Reforma da OCM Vitivinícola durante o II Simpósio de Confrarias

Em continuação da apresentação de comunicações, dia 24 (Sexta-feira), no II Simpósio de Confrarias Báquicas e Gastronómicas de Portugal, o Eng João Corrêa, Enólogo da Companhia das Quintas e Grão-mestre da Confraria da Estremadura, abordou "A reforma da OCM Vitivinícola- consequências para as Empresas do Sector".

Jácome de Bruges Bettencourt, Grão-mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos e
Irene Ataíde, Secretária Geral do Simpósio e Vice Grão-Mestre da mesma associação.

O Eng.João Corrêa durante a sua comunicação abordou inteligentemente o tema: " aumentar a competitividade dos produtores de vinho da U.E., reforçando a reputação dos vinhos de qualidade europeus, recuperar antigos mercados e conquistar novos na União Europeia; instaurar um regime que funcione com regras mais claras e suaves- regime eficaz que encontre o equilíbrio entre a oferta e a procura; Instaurar um regime vitivinícola que preserve as melhores tradições de produção de vinho da U.E. e reforce o tecido social e ambiental de muitas Zonas Rurais.

Caracterização do Sector Nacional

Principais aspectos da mudança

Potencial de Produção-A proibição de novas plantações de vinhas e incentivos ao arranque definitivo das áreas vitícolas.
Segundo o Eng. João Corrêa"As Zonas de Montanhas ou declives acentuados. bem como áreas ambientalmente sensíveis podem ser excluídas do regime de arranque; Não são aplicáveis parcelas de vinha que tenham beneficiado de ajudas no âmbito de programas reestruturação nos últimos 10 anos; tenham uma área inferior a 0,1 hectare; não tenham sido plantadas em violação de legislação aplicável; Estão previstos critérios de prioridade a pedidos que respeitem a área total de exploração vitícola e a pedidos apresentados por viticultores com mais de 55 anos".


Medidas e regulamentos

O Juiz Conselheiro Doutor Alberto Sampaio da Nóvoa e Confrade de Honra e Devoção da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos acompanhando a comunicação.
O Confrade Sampaio da Nóvoa têm sido um devoto praticante do Verdelho dos Biscoitos: representando a Confraria em qualquer ponto de Portugal, incluindo no passado dia 23 na ilha de São Jorge, durante a cerimónia de investiduras da Confraria do Queijo São Jorge de que é também Confrade Honorário
.

Confrades Honorários e Confrades Noviços da Confraria do verdelho dos Biscoitos

Confrades do Verdelho dos Biscoitos.
Vendo-se as acaloradas Eng. Clara Roque do Valle e a Eng. Maria João Fernão Pires, simultâneamente Grão-mestre da Confraria dos Enófilos do Alentejo e da Colegiada dos Enófilos de São Vicente.


Dois simpáticos e atentos Confrades.
Em primeiro plano o eng. José Valentim Duarte, Confrade Enófilo da Estremadura.


sábado, 26 de abril de 2008

Abertura do II Simpósio de Confrarias

No passado dia 24, após a cerimónia de Investidura de novos confrade do Verdelho dos Biscoitos, teve inicio na Praia da Vitória, ilha Terceira dos Açores, as sessões de trabalhos do II Simpósio de Confrarias Báquicas e Gastronómicas de Portugal.
Ao comando deste evento esteve Irene Ataíde, Secretária Geral do Simpósio e Vice- Grão -mestre da Confraria do vinho Verdelho dos Biscoitos.
Estiveram presentes a Federação das Confrarias Báquicas de Portugal, Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos(ilha Terceira), Colegiada dos Enófilos de São Vicente, Confraria dos Enófilos da Estremadura, Confraria dos Enófilos do Alentejo, Confraria da Alcatra, Confraria dos Gastrónomos do Alto Minho, Confraria da Chanfana,Confraria do Vinho do Pico, Academia das Carnes da Madeira, Academia do Bacalhau, Confraria do Queijo São Jorge, Confraria dos Enófilos da Região Demarcada do Douro, Confraria Saberes e Sabores da Beira - Grão Vasco, Confraria do Vinho de Lamas, Associação Portuguesa de Jovens Enófilos delegação dos Açores e LASVIN- Liga dos Amigos da Saúde, Vinho e Nutrição.
A primeira comunicação foi do Secretário Regional de Agricultura, Pescas e Florestas dos Açores, que hoje publicamos, assim como algumas fotografias referentes aos participantes.

Secretária geral do simpósio dando inicio ao trabalhos
O Secretário Regional de Agricultura e Florestas dos Açores,Noé Rodrigues, durante a sua intervenção.
Vendo-se na mesa Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e o Grão -mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos

“O vinho é o bem-estar da alma…”

Antigo Testamento

O vinho, que genericamente se define como uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo da uva (legalmente define-se como o produto obtido exclusivamente por fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas ou de mostos) tem uma longa história.

Pensa-se que terá tido origem nos actuais territórios da Geórgia ou do Irão e que remonta a mais de 6.000 anos a. C.

Já no antigo testamento, Noé – que terá sido um homem justo e até perfeito (como diz o Livro do Génesis) e por isso é que terá sido escolhido para povoar a terra após o dilúvio – Noé, plantou uma vinha e embriagou-se, tendo adormecido, na sua nudez, no meio da tenda onde vivia.

Seu filho mais novo CAM, que era pai de Canaã, assim o viu e o denunciou aos irmãos (SEM e JAFET). Por o ter visto nu e pela denuncia, Noé condenou-o e a Canaã à escravidão.

Canaã haveria de ser resgatada da escravidão milhares de anos depois com o milagre do vinho!

Para os apologistas bíblicos da abstinência alcoólica, creio que maioritários, esta passagem do antigo testamento são um problema.

Aliás, apesar da bíblia não conter nenhuma referência, explícita ou implícita, a qualquer condenação divina á bebedeira de Noé, o que é certo é que a mesma é silenciada.

Também na mitologia o vinho se encontra amplamente referenciado.

Para os Gregos, Dionísio, que havia sido criado pelas ninfas após a morte da mãe, era o deus da diversão e do vinho.

Para os Romanos, era Líber o deus do vinho.

Mas mais conhecido é Baco (expressão mais universal de Dionísio, seu nome grego, ou de Líber, seu nome latino).

Baco, o deus do vinho e da folia, mas também o deus promotor da civilização e o legislador amante da paz, que representava o poder embriagador do vinho mas também as suas benéficas e sociais influências.

No percurso investigatório que fiz, é muito ténue a ligação entre o homem justo e perfeito que era Noé, o deus da civilização e legislador amante da paz que foi Baco ou Montesquieu, político, filósofo e escritor francês, crítico severo da monarquia absoluta, que elaborou vasta teoria política sobre a separação dos poderes e é conhecido pela sua obra mais famosa – “O espírito das leis”

Montesquieu, que dizia não haver leis mais ou menos justas ou injustas, mas leis mais ou menos adequadas a um determinado povo, a uma determinada circunstância de época ou lugar, afirmou a propósito de leis: “Dai-lhes bons vinhos e eles vos darão boas leis.”

Maiores, embora não seguros, são os indícios de que o vinho tem clara e benéfica influência nas relações sociais.

O poeta Eurípides, mal compreendido no seu tempo – 400 anos a. C – dizia que “onde faltava o vinho não havia lugar para o amor”.

Já Napoleão Bonaparte, numa prova de champanhes, observou que “nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário”, e ainda hoje, com vinho brindamos, com vinho saudamos ou com vinho nos afogamos!

Mais claras, mas ainda sem prova irrefutável, são as referências benéficas do vinho sobre a saúde.

Segundo os Romanos, o vinho tinha propriedades medicinais, nomeadamente quando misturado com ervas ou minerais. Era mesmo comum dissolver pérolas no vinho na busca de saúde!

Ainda hoje, o vinho continua a ser referência e objecto de estudo quanto às suas virtudes medicinais.

Na última década do século passado, por exemplo, o consumo de vinho tinto verificou um excepcional crescimento nos Estados Unidos.

Diz-se que tal ocorreu em reacção à publicação de várias notícias, segundo as quais, em França, haveria menos incidência da doença da coronária do que nos Estados Unidos, apesar do elevado consumo de gorduras saturadas na dieta tradicional francesa.

Suspeitaram, os investigadores, que os melhores indicadores franceses na doença da coronária se deviam ao maior consumo de vinho por parte dos franceses.

Apesar de serem escassas as evidências científicas, a suspeita dos epidemiologistas reavivou a ideia de que o vinho “moderadamente bebido, é medicamento que rejuvenesce os velhos, cura os enfermos e enriquece os pobres”, como já dizia Platão.

Não consegui apurar a razão de ser o vinho tinto e não outro, o melhor colocado nesta aparente influência benéfica sobre a coronária.

Também não consegui apurar se os outros tipos de vinho (o branco, o rosé, os espumantes ou os fortificados) reclamam virtudes terapêuticas semelhantes, nem sequer do vinho verde, que podendo ser tinto ou branco, é só nosso, português de gema, constituindo um tipo específico de vinho pela grande acidez que o diferencia dos demais.

E o nosso Verdelho?

Que lugar ocupa na saga de Baco?

Ao que consta provado, fruto do trabalho e da persistência do homem que povoou estas ilhas, limparam-se os solos vulcânicos, edificaram-se curraletas (que têm resistido a todos os cataclismos), fenderam-se as rochas para garantir um palmo de terra e o alongamento das raízes e, sobre pedra lávica, passou-se a produzir um néctar que os Czares, os antigos e os de hoje, convocam para a sua mesa.

À arquitectura edificada foi atribuída a função de proteger as videiras dos ventos de primavera temperados com sal, ao suor do homem a função de regar o solo pedregoso, e á negritude do espaço após a vindima e a desfolha, o mérito de ser a estufa que adoça a uva e enobrece o seu vinho.

Percorrendo a enorme estrada do tempo, detive-me no Império Romano, pelo muito que fizeram pela selecção de variedades e castas, pelo grande domínio das técnicas de cultivo da vinha, pela criação dos barris para a armazenagem e transporte do vinho e pela tecnologia de fabrico do vinho que melhoraram e dominaram como nenhuns outros ao tempo.

E que dizer daqueles que, sem os benefícios imperiais, da pedra fazem vinho?

E no uso da palavra final vos digo que, em meu pequeno entender, merecem que se divulgue e defenda este secular património báquico, que se promova o vinho verdelho como produto ímpar, genuíno e com personalidade forte e marcante sem igual.
E mais merecem que a “Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos” e todos os seus confrades, lhes concedam todo o apoio e protecção como é da sua missão.

A Academia do Bacalhau

Confrades do Verdelho: Alberto Sampaio da Nóvoa,Paulo Caetano Ferreira,José Aurélio Almeida,Dimas Simas Lopes, José Manuel de Sousa entre outros.

Confrades do Vinho de Lamas, da Verdelho e da Estremadura

Confrades Enófilos do Alentejo e da Colegiada dos Enófilos de São Vicente

Confrades da Confraria da Alcatra

Confrade da Academia das Carnes da Madeira

Confrades da Estremadura

Confrade do Queijo São Jorge

sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril

Liberdade em Portugal

Praia da Vitória. Estátua da Liberdade na ilha Terceira dos Açores


A Liberdade, ao fim e ao cabo, não é senão a capacidade de viver com as consequências das suas próprias decisões disse James Mullen.

A Liberdade, em Portugal, faz hoje anos. Parabéns a você e muitos anos de vida com os portugueses, governantes e governados, a saberem decidir e a assumirem as consequências das próprias decisões, para além da capacidade de viver com elas.


Segundo um provérbio chinês “ A sabedoria consiste em saber que se sabe o que se sabe e saber que não se sabe o que não se sabe”.


Os Portugueses sabem que o passado terminou a 25 de Abril de 1974. Aprenderam com ele e vivem o presente com esperança no futuro que desejam.(1)

Sabem que o futuro poderá ser sistema de probabilidades mas conhecem o pensamento de William George Ward: “ O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”.

Os Portugueses esperam que a Maioria ajuste as velas para que não seja muito grande a desilusão sempre que perguntarem ao vento que passa notícias do seu país.

(1) - O futuro onde a (in) segurança não ponha em causa a Liberdade naquele dia conquistada.

Fanda