terça-feira, 19 de setembro de 2017

Compilação da Imprensa (67)

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Museu do Vinho
Obra impar nos Açores

In Jornal da Praia 21/setembro/1990


Casa Agrícola Brum com nova administração - 2010- Aqui

Garrafa Comemorativa do 125.º Aniversário da Casa Agrícola Brum - 2015 - Vídeo Aqui



Outras "Parras" :

Planta da Freguesia dos Biscoitos (ano 1830) aqui

Plantas Vasculares nas Vinhas dos Biscoitos (ano 1971) aqui.

"A vinha perde-se e a população nada ganha" (ano 1994) aqui.

"Região de Biscoitos, nos Açores - Casas em vez de vinhas" - Santos Mota (ano 1994) - aqui.

"Biscoitos: que futuro? "-José Aurélio Almeida (ano 1996) - aqui.

"As Vinha dos Biscoitos" -Bailinho de Carnaval da Freguesia das Fontinhas. (ano 1997) aqui.

Pisa e Mosto (1997) aqui

Sinónimos- Casta Terrantez da Terceira -Aqui

"Uma virada nos Biscoitos"(Açores)- (ano 1998) aqui.

O viticultor açoriano está envelhecido (ano 1998/99) aqui

“Provedor de Justiça dá razão à Confraria” (ano 1999) aqui.

“Museologia de Interpretação da Paisagem Ecomuseu dos Biscoitos, da ilha Terceira” - por Fernando Santos Pessoa (ano de 2001) aqui.

"Carta de risco geológico da Terceira" (ano ano 2001) aqui.

"Paisagem Báquica - Memória e Identidade" - Aurora Carapinha (ano 2001) aqui.

“A Paisagem Açoriana dos Biscoitos” - por Gonçalo Ribeiro Telles (ano 2002) aqui.

"Fadiga sensorial" (ano 2007) aqui.

"Defender curraletas!" (ano 2007) aqui.

"Tutores" (ano 2007) aqui.

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI"- por Rute Dias Gregório (ano 2008) aquiaqui e aqui.

“A Vinha, o Vinho dos Biscoitos e o Turismo” - por Margarida Pessoa Pires (ano 2009) aqui.


"O Aditivo"- por Francisco dos Reis Maduro-Dias -ano de 2009 Aqui

A Casa Agrícola Brum tem nova administração - ANO de 2010 AQUI

Biscoitos de Lava para os “sete magníficos” (ano 2011) aqui

"Acerca do vinho" -por Francisco Maduro-Dias (ano 2011) Aqui

Sócios da associação de viticultores da ilha Terceira -  Adega Cooperativa dos Biscoitos C.R.L.- não recebem há mais de 6 anos- Ano de 2011 - Video RTP  Aqui

Produtores engarrafadores e produção de vinho nos Biscoitos em 2012-  Aqui

Produção de vinho nos Biscoitos em 2015 - Aqui

Garrafa Comemorativa do 125.º Aniversário da Casa Agrícola Brum - 2015 - Video Aqui

domingo, 10 de setembro de 2017

COMUNICAÇÃO: «XXVI FESTA DA VINHA E DO VINHO» VII

“Do Território dos Biscoitos!”


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VII - Concluo

Por ordem superior e natural de missão, caberá sem dúvidas ao município e à sua Câmara Municipal, esse papel principal seguindo-se a Junta de Freguesia pela sua relação de proximidade e inerências que ocupa;
À «Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos», que tem como missão divulgar, daí ser também importante resgatar a publicação do seu  Boletim, e defender a qualidade dos vinhos que aqui se produzem, incluo, por não existir ainda uma entidade que a ele se ocupe, o tradicional «Vinho de Cheiro», por razões históricas, desde logo pela centralidade da sua ligação às Festas do Divino Espírito Santo e nos valores da nossa gastronomia;
e por ultimo, a todos nós, sejamos naturais ou apenas residentes ou avaliadores desse Território, sem esquecer-mos, o papel  que caberá à Comunicação Social, que terá de ser mais activa, mais transparente, menos centrada apenas em só alguns protagonistas, logo, menos partidária, esquecendo-se de vir ao terreno, conhecer o que todos nós andamos a fazer, e andamos, andamos a fazer muito, na valorização deste território e consequentemente na valorização final do produto de excelência que são sem duvidas os nossos vinhos de onde se destaca o Verdelho.


“A paisagem, como valor patrimonial,
é um quadro vivo onde se espelha
a identidade cultural do nosso país,
e por isso a sua importância
é comparável à da língua que falamos
e se espalhou pelo mundo.”
Gonçalo Ribeiro Teles
In Boletim da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos

E termino tal como iniciei, citando:
… e Citarei, Drumond (Francisco Ferreira), natural da freguesia de São Sebastião, nos seus Apontamentos Topográficos, Políticos, Civis e Ecclesiásticos para a História das nove Ilhas dos Açores, servindo de suplemento aos Anais da Ilha Terceira (1858).

…”Biscoito do Porto da Cruz - … É situada esta freguesia ao nordeste da ilha quase uma légua distante das Quatro Ribeiras em um desagradável terreno composto de uma áspera, dura, e negra lava demonstrando os horríveis estragos do fogo, motivo porque a sua perspectiva em tempos de Inverno é muito feia : ao que acresce o muito frio e desbrigo em que se acha:  e pelo contrário em tempo de Verão tornando-se ornada de verdura pela rica abundância de suas vinhas e pomares
(HOJE INFELIZMENTE ESSA NÃO É A SUA REALIDADE, COMO SABEIS)” ,
oferece os maiores encantos (Continuo a sitar Drumond) à vista de cima de suas eminências (). Tão desagradável, e ingrato é com efeito de Inverno aquele lugar, que anda em antigo provérbio -
” sou dos Biscoitos por meus pecados - :
e de Verão - : sou dos Biscoitos por «DEUS» querer !”

Viva A Vinha, o VINHO, e Todos quantos Laboriosamente Trabalharam, Trabalham e Amam este TERRITÓRIO VÍNICO E SINGULAR DESTAS FAJÃS DOS BISCOITOS! (…)
O meu sentido e sincero  OBRIGADO a todos Vós por me terem escutado
e haja saúde
Disse!

VICTOR MANUEL DA SILVA CARDOSO
victorsmuseum@hotmail.com


sábado, 9 de setembro de 2017

COMUNICAÇÃO: «XXVI FESTA DA VINHA E DO VINHO» VI

“Do Território dos Biscoitos!”


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VI - Um Desafio final às Entidades com responsabilidade na sua Gestão.

…“ Meu primo Chico Maria,
Dono de Agualva e Fontinhas !
Dizei-me se lá no Céu
Tendes saudades das vinhas…

NEMÉSIO Vitorino  “Cantigas à Porta a Botica” In festa Redonda (p.124) - 1950

E porque estamos num Museu em espaço aberto, onde estas conversas são parte do seu acervo e desta valiosa valência cultural, porque regista e dá testemunho de uma herança singular na ilha, estamos na terra do “Verdelho”, das Vinhas, das Curraletas e porque falamos de um Território, que nos mobiliza e que tanto nos caracteriza, falar dele, dos Biscoitos, num sentido amplificado. Marcámos assim este novo encontro, sobre o mesmo pretexto, voltar a falar das Vindimas e do Vinho e tendo como retaguarda, amiga e competente, este “Grupo Folclórico” que cuida de aprofundar o saber dos nossos cantares e bailados dos nossos ancestrais.

A Cultura da Vinha como base de um projecto Cultural, global a desenvolver: Seja de um Eco-Museu a um Museu do Território e da Comunidade, ou limitar-se apenas a este espaço geográfico dos Biscoitos, instalando-se um Centro de Interpretação, qualquer um deles que venha a ser a opção, será sem duvidas, o grande dinamizador do Território, que deveria merecer total acolhimento por parte da sua autarquia, porque se está a falar de CULTURA (…)

(continua)

COMUNICAÇÃO: «XXVI FESTA DA VINHA E DO VINHO» V


“Do Território dos Biscoitos!”


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V - Sinonimías

Importante também deixar-vos, nesta minha comunicação esta nota embora muito sumária: Sinalizar e dar relevo para a importância das SINONIMÍAS das nossas Castas, como o nosso Povo usa dizer “Chamar os Bois pelos seus verdadeiros  nomes!”

Assim temos:

Verdelho Velho «» não possui: Trata-se de um Verdelho mais miudinho e mais soltinho entre os bagos, mais esgalhado e pouco rentável.
Verdelho Branco «» Verdelho tal como o conhecemos
Verdelho Roxo «» Existe apenas na Terceira e nos Biscoitos, trata-se de uma mutação do verdelho branco, mais resistente e produtiva, mas que mantém todas as caracteristicas da casta mãe. É por essa ordem de razão, uma Casta única nos Açores, logo autóctone, que devemos ter a determinação de a saber proteger, verdadeiramente, para não suceder ao que está acontecendo com o Terrantez da Terceira, que urge rectificar, pelo menos nos vinhos que sejam produzidos na ilha e com particular sinalética e enfase neste território dos Biscoitos.
Terrantez da Terceira (consta no Cadastro Nacinal IVV) o que se designa por Arinto do Pico e “modernamente2 por Arinto dos Açores
Arinto (Terceira) Existe mas é mais tardio
Importante ainda se torna: Recuperar as antigas castas: Arinto; Boal das Abelhas e o Bruim. Existem ainda essas castas no Campo Ampelográfico deste Museu do Vinho, daí a sua importância de encontrar novos parceiros.

(continua)


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

COMUNICAÇÃO: «XXVI FESTA DA VINHA E DO VINHO» IV

“Do Território dos Biscoitos!”


Continuação dos anteriores AQUI


IV - A Instalação de dois CAMPOS AMPELOGRÁFICOS

 “Farei da minha Casa a Casa de todos os Povos!”
Ezequiel 37, 21-22

No processo de recuperação da nossa vinha, tinhamos como sonho e era um dos objectivo, instalarmos também um Campo Ampelográfico, mas “In sitio”, ou seja, queriamos seguir o excelente exemplo criado pelo Museu do Vinho e Casa Agrícola Brum, pioneiros na região nesse importante activo, por o terem criado e plantando nele, todas as castas existentes no arquipélago, salvaguardando-se assim a sobrevivências desse valioso património vitícula das nossas ilhas, infelizmente ainda sem o devido aproveitamento dos Serviços competentes e da própria Universidade, que parecem adormecidos sobre a real e capital, e centralidade da sua importância.

Mas como vos dizia, a sua instalação “In sítio”, sinaliza, a orientação, por ficar no coração das vinhas, ao passo que o Campo, que é hoje património visitavel deste magnifico Museu em Espaço aberto onde nos encontramos, estar implantado a cima da estrada, ou seja, já fora da cota de referência de excelência para a cultura da vinha dos Biscoitos, mas, é bom sublinhar, que em nada o desvaloriza, bem pelo contrário., trata-se de magnifico e exemplar «CA.»

Inicialmente tinhamos pensado em instalar o nosso “CA”, também em sistema de Poste/Arame – 3 arames,  com essa diversidade de casta - 23 Casta, algumas, autócnotes, mas ao nosso, forsosamente teríamos de juntar, mais uma, ou seja o «Seibel» - que já possuímos, com púas vindas de uma excente vinha, localizada no Lajido, Ilha do Pico e enxertadas em R99 e Jaquez. Este era o nosso projecto inicial.  Mas aos pouco ficámos animados com um outra opção, mais corajosa, arrojada, mas pertinente para nós porque fazia todo o sentido.

Dada a existência já de esse excelente CA, do Museu do Vinho dos Biscoitos, e como a base do nosso projecto de recuperação da nossa Vinha, optámos por preveligiar as Castas tradicionais brancas, daí foi um passo, para instalarmos um CA, mas onde estivessem representadas todas as castas BRANCAS e nobres portuguesas, produtoras de Bom Vinho, e pela nossa pequena dimensão territorial, tivemos que limitá-las e ter como eleitas, as três (3) mais emblemáticas e principais em cada uma das respectivas Regiões.

Assim: o CAMPO (CA 1) - 200 m2 irá ter:

As 14 Regiões Vinícolas de Portugal (não incluidas as sub-regiões)
Regiões: Região Vinicola dos Vinhos Verdes; Região Vinicola dos Açores; Região Vinicola de Porto e Douro; Região Vinicola de Távora-Varosa; Região Vinicola da Bairrada; Região Vinicola de Dão e Lafões; Região Vinicola da Beira Interior; Região Vinicola de Lisboa/Estremadura; Região Vinicola do Tejo/Ribatejo; Região Vinicola da Península de Setúbal; Região Vinicola do Alentejo e Região Vinicola da Madeira

Alguns exemplos:
Região Vinicola dos Vinhos Verde, castas: Alvarinho; Loureiro; Trajadura
Região Vinicola dos Açores, castas: Verdelho; Terrantez da Terceira e Arinto
Região Vinicola de Porto e Douro, castas: Gouveio*; Malvasia Fina*; Moscatel*;
Região Vinicola de Dão e Lafões, castas: Encruzado; Bical*; Malvasia Fina*
Região Vinicola de Lisboa/Estremadura, castas: Arinto*; Malvasia*; Seara-Nova
Região Vinicola do Alentejo, castas: Antão Vaz; Roupeiro*; Diagalves
Região Vinicola da Madeira, castas: Sercial*; Boal; Malvasia*
*Também de outras regiões

Caracteristicas Técnicas: o CA está implantado numa curraleta de chão de terra, sem bagacina, (correspondia às duas curraletas maiores da vinha) e tem as suas linhas, no sistema Poste/ Arame (3 arames), orientadas no sentido Norte/Sul, para permitir maior exposição solar. A maioria das plantas vem já enxertadas e foram adquiridas em Viveiros certificados do Continente.

CAMPO (CA 2) - 50m2
Região: Açores
Castas 5 : Verdelho Velho; Verdelho Branco; Verdelho Roxo; Terrantez da Terceira e Arinto
Caracteristicas Técnicas: Implantado, numa curraleta pré selecionada (50 m2), de empedrado, com respecivas covas, boa localização, para permitir também fácil visita, com todas as Castas Brancas, de qualidade existentes na Região,  cada uma delas, enxertadas em produtores locais: Jacquez; Marina e Herbremont, que servirá de laboratório, não só à nossa cultura e produção e permitirá ainda o acesso a estudiosos, que pretendam desenvolver trabalhos e campos de pesquisa.

(continua)

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

COMUNICAÇÃO: «XXVI FESTA DA VINHA E DO VINHO» III

“Do Território dos Biscoitos!”


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III - Um Testemunho na primeira pessoa na Recuperação de uma Vinha: Motivação, ânimo, constransgimentos, alguma tristeza, mas também alegria e muito, muito trabalho!


“… Meu primo Chico Maria,
Maioral do meu concelho,
Alfenete de oiro puro
Como vinho de Verdelho !”

NEMÉSIO Vitorino  “Cantigas à Porta a Botica” In festa Redonda (p.123) – 1950

Principais tarefas ou processos na Recuperação e Reabilitação de uma Vinha:

- Desmatação (Ânimo e Motivação) Mt Trabalho mas alegria (…)
- Arranque das cepas velhas, no nosso caso trabalho sempre realizado aos fins de semana e feriados
- Levantamento de Paredes: paredes singelas e dobradas
- Nova Plantação: Bacelos porta-enxerto indicadas pelos Serviços: Da experiência adquirida, já no território e em relação ao 1103 Paulsenm julgamos que o R99 se adapta melhor às nossas caracteristicas da região, se bem, que a aposta deveria centrar nos produtores locais, trabalho que está por fazer. (…)

Alguns Constrangimentos e tristeza, pela grande falta de apoio técnico das entidades competentes nomeadamente nas fases de:  Plantação; Enxertia e Poda – de formação. Essa componente formativa é de capital importância, para a realidade das nossas vinhas, o que temos vindo a assistir é a uma precária visita e participação dos Técnicos, com formação na área, em toda a fase da cultura no Território – vive-se quase numa situação de orfandade (…)

Depois continuamos também a assistir a um mau serviço da nossa Comunicação Social. Existem jovens empreendedores a trabalhar em projectos fantásticos, mas que não lhes são dadas a devida projecção.

E finalmente alegria pelos resultados que vamos constatando de poder ver os jovens sarmentos carregadindos de bonitos cachos de uvas, é o que nos anima e nos move a continuar – é muito bom poder sentir o fruto do nosso trabalho que é bem visível.

(continua)


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

COMUNICAÇÃO: «XXVI FESTA DA VINHA E DO VINHO» II

“Do Território dos Biscoitos!”


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II - Como se processavam as Vindimas nessa época, do que me recordo 

Na véspera, ia-se levar um molho de cestos à vinha (um carreto de cestos de vimes), para que quandos os Homens e mulheres chegassem no dia seguinte começassem a vindimar, eram cerca de 8/10 podendo chegar as 12 cestos de duas asas (vindimeiros), mais os cesto de vindima, cesto de uma só asa, mais pequenos tal como os conhecemos, (…) e dependendo sempre do peso que poderia carregar o homem, eram atados com espadama, mais tarde substituida por corda, esse percurso era sempre  realizado a pé da Adega até à Vinha.
No dia da Vindima o feitor, que era o responsável por todas as coisas relacionadas  com a cultura da vinha, no nosso caso, «O Tio Aníbal» ( faleceu este ano nos EUA - Califórnia), ele era também feitor do Sr. «Feiticeiro», vinha ter à nossa Adega, por essas 8h00, ela situa-se na Canada do Caldeiro, a última no sentido Norte/Sul – rumo à Estrada do Mato. 
“Matava-se o bicho”, com vinho de cheiro, velho, que tradicionalmente e estratégicamente, se guardava para a época das vindimas (também para se preparar as tradicionais Alcatras para a Festa dos Biscoitos), nesse “mata- bicho” tinhamos também sempre uma garrafa de aguardente da terra, acompanhado com queijo de peso (queijo de São Jorge) cortado aos pedaços, «eu», já tinha uma parte do meu franel pronto na minha cesta, preparada de véspera ao final da tarde, levava-se sempre queijo fresco, da nossa produção agrícola, feito pela minha Mãe em dosse reforçada para  o almoço da Vindima.
De seguida partia-se rumo à vinha, antes porém, uma paragem na Venda do Tio José Vieira, situada a meio da Canada do Caldeiro, na banda poente, junto ao entroncamento com a Rua de Mangas. Tratava-se de uma paragem estratégica, necessária, que ali sempre ocorria, para se comprar um reforço para o almoço (ficava no rol): atum, mais um pedaço de queijo, “pão da venda”, que se encomendava de véspera, algumas laranjadas e tabaco de filtro, eu que não era fumador, nunca o fui, pedia a meu Pai para $ Tabaco para os Homens, e sempre fui bem sucedido, porque autorizado, gostava das marcas: Santa Justa; Goodflame e Apolo 20, por vezes também Curdos (mas estes eram bem mais fortes no dizer dos entendidos). Naturalmente que a minha inclinação por essas marcas, ficava a dever-se, por terem em destaque a côr vermelha, explicada parece estar a opção, pois como o disse, não era fumador (…), e curiosamente meu Pai até era Verde. 
Levava-se também, da adega dois garrafões de vinho de cheiro e outro contendo àgua, que fora previamente fervida, em Talha de barro, na nossa cozinha.
Na vinha o feitor, distribuia sempre os homens e mulheres, pelas tornas, de modo a ficar mais equilibrado o serviço, geralmente os homens é que despejavam os cestos de vindima, quando cheios, para os cestos de duas asas, que eram também colocados estratégicamente junto das passagens para facilitar a operação do seu transporte no final da vindima.
Pelas 10:00 horas fazia-se uma ligeira paragem, para descanço e mata bicho, uma pequena merenda, chicharros fritos e um prato de queijo cortado aos bocados para calçar o estomago até à hora do almoço. Os fumadores aproveitavam também a paragem para matar o vicio. Esta era uma prática mais usada nas vindimas mais ditas mais “pobres”, havia algumas, mais abastadas, onde essa prática ou uso não acontecia. Na nossa casa, esse era o costume, sempre foi assim – uma tradição de que me recordo bem e de que guardo boas recordações, e de que tenho saudades.
Pelo meio-dia almoçávamos:
Havia sempre um prato de uvas, que se apartava no inicio da vindima, para não estarem quentes à hora da refeição. O Almoço constava para além das latas de atum, também havia cavala e curtume caseiro e os queijos, com pão da Venda e pão caseiro - o que os homens e mulheres levavam. Vinho de cheiro, Laranjada que se distribuia pelas mulheres e crianças, tudo com ordem era a bebida de suporte. Após o almoço, uma ligeira pausa para o tabaco.
Por volta da uma da tarde dava-se inicio à segunda parte da apanha das uvas, decorria até essas 17h00, (havia por volta das 3 da tarde uma ligeira paragem para se matar o bicho). Às 5 da tarde, terminava a apanha e os homens iniciavam o processo de acartar os cestos, cestos grandes, poisando-os depois em fila sobre uma parede consistente, por vezes era necessário calçá-los para ficarem direitos, para não tombar, usando-se uma pequena pedra e ficavam assim a aguardar pela chegada da Fraguneta, que se havia, previamente, combinado a hora com o condutor na Praça dos Biscoitos, para as ir buscar ao sítio combinado e para as levar até à Adega. 
Por vezes terminávamos a apanha mais cedo e aí, procurávamos saber a zona onde se encontrava o nosso condutor, para irmos ao seu encontro, ganhávamos assim, um pouco na antecipação aos que estavam na Praça, e era hábito, ajudarmos sempre no serviço que estava a decorrer, no carregar e descarregar dos cestos para o processo ser mais rápido e os condutores, gostavam, pois assim conseguiam ganhar mais uns fretes. 
Um pormenor que importa relevar: à hora previamente combinada, os condutores não falhavam, estavam junto ao local combinado para se carregarem as uvas. Uma parede cheia de cestos, era motivo de enorme satisfação, e orgulho sinal de que a Vindima tinha sido boa – era um regalo vê-la daquela maneira (situação que importa resgatar neste nosso território, restaurando-a) da parte que nos toca, seguramente que assim será implementando e incentivando-se essa prática, esse costume caído em desuso. 
…”Uma «Fragoneta» hoje com a designação de «Carrinha», bem carregadinha de uvas, com os cestos em dois ou mesmo três andares, seria fantástico, belo, poder-se o testemunhar de novo, nos caminhos dos Biscoitos, na nossa “Casa” e nas nossas Vindimas, como o referi, iremos trazer essa fantástica realidade e imagens de volta!” (…)
Importará sinalizar e recordar, que os primeiros carretos, nesta modalidade, correspondiam a 15 cestos, na caixa, mais tarde, começou-se a usar as tábuas, colocadas transversalmente por cima dos cestos para aumentar assim a maior capacidade de transporte. Paralelamente a este tipo de transporte mecanizado, sentiamos também, sempre, a presença e a harmonia do chiar dos «Carros de Bois», do Tio Manuel Pereira e do Tio José Chora, carregados com os seus balceiros, percorrendo os lugares de pior piso e de difícil acesso às Fragonetas, para irem carregar as uvas dos fregueses…
Cada cesto de duas asas correspondia e corresponde a cerca de 40/ 50 Kg, e um cesto bem carregado se fosse de uva de cheiro, corresponde a 3 Potes de vinho e dependendendo mesmo do cesto, poderá chegar aos 4 Potes, enquanto se forem uvas de Verdelho ou Terrantez, dará 2,5 potes - um pote aqui nos Biscoitos corresponde a 11 Litros de vinho, na Graciosa são 12 Litros.
Com as uvas chegadas à Adega, dava-se inicio ao esmagamento, ou “à pisa”, cesto a cesto, usando-se os Esmagadores de roda grande, que nós, com o nosso movimento  vigoroso de braço, faziamos movimentar os dois cilindros, num sistema de rodas dentadas, ao lado existia um pequeno escadote de madeira, para facilitar o proceso de vasamento das uvas que estavam no cesto para a caixa do esmagador, era um momento que se desejava bastante, pois assim podia-se ver a quantidade de mosto e apreciar os aromas deliciosos que se começavam a libertar vindo ao nosso encontro, “envolvento toda a adega”, proveniente do sumo de uva obtido. 
Esta, era a prática, usada, para a casta Isabella -  o “Vinho de Cheiro”. 
Já no «Verdelho» o procedimento era diferente: os cestos eram despejados no lagar e a pisa era feita por Homens, pelos rapazes e também pelas raparigas da casa – lavam-se bem os pés (…). Era uma alegria, tamanha, esses momentos. Depois das uvas pisadas ou esmagadas, consoante a casta, porque nas castas brancas, obriga a esse processo sequencial, isto é: depois da pisa a pés, o sumo era transfegado, para a vasilha e o engaço ia para a prensa para ser ligeiramente apertado, processo de bica aberta, repousando nas primeiras 24 horas numa vasilha, geralmente era sempre em meias pipas, só depois era armazenado nas pipas – as nossas eram de 440 Litros. 
Na uva de cheiro, como sabeis, são reservados três a quatro dias de balceiro, devendo o pé ser mexido pelo menos duas vezes por dia, só no ultimo dia é que não se opera essa acção. 
O nosso vinho de cheiro, tal como o Verdelho, era muito bom, não se trata de uma expressão que sinalize vaidade, eram efectivamente muito apreciados, consequência naturalmente das boas práticas reservadas na Adega, desde logo, nos cuidados reservados ao vasilhame, depois na sua localização (aguardamos com grande expectativa pelo momento da nossa primeira vindima e dos nosso primeiros vinhos que julgamos, poder vir já a ocorrer no próximo ano, embora ainda limitada na quantidade e na qualidade, como é justificavel, porque estamos na presença de uma vinha nova - mas lá chegaremos! (…)
Concuidos os trabalhos na adega, era chegada a hora do Jantar ou da Ceia, expressão rural usada pelos homens mais antigos. Na nossa Casa, era assim, subia-se, rumando à cozinha, para termos esse aconchegante alimento, era sempre uma Feijoada à moda antiga, levava toucinho e cabeça de porco – queijaço e também um pouco de linguiça, mas não era muita a mistura – a minha Mãe fazia-a com grande mestria. Concluída a refeição, terminava também o nosso dia de Vindima, regressando o pessoal, que havia estado a trabalhar, ás suas casas. 
Recordar, que  muitos dos trabalhadores, mais jovens, que vinham para as Vindimas dos Biscoitos, tinham como obectivo ganhar uns dinheirinhos para os Toiros do Porto nos Biscoitos – Festa muito concorrida e apreciada, singular na Ilha, naquela altura quem tivesse 100$00 (escudos) tinha muito dinheiro! (…)
As Mulheres ganhavam 15$00 chegando depois aos 20$00. Os Homens, esses recebiam 25$00, esses os valores correspondentes ao dia de trabalho. As muheres regressavam mais cedo a casa e os Homens ficavam para acartar os cestos.
Este pessoal era contratado quando chegavam à Praça, logo pela manhã, vindos do Raminho e da Agualva, pagando-se sempre no final da sua jornada de trabalho.
Ainda algumas lembranças mais desses meus tempos de Vindima:
Recordo-me dos condutores das «Fragonetas», lembro-me bem dos Sr. Farpela, todos queriam que fosse ele a ir carregar as uvas, dada a sua nobreza e simpatia no trato, emigrou para os EUA, já falecido, “para o seu lugar” veio o José Gabriel «Chalô ou Chalão, de apelido», emigrou para o Canadá, mais tarde o José Daniel Lourenço, do Raminho - reside nessa freguesia de onde é natural e mantém praça e por último dos que me recordo o Sr. Roberto Linhares, um micalense que casou para os Biscoitos e que tinha também um «Botequim», onde se podia comer uma boa feijoada e chicharros fritos, localizado acima da Adega do António da Chica, tinha uma Fragoneta (Furgoneta), verde, muito bonita, da emblemática marca alemã «BORGWARD», havia-a adquirido, a primeira que teve, ao Pescador Fermínio de São Mateus, depois comprou outra à Mobil, essa já a gazolina, depois substitui por uma Nissan Caball, mas isso já no pós sismo de 80. Os três primeiros eram condutores da Sotran, enquanto o Roberto tinha sido condutor da EVT, mas viria a establecer-se por conta própria.
Na segunda-feira, da Festa dos Biscoitos, dia de Tourada de fama, de manhãzinha podia-se escutar os sons da “magistral orquestra”, porque os viticultores eram também lavradores, de regresso das vacas, a hora, era de mexer novamente o pé que se encontrava na prensa e dar-lhe mais outro aperto, para depois se poder dar uma fuga ao mato, à boleia, para se assistir à apartação dos Toiros, que iriam ser corridos ao final da tarde, na concorrida tourada da ilha, nesse tempo só havia essa nesse dia.

(Continua)


terça-feira, 5 de setembro de 2017

COMUNICAÇÃO: «XXVI FESTA DA VINHA E DO VINHO»


“Do Território dos Biscoitos!”



Cumprimentos iniciais:

Aos Organizadores: Ao Grupo de Baile da Canção Regional Terceirense, pelo honroso convite que me foi dirigido;
Ao Museu do Vinho e à sua Casa Agrícola Brum. Pela Instituição, por tudo aquilo que ela representa e à sua ilustre Família «Brum», sustentada na amizade e admiração que lhes reservo e hoje com redubrado regozijo pelo 93º Aniversário do Comendador Fernando Brum;
Ao Inatel, sem dúvidas como grande impulsionador, inicial, desta valiosa iniciativa cultural;
À Confraria do Vinho Verdelho, na pessoa do seu Grão-Mestre aqui presente Dr. Francisco Maduro-Dias;
Minhas Senhoras e meus Senhores
Caros Amigos


“Nas terras que meu pai Lavra
Não quero trigo nem linho:
Quero Rosas, quero festa,
Quero uvas, quero vinho !”*



*NEMÉSIO Vitorino. In «FESTA REDONDA» Decimas & Cantigas de Terreiro Oferecidas ao Povo da Ilha Terceira. 1950

Nota Introdutória e Justificativa na apresentação desta Comunicação
Do Território dos Biscoitos: 
Proponho-me falar um pouco sobre cada uma das temáticas, que selecionei, aqui partilhar convosco um pouco, sobre este Território, que julgo, merecer de todos nós uma atenção particular.
Do Território dos Biscoitos, dizer-vos que desde muito cedo comecei a frequentar esta freguesia, situada na banda norte da ilha, era uma constante do meu quotidiano semanal, vir até cá na companhia de meu Pai, que foi comprando uns pomares e depois conseguiu mesmo possuir uma agradável parcela de terra de fruta. 
Dos Pomares às vinhas, foi quase uma natural sequência, pois encontramo-nos na excelência da terra produtiva de vinhas dos Açores, de superior qualidade – tinha os meus 6 aninhos, viagens essas, algumas com várias peripécias, que não importará aqui desenvolver, mas isto para vos dizer, que tenho efectivamente uma grande ligação a este território, e por via disso, também à Cultura da Vinha, apartir dos meus 9 anos de idade, passava sempre o Verão aqui nos Biscoitos, até à Festa do Porto. 

I - Das memórias das minhas Vindimas num registo antropológico

… Eram 10 Alqueires de terra, de vinha, que meu Pai possuia em finais dos anos 60, assim distribuidos: 6 alqueiros no lugar da Ponta Negra, 0,5 (meio alqueiro) na Canada das Vinhas e 3,5 na Canada do Porto (Can. do Arrubim), todas elas neste território dos Biscoitos. Nos dois primeiros predominava a casta Isabella, do popular, vinho do Povo o «Vinho de Cheiro», vinho dos Bôdos e das Alcatras, para as Famílias mais modestas e do qual se fazia também a Aguardente da Terra e a Angelica. Tinhamos também já alguns pés de Jaquez da Madeira plantados. 
Já na vinha do Porto (actual Vinha do Palheiro, nossa denominação) e que se encontra em fase de recuperação, de que vos falarei de seguida, a rainha das castas era o Verdelho e o Terrantez da Terceira – era a famosa Vinha do «António da Chica», como era conhecida das gentes dos Biscoitos (ele possuía uma grande Adega situada no Caminho do Concelho um pouco mais a baixo do Chafariz, aqui da Praça).

(Continua)


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

XXVI Festa da Vinha e do Vinho dos Biscoitos ILHA TERCEIRA - AÇORES


Manuel Vieira Brito abre a "Festa"


Victor Manuel da Silva Cardoso, Maria Cristina Pinheiro Brum e Manuel Vieira Brito do GBCRT- Grupo de Baile da Canção Regional Terceirense.

Boa noite 
Amigas e amigos

Em nome do GBCRT cabe-me abrir a “Festa”, saudando todos e agradecendo a Vossa presença.

Esta “festa”, que já vai na 26ª edição, nasceu a partir de uma ideia original nossa, do GBCRT, e que encontrou eco no recém-criado Museu do Vinho dos Biscoitos. O objetivo do preponente preconizava apenas a vertente etnográfica concretizada na reconstituição de uma vindima tradicional. A introdução deste momento de reflexão e debate sobre as problemáticas da vinha e do vinho, é exclusivamente da responsabilidade do meu amigo Luís Brum. É assim há 26 anos. Mas já o era antes. As preocupações, as angustias, os sonhos e as realizações do Luís são herança do seu pai e do pai do seu pai.

Neste espaço já se ouviram eloquentes oradores dissertarem sobre problemáticas da cultura da vinha e produção do vinho e o seu relacionamento com o ordenamento do território, a saúde, a alimentação, a música, o turismo, a política, a arquitetura, a poesia popular, a etnografia, etc. etc. 

Mas esta não é uma “festa” do Museu do Vinho dos Biscoitos.

Também não é uma “festa” da freguesia dos Biscoitos: não nasce por vontade das suas gentes nem das suas instituições.

Não é também uma “festa” concelhia: decorre no espaço geográfico de um concelho organizada por uma instituição de outro concelho.

Mais do que limitada à periferia da ilha esta “festa” é, pelo menos pretende ser, uma “festa” dos Açores. De defesa e valorização de um dos seus mais antigos e emblemáticos produtos como é o “Vinho Verdelho”. Neste caso dos Biscoitos que ao lado dos outros, mas nunca contra os outros, enriquece a diversidade da oferta de toda a Região.

Neste particular julgamos ter tido alguma valia como comprova a distinção que nos foi concedida pela Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos quando nos “entronizou” Confrade de Mérito.


Caros amigos

Para além da organização, das colaborações e dos apoios esta “festa” faz-se, sobretudo, com vocês.

Vejo aqui algumas caras novas. Vejo outras que são repetentes.
A uns e outros reitero a nossa saudação.

A vossa presença é também um dos fatores que explica a longevidade da “festa”.

A vossa opinião é o alimento que necessitamos para continuar.

Este ano resolvemos convidar como orador para esta sessão uma pessoa que nos habituamos a ver em quase todas as “festas”. A sua presença é notada. No entanto não se faz notar. Sabemos o seu interesse pela cultura da vinha, estando neste momento numa fase de recuperação de uma vinha familiar. 

Victor Manuel da Silva Cardoso, nasceu na freguesia da Conceição, em Angra do Heroísmo em 16 de Novembro de 1959.
Depois de completar o 12º ano fez uma Pós-graduação em: “Património, Museologia e Desenvolvimento – na Univ. dos Açores.
É Técnico Profissional Especialista Principal do Quadro da SREC – prestando serviço na DRAC.
Habilitado com o Curso de Desenhador de Construção Civil foi responsável pela execução rigorosa de levantamento planimétrico e altimétrico de muitos imóveis de interesse arquitetónico tais como: Igreja/Convento de Nossa Senhora do Livramento, Casa D. Violante do Canto, Ermidas de Nossa Senhora da Saúde, Nossa Senhora da Cruz, do Desterro, de S. Lázaro, da Penha de França, de Nossa Senhora da Estrela. Impérios do Porto Martins, Caminho do Concelho nos Biscoitos, Rua de Baixo de S. Pedro e Rua Nova. Palácio dos Capitães Generais, Casa Etnográfica de Santa Cruz da Graciosa, Museu dos Baleeiros, no Pico, Igreja/Convento São Boaventura nas Flores…..e muitos outros. 
- Responsável pela Organização do arquivo de Desenho da DRAC;
- Participação ativa no Dossier Gráfico da proposta de Classificação da Cidade de Angra do Heroísmo à UNESCO, como Património da Humanidade;
- Conceção Gráfica de vários Desdobráveis – Exposição de Arquitetura popular dos Açores, 1993;
- Montagem de Várias Exposições de Pintura e Escultura – 1ª Bienal de Artes dos Açores e 1.ª Exposição Temporária do Pintor José Nuno da Câmara Pereira – Museu de Santa Maria/Inauguração;
- Conceção da Capa do Boletim e cartaz do Museu da Graciosa;
- Desenho de Medalha Comemorativa da Inauguração do Lar da Terceira Idade da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo;
- Desenhos de Ilustração para Obras dos Autores Augusto Gomes, Francisco Ernesto Oliveira Martins e numa edição da SREC, por altura do 4.º Centenário da Batalha da Salga;
- Autoria do suporte fotográfico para ilustração de trabalho monográfico sobre o Castelo de São João Baptista – Dr. Nestor de Sousa - Revista Monumentos, 1996;
- Responsável pelo discurso móvel dos diversos painéis expositivos e mobiliário  e demais suporte gráfico do Museu de Santa Maria;
- Levantamento dos registos Arqueológicos do Lagar “mais antigo” da Ilha Terceira – Fonte: Inventário do Património Imóvel dos Açores – Praia da Vitória, P. 274;
- Autor de um trabalho de pesquisa, sobre o Museu do Vinho dos Biscoitos, parcialmente publicado no Boletim da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, apresentado no 1.º Encontro Nacional das Confrarias Báquicas de Portugal – Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos/Museu do Vinho dos Biscoitos, 2004;
- Iniciação de um trabalho de pesquisa sobre os Murais da Matriz de São Sebastião, com vista á sua recuperação. Vila de São Sebastião - Ang. Her.;
- Iniciação de um trabalho de pesquisa sobre a influência de um evento Gastronómico  no desenvolvimento Turístico-cultural e de animação de uma Cidade – Praia da Vitória;
- Iniciação de um trabalho de pesquisa sobre a Antiga Ribeira dos Moinhos – Área de Gestão Museológica – Angra do Heroísmo;
- Colaboração com o arquiteto Paulo Gouveia na conceção do projeto de reconstrução da Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral;
Colaboração com o Clube de Filatelia da Escola Manuel de Arriaga, Horta, na edição das publicações relativas ao Impérios do Espírito Santo e dos Moinhos de Vento dos Açores;
- Colaboração com o Jornal “A União” com diversos artigos de opinião publicados;


Victor Manuel da Silva Cardoso é a voz que hoje vamos ouvir numa perspetiva de quem vê a “festa” do outro lado. Do Vosso lado.

Muito Obrigado

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

EFEMÉRIDES AÇORIANAS- SETEMBRO (9)


Ponta Delgada – meados do século XX

1.1975- Segue para o continente o picoense Dr. Simas Santos a fim de cumprir o a serviço militar obrigatório nas Caldas da Rainha.

2.1893- Inicia a sua publicação o jornal “O Telegrafo” na cidade da Horta.

3.1988- É inaugurada em Angra do Heroísmo a estátua ao Beato João Baptista Machado.

4. 1966- É inaugurada na Vila da Lagoa, ilha de S. Miguel, a Biblioteca Pública.

5. 1975- Realiza-se no Hotel Raphaele, em Paris, uma reunião entre a Frente de Libertação dos Açores – FLA e a Continental Resources Development Corporation – CRDC a fim de ser assinado um acordo que acabou por ser recusado pelo lado dos Açores.

6.2010- Está ancorado ao largo de Praia da Vitória o iate “Galadriel”.


8.1976- Toma posse o 1.º Governo Regional dos Açores. Extinguindo-se os distritos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.

9. 2008- Numa comemoração oficial, é anunciado, isto em Angra do Heroísmo

10.1975- Chega à Ilha Terceira depois de ter passado uns dias de repouso em Vila Franca do Campo, ilha de São Miguel, o Prof. Vitorino Nemésio.

11.1813- Grandes enxurradas nas freguesias de São Bartolomeu, Santa Bárbara e Doze Ribeiras , na Ilha Terceira.

12.1984- Falece, em Angra do Heroísmo, Carlos Baldaya Rego da Silva Secretário da antiga Junta Geral do Distrito e Cônsul do Brasil. 

13.1986- Realiza-se na freguesia dos Altares, concelho de Angra do Heroísmo, uma tourada à corda, com toiros importados do continente português.

14.1975- Realiza-se na freguesia da Serreta a tradicional Procissão da Nossa Senhora dos Milagres.

15. 2015- Termina na Ilha Terceira mais um “Rali Além Mar /XXXVII Ilha Lilás”.

16.1856- Realiza-se a primeira récita no Teatro União Faialense, Horta.

17.1975- É celebrado na Câmara Municipal da Praia da Vitória o contrato de arrendamento do edifício do antigo Seminário Padre Damião da Congregação – holandesa dos Sagrados Corações, para nele funcionarem no próximo ano lectivo as escolas primárias daquela Vila. 

18. 1915- Nasce o escritor e historiador picoense Ermelindo Ávila.

19.2010- Está patente na Junta de Freguesia dos Biscoitos uma exposição de fotografia de paisagem de Hugo Machado intitulada “O Mundo é a minha Ilha”.

20.1975- Chega a Ponta Delgada o ilustre terceirense Eduardo Manuel Vieira Brito a fim de assumir as funções de Adjunto do Intendente no Emissor Regional dos Açores.

21.2015- A URAP – União de Resistentes Antifascistas Portugueses presta homenagem aos presos políticos em Angra do Heroísmo.

22. 1988- O Coro da Academia Musical da Ilha Terceira actua na Associação Portuguesa do Espírito Santo, em Montreal (Canadá). Amanhã no Centro Comunitário de Santa Cruz e no dia 24 na Igreja de Nossa Senhora de Fátima da mesma cidade.



25. 2015- A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada inaugura a exposição – Alice Moderno (1867-1946), cidadania e intervenção.

26. 1988- O Coro da Academia Musical da Ilha Terceira actua no Palácio do Governo, durante a abertura do II Ciclo de Cultura Açoriana. Amanhã actuará em frente à Câmara Municipal de Kitchrner.

27. 1978- O “pessoal navegante” da SATA inicia uma greve .

28.1856- É Sagrada a Igreja Matriz da Mãe de Deus, na Povoação, ilha de S. Miguel.

29. 1908- Não sendo possível reparar as avarias da viatura marca Brasier 16-25 H.P., de quatro cilindros, que se encontra em Angra do Heroísmo ao serviço dos médicos e pessoal de enfermagem na luta contra a peste bubónica que então alastrava pela Ilha, a firma que o vendeu embarca-o non vapor Insulano a fim de ser trocada por outra.

30. 2011- Carlos Cordeiro, Professor da Universidade dos Açores e antigo Furriel Miliciano de Infantaria, com comissão em Angola de 1969 a 1971, profere uma comunicação, inserida no Ciclo de conferências-debate “Os Açorianos na Guerra do Ultramar: uma abordagem parcelar”, no anfiteatro “B” do Pólo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores.

Fonte: Arquivos de José da Silva Maya, Álvaro de Castro Meneses, “Revista Ilha Terceira” e “Almanaque Açores”.