quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Livro "Luís Godinho Photography"


Se a natureza é sublime em suas massas, as fotografias do livro "Luís Godinho Photography" são minuciosas em seus detalhes, um legado precioso que o seu autor deixa aos amigos ...e aos amigos desconhecidos que há no mundo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

“Cantar os Reis” como manda a tradição!



De 26 de Dezembro a 6 de Janeiro pp que o “Rancho dos Reis", do Grupo de Baile da Canção Regional Terceirense, percorreu a ilha Terceira tocando e cantando os Reis às portas de casas como manda a tradição!
Ontem foi a vez da nossa porta, saudando-nos e desejando-nos um Bom Ano.
 E o Menino mija…?



Muito obrigado  amigos! Igualmente para todos vós.


CANTAR OS REIS

“Nesta época Natalícia e, segundo os organizadores, para se cumprir a tradição, vão realizar-se um pouco por todo o país as “cantatas de reis”. Estes eventos anunciados para se realizarem em salões de festas de sociedades recreativas, pavilhões polivalentes, sedes de juntas de freguesia, ginásios das escolas, auditórios, etc. ou tão só em forma de desfile pelas ruas principais das freguesias, vilas ou cidades são, quanto a nós, mais uma a juntar a tantas outras formas de se acabar definitivamente com a verdadeira “tradição de cantar os reis”.
“Cantar os reis” tem, como qualquer outra actividade da cultura popular, um tempo, um espaço e uma função própria.
O tempo é este, em que se comemora o nascimento de Jesus e que vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro, tradicionalmente o dia de Reis. A importância deste dia conferiu-lhe, durante muitos anos, o estatuto de “dia Santo”, logo dia feriado. Em muitos países é ainda este o dia mais importante da celebração do Natal.
Nalgumas localidades o cíclo Natalício só termina a 2 de Fevereiro, dia dedicado à luz, às estrelas ou às candeias. Dia em que a liturgia Católica comemora Nossa Senhora das Candeias ou da Candelária. Tradicionalmente era também durante este período que se realizavam as matanças do porco. Assim os ranchos de Reis tanto saíam para cantar loas ao “menino Jesus” como para enaltecer os “toucinhos” de uma matança. As toadas com que o faziam eram em todo semelhantes na estrutura, embora com variantes melódicas para cada uma das funções.
Os espaços em que se movimentavam estes ranchos eram as casas dos amigos e dos familiares em visitas, quase sempre de surpresa, para provar a “mija do menino”, ou no caso das matanças, para se avaliar e comparar os predicados do “porco”. Daí que a função desta manifestação fosse essencialmente social.
E hoje? Não será possível continuar a tradição sem a desvirtuar nestes princípios? Claro que sim. É perfeitamente possível. É o que temos feito de há 15 anos a esta parte, de uma forma pioneira e que, felizmente, tem motivado o aparecimento de outros ranchos: continua a celebrar-se o Natal e a haver matanças do porco; continua a haver amigos e a realizarem-se visitas; apesar dos tempos, o homem continua a ser “animal” social. Assim a tradição, a verdadeira tradição, não está, aparentemente, em perigo de se perder. A não ser que os poderes percam por completo o juízo e teimem em continuar a “meter a foice em seara alheia”.
Do  Blogue Folkosfera, com a devida vénia.


“Os Três Reis” (vídeo) aqui


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

EFEMÉRIDES AÇORIANAS – JANEIRO (7)

As anteriores aqui

Angra do Heroísmo- Janeiro de 1967-Depósito da Casa Agrícola Brum

1. 1900- O Café – Restaurant “O Insular”, à Rua Direita, 64,66, em Angra do Heroísmo tem serviço por lista, com uma grande variedade de vinhos e licores.

2. 1967- A Casa Agrícola Brum abre na Rua de Jesus, 133 e 135, em Angra do Heroísmo, um depósito de vendas de produtos da sua lavra.

3.1906- A Chapelaria Açoreana de João Urbano da Câmara, à Rua da Cadeia Velha n.º 28, em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, fabrica chapéus duros e moles em qualquer cor e formato incluindo chapéus de feltro duros à Lazarista.

4.1900- A oficina de relojoeiro do Sr. António da Rocha Pereira, à Rua Rainha Dona Amélia (Rua do Galo) 7 e 9, em Angra do Heroísmo, compra objectos d’ouro e prata, relógios em segunda mão e conserta não só relógios como também joias e em geral concernentes a ourivesaria. 

5. 1900- A Loja Moutinho, de Manuel Rodrigues Moutinho, sita à Rua da Sé, esquina da Rua de São João, vende a bom preço guarda-sóis para senhora e homem. 

6.1852- Naufraga em Angra, na Baía das Águas, o brigue dinamarquês “Odin”.

7. 1957- A ilha Graciosa exportou 1.032 cabeças de gado no valor de 2.551.651$55

8.1973- A Casa de Utilidades, fundada por Manuel de Magalhães em 1926, à Rua da Sé, 57, tem novidades em artigos para pintura, desenho e arte aplicada.

9.1928- A produção cinematográfica “Juramento de Lagardére” principia às 20 horas no Teatro Angrense. 

10. 1908- A Casa Singer, à Rua Direita, 86 a 90, em Angra do Heroísmo, recebe nova remessa de máquinas de costura.

11. 1920- Nasce em Angra do Heroísmo o Embaixador Hélder de Mendonça e Cunha, diplomata e mestre de protocolo. 

12. 1836- Angra é condecorada com a Gran Cruz da Antiga e muito nobre ordem da Torre e Espada, de Valor, Lealdade e Mérito, com o título de Sempre Constante cidade de Angra do Heroísmo e com brasão d’armas.

13.1958- A ilha de S. Jorge exportou 1.507 cabeças de gado no valor de 3.994.988$30

14- 1900- O estabelecimento de carruagens do Sr. António de Mello Baeta, na Rua Infante D. Henrique (vulgo Rua da Palha), em Angra do Heroísmo, continua a fazer serviços tanto de dia como de noite, dentro e fora da cidade, a preços razoáveis.

15.1900- O Sr. José Ferreira Paim com estabelecimento de carruagens na Rua Infante D. Henrique (vulgo Rua da Palha), em Angra do Heroísmo, continua a fazer serviço, por preços muitíssimo baratos, de dia ou a qualquer hora da noite sempre que o freguês o necessite. 

16.1930- A Tipografia Angrense de Alberto Ferreira, à Rua de S. João 3 a 5 (esquina da Rua da Alfândega (Rua dos Minhas Terras), em Angra do Heroísmo, informa que é a única na Ilha que possui uma máquina do último modelo para trabalhos em relevo esmalte.

17.1930- A garagem SINGER, à Rua de S. João, 74, em Angra do Heroísmo, tem serviço automóveis de quatro portas tanto de dia como de noite a 1$20 o quilómetro. 

18.1900- A “Sapataria Elegante” de Manuel Constantino da Silva, à Rua de São João, 65, 67, em Angra do Heroísmo, executa qualquer género de calçado.

19.1960 -  “Vai à praça” o terreno destinado à edificação do hotel da cidade de Angra

20. 1600- É levantada bandeira de saúde em toda a Ilha Terceira de que ficou sendo padroeiro São Sebastião.

21.1896- Realiza-se no Teatro Angrense uma Recita de Gala dedicada ao brioso exército português de terra e mar. Orquestra sob a direcção do seu regente Jácome de Sousa tocará o Hino da Carta Constitucional. 

22.1917- A Câmara Municipal da Horta não permite o aumento do pão de trigo nem a diminuição do peso, 250 gramas o de 2.ª e de 200 gramas o de 1.ª.

23.1905- O estabelecimento do Sr. José Claudio de Sousa, à Rua da Matriz, 7 e 9, em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, tem à venda espingardas e revólveres, cartuchos e balas para os mesmos e um sortimento de todo os aprestos para caça.

24.1926- A Fábrica de Bolachas e Biscoitos “Santo António” de Fábio Moniz de Vasconcelos, Ribeira Grande, ilha de São Miguel, para além de António José Fernandes Lda. seu único depositário em Lisboa, aceita representações nas outras ilhas.
Bolachas: Tenra- Carolina- Natalia- Doce- Água e Sal. Biscoitos: Açorianos- Faialenses- Cariocas- Orelhas- D. Martha- Familiares- Costas do Faial- e Costa de Bispo.

25.1900- O Armazém de F. Ávila Vasconcellos, à rua da Sé, 128, 130 e 132, tem para venda Massas para sopa em sortido completo: macarrão, macarronete, aletria, macarrão Natal, lazenha, estrelinha, argolinha, pevidinha, cús-cús, letras, padre-nosso, perola, e sopa juliana. Frutas secam: passas, figos, ameixas, tâmaras, Rainha Claudia, redonda e comprida, nozes, frutas em calda e frutas cobertas.

26. 1801- A vila da Praia, na ilha Terceira, é danificada por um forte sismo.

27.1917- A Livraria Editora Andrade, Rua de Lisboa (Rua Direita), 109, em Angra do Heroísmo, vende “O Canto Coral nas Escolas”, cada volume a 500 reis. Música escrita expressamente para criança, sobre poesias dos nossos melhores poetas, a uma, duas, três e a quatro vozes.

28. 1960- A Fábrica de Refrigerantes “Pinto” de José Pinto Enes, no Largo de Santo Cristo, na Praia da Vitória, contribui para o baile trapalhão, uma organização estudantil do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. “Pinto-Praia” fabrica sodas, pirolitos, quinkola, laranjadas, água tónica, carioca e Guaraná.

29.1917- As acções do Banco Micaelense são vendidas a 72#00 reis, sem incluir o dividendo do último ano.

30. 1905- Encontra-se á venda manteiga “Fontinhas” em latas de 5 quilos, da Fábrica de Alfredo Mendonça & C.ª na freguesia das Fontinhas, ilha Terceira. 

Fonte: Arquivos de José da Silva Maya, Álvaro de Castro Meneses e “Almanaque Açores”.