segunda-feira, 7 de abril de 2008

Provérbios de Abril


Nunca devemos desprezar os provérbios e os rifões dos antigos. São pois escolhos marcados no roteiro da tempestuosa viagem da vida. Eles cravam-se na alma, como pregos na madeira, porém muito difíceis de arrancar.

Mau é Abril ver o céu a descobrir.
Em Abril, águas mil, coadas por um mandil; isto é muita chuva miudinha.
Em Abril as cobras saem da toca, e os bichos do covil.
A rez perdida, em Abril cobra vida.
Manhãs de Abril, doces de dormir.
Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.
Camponês em Abril tem bagaço no cantil.
Em Abril quem lavra e cria, ouro fia.
Vinho que nasce em Maio é para o gaio; o que nasce em Abril vai para o funil; o que nasce em Março fica no regaço.
Nevoeiros de Abril alagam mente vil.
Água de Abril enche o carro e o carril.
Primeiro de Abril, mentiras mil.
Estação primaveril, cravos de Abril.
Flores de Abril, coração gentil.
Videira em Abril a florescer, uvas em Agosto a amadurecer.
Abril com chuvadas, mentes amuadas
Horas d’Abril ensolaradas põem mulheres descascadas.
Sol de Abril aquece e o trabalho esquece.
Abril e flores, alergias e suas dores.
Rir e cantar em Abril faz saltar.

Sendo hoje Dia Mundial da Saúde...

Os Homens têm saúde quando não a sabem apreciar, e riqueza quando a não podem gozar.

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