quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Curso de Promoção a Sargentos Chefe

No âmbito do Curso de Promoção a Sargentos Chefe 2007/2008 estiveram na Base das Lajes, nos Açores, desde do dia 29 do corrente mês, vinte e quatro Sargentos Ajudantes que foram superiormente recebidos e orientados pelo anfitrião Sargento-Mor Jorge Sousa.
Estes militares fizerem, hoje, o "reconhecimento" dos principais pontos turístico e culturais da ilha Terceira, com uma visita ao Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum LDA.





DIA DE COMADRES

As nossas comadres devem ser, de preferência, as nossas melhores amigas, se possível a caixinha dos nossos segredos pois, se acontece levantar-se-lhes a tampa... brigam as comadres e descobrem-se as verdades.





















O raio... de acção das comadres da actualidade não tem limites!...
Que hajam boas verdades a descobrir e... bom dia das comadres para todas as minhas comadres e as dos outros também!


quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Real Associação da Ilha Terceira

Elege novos corpos sociais

No passado dia 28 de Janeiro em Assembleia Geral foram eleitos estatutariamente os novos corpos directivos da Real Associação da Ilha Terceira, que ficaram assim constituídos:

Assembleia Geral:
Presidente-Dr. Vasco da Silva de Castro Parreira
Secretário - Sr. Francisco Jorge da Silva Ferreira
Secretário - Dr. Jorge Eduardo Abreu Pamplona Forjaz


Direcção
:

Presidente- Dr. João Maria Borges da Costa de Sousa Mendes
Secretário - Dr. Sérgio Rui Fernandes Toste
Tesoureiro - D. Fernando Gastão de Sousa Sieuve de Meneses
Vogal - Sr. Valdemar Mota de Ornelas da Silva Gonçalves
Vogal - Sr. Jácome Augusto Paim de Bruges Bettencourt


Conselho Fiscal:

Presidente - Dr.ª Maria Serafina de Meneses Simões
Vogal - Dr. Luís Filipe Cota Moniz
Vogal - D. Carlos Jorge de Sousa Sieuve de Meneses

Na mesma Assembleia foram tratados outros assuntos como a apresentação do Programa de Intenções da nova Direcção, que entre vários eventos que pretende promover dinamicamente durante o seu mandato, vai assinalar, tal como acontecerá a nível nacional, a morte do Rei Dom Carlos I e do Príncipe Luís Filipe, que constituiu uma perda nacional, bem assim evocar a vida e obra desse Rei estadista de tão grande dimensão política e diplomática, tanto no plano nacional e internacional, como divulgar outros aspectos da sua excepcional personalidade, evidenciada na investigação oceanográficas, nas artes e no desporto.
Nos Açores, ainda este ano a Real Associação da Ilha Terceira, realizará duas palestras pelos Professores Doutores José Tello e Rui Ramos, em datas compassadas, bem assim exposições com a colaboração da Biblioteca e Arquivo de Museu de Angra do Heroísmo.
Já na próxima sexta feira, dia 1 de Fevereiro, será mandada celebrar uma solene Eucaristia no Santuário de N.ª Srª da Conceição de Angra do Heroísmo, presidida pelo Dr. Padre Vasco de Castro Parreira, concelebrada por outros Sacerdotes por intenção de Dom Carlos e Dom Luís Filipe.
A Assembleia deliberou lavrar na acta um voto de pesar pelos falecimentos dos associados Senhor Ricardo Jorge Machado Mendes da Rosa e Prof. José Agostinho Candeias Coelho, lamentando a perda destes monárquicos de sempre.
Para além disto, a Direcção reunirá no próximo dia 13 de Fevereiro, sendo seu propósito calendarizar outras acções e tratar de outros assuntos.

1º Centenário do assassinato de Dom Carlos I e Príncipe Dom Luís Filipe

No próximo dia 1 de Fevereiro de 2008, data em que ocorre o 1º centenário do regicídio do então Chefe de Estado Português e do inditoso herdeiro do trono, a Real Associação da Ilha Terceira manda celebrar um Missa de sufrágio por Sua Majestade Dom Carlos, Rei de Portugal e seu filho S.A.R. o Príncipe da Beira Dom Luís Filipe.
A solene concelebração eucarística terá lugar no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Angra do Heroísmo, nos Açores, pelas 18:15 horas e será presidida pelo Reverendíssimo Dr. Padre Vasco da Silva de Castro Parreira, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Real Associação da Ilha Terceira e concelebrada por outros sacerdotes.
Esta Eucaristia marcará o início do centenário deste tão nefasto acontecimento que enlutou a Nação Portuguesa e a deixou, ainda ressentida.
Com um sentido cristão de fraternidade e perdão a Real Associação da Ilha Terceira invoca a omnipotente misericórdia Divina para todos os que faleceram naquele fatídico e malogrado dia.
A Real Associação da Ilha Terceira convida todas as pessoas de boa vontade a participarem nesta Eucaristia de Sufrágio, não esquecendo quão Dom Carlos era querido dos terceirenses que o souberam receber na sua Ilha como a nenhum outro Chefe do Estado Português.

Fonte: Real Associação da Ilha Terceira -Açores, em nota de imprensa.
J.B.B.

José Orlando Bretão

Estudioso do Teatro Popular Terceirense

Aquele que maior contribuição deu ao estudo do fenómeno terceirense que são as Danças e Bailinhos de Entrudo, apesar de já ter partido, há anos, é sempre lembrado quando chega a época do Carnaval.
Sem dúvida que José Orlando Bretão, foi quem deu o maior contributo para o seu estudo, verdadeiramente cientifico, técnico e histórico. E, igualmente quem mais divulgou esta forma de teatro popular, junto das maiores autoridades nacionais do teatro que desconheciam a força, valor e interesse desta manifestação cultural da ilha Terceira, nos Açores.


Pena que a obra que projectou, de 5 ou 6 volumes tenha ficado por 2. Já não é a primeira vez que tal acontece.
É ver-se o que aconteceu com uma outra obra excepcional, ofícios antigos subsistentes nas Ilhas dos Açores, do Dr. Franz - Paul de Almeida Langhans, que até andou perdida por tipografias.
Qualquer destes, notáveis, autores deixaram-nos generosamente estas obras, pelo que, não cumprir os seus desígnios será uma vergonha, ainda mais quando se constata, quantas obras foram editadas com dinheiros públicos e pagos direitos aos seus autores.
Assim, entendemos, numa altura propícia em que lembramos homens como José Orlando Bretão, que se deve cumprir os seus desejos e instruções que deixou.

J.B.B.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Em Vésperas do "Entrudo"

O Carnaval é uma festa de todos, dos "grandes" e dos "pequenos"...dos adultos jovens e menos jovens e até da chamada 3ª idade que, na Ilha de Jesus, com a sua entusiástica participação nas tradicionais "Danças de Carnaval da Ilha Terceira", vem dando um contributo especial à animação dos Açores.

Elementos da Filarmónica Progresso Biscoitense, com uma "Dança de Carnaval",
na década de cinquenta do século passado.


A todos é permitido viver num mundo de fantasia, por um dia... por todo o Carnaval... e há quem fantasie toda a vida!
É bom sonhar. "Sempre que um homem sonha o Mundo pula e avança..."
Que haja apenas bons sonhos para que o Mundo possa avançar no sentido inverso aos pesadelos...
Que não se deixe de sonhar com "um mundo de paz e alegria" no Carnaval e sempre até que isso deixe de ser fantasia!
Desejo-lhes sonhos doces!
E para que não deixe de os ter abaixo deixo-lhes a receita para que depressa os possam obter e oferecer.

Sonhos Doces

2 xícaras de água
2 xícaras de farinha (bem cheia)
2 xícaras de sopa de manteiga
2 xícaras de chá de açúcar
3 xícaras de chá de fermento
2 xícaras de chá de sal
Erva doce, (ou baunilha), a gosto
6 ovos

Deixa-se ferver a água, junta-se o sal, a manteiga, o açúcar e a erva doce.
Deita-se a farinha, toda de uma só vez.
Reduz-se o lume e mexe-se com uma colher de pau, até se descolar do fundo do tacho.
Retira-se do lume e deixa-se arrefecer.
Juntam-se os ovos inteiros, um por um, batendo bem até juntar todos os ovos.
Frita-se em óleo ou banha bem quente logo que os sonhos flutuem para poderem crescer e ficar bem leves. Servem-se com açúcar ou calda fervida.
Os sonhos serão mais "doces" se os acompanhar com um bom vinho de Verdelho dos Biscoitos.

E.T.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fisiologia da pontuação

O ponto de interrogação é um humilde rapaz com noções de civilidade, que de boca aberta, dorso curvado e boné na mão, cortezmente faz uma pergunta e aguarda resposta.
A vírgula é o botão do meio do vestido preto da frase. Serve para deixar ver as curvas da pele e as ideias do estilo.
O ponto é uma macia poltrona, onde o leitor ou leitora se encosta, enquanto o autor espirra.
A linha é uma cama destinada para a digestão momentânea do prato e vinho servido.
O ponto de admiração é uma flecha que parte veloz ao coração para despertar-lhe as sublimes emoções que ali gozam as delícias de Morféu.
O ponto e vírgula é o botão do casaco da frase, quando a camisa ou camisola é de cor frouxa ou duvidosa.
Os dois pontos são duas sentinelas postadas no portão do coração, para bradarem às armas ao leitor ou leitora, indicando-lhe novos horizontes.
A reticência forma a calçada de uma frase equívoca, por onde tem de marchar o leitor ou a leitora, guiado(a) pela luz da sua inteligência até chegar à conclusão.

Sinais da Vida

Na hora do nosso nascimento abriu-se um livro com o título ponto de interrogação. Este livro fechar-se-á, pontualmente, na hora do ponto final.
Mas, para além do grande ponto de interrogação do título, quantas interrogações se nos deparam no percorrer das diferentes páginas e capítulos para além de todas as vírgulas, muitas exclamações e algumas reticências...
Caminha-se, em busca da resposta certa às interrogações, abrandando o passo nas vírgulas para aquelas reflexões necessárias ao prosseguimento de uma estrada que chagamos a acreditar ser mais longa do que larga, até com todas as curvas assinaladas apenas por alegres pontos de exclamação e... Sem paragem obrigatória.
Desejo-vos uma estrada sem obstáculos até encontrarem o sinal


O tal ponto final do nosso livro.
Autor desconhecido

domingo, 27 de janeiro de 2008

Também há unhas nos Açores...



Vejam lá o significado das unhas...
Longas delgadas significam imaginação e poesia, amor das artes e preguiça.
Longas e chatas, prudência, razão e todas as faculdades graves do espírito.
Largas e curtas, cólera, arrebatamento, controvérsia, oposição e teimosia.
Bem coradas, virtude, saúde, felicidade, coragem e liberdade.
Duras e quebradiças, cólera, crueldade, rixa e querela.
Recurvadas em forma de garras, hipocrisia e maldade.
Moles, fraqueza do espírito e do corpo.
Curtas e roídas, insegurança, incompreensão e vingança.


Na verdade "quem tem unhas é que toca viola" e "quem tem unhas é que trepa"... hajam unhas para defender Portugal.

Dia Mundial dos Leprosos

Com a abnegada actuação do padre Damião de Veuster junto dos doentes de lepra, começou, na segunda metade do século XIX, a luta contra esta doença de progressiva incapacitação e de morte prematura.
Em 1873 o padre Damião ofereceu-se para ir viver na ilha Molokai, local para onde o Governo Havaiano deportava os leprosos. Com eles viveu, como voluntário, numa vasta acção de solidariedade e humanização, até à sua morte, em 1889.
O jornalista francês Raoul Follereau continuou a acção do padre Damião quando num encontro casual com doentes de lepra, durante uma viagem a África, decidiu dedicar-se aos leprosos e não parou, numa luta empenhada na organização de recursos para os assistir.
Em 1954 funda o Dia Mundial dos Leprosos, no último dia do mês de Janeiro.
No ano seguinte escreve aos presidentes dos E. U.A. e da U.R.S.S. pedindo a cada um deles, um avião de combate pois, na opinião dele, segundo os custos da época o valor destes dois veículos poderia ser o preço da cura de todos os leprosos do Mundo.


Actualmente a lepra pode curar-se com poucos meses de medicação.
Qual o preço? Do que se gasta mundialmente para matar, sobraria muito certamente...
Neste dia de solidariedade para com os leprosos, seria bom lembrar, umas tréguas...
Este é o 54º Dia Mundial dos Leprosos.
Afinal, porque existe ainda a lepra?...


Nandaria

sábado, 26 de janeiro de 2008

Origem de famílias dos Açores

Da autoria do escritor Francisco Maria Supico transcrevemos um extracto do artigo sobre a Origem d'algumas famílias das ilhas de S. Miguel e Santa Maria, no "Almanaque Açores" de 1909.
« Muitas pessoas pensam ainda, erradamente, que a população açoriana traz origem de pessoas ínfimas e até criminosas, obrigadas a sair do continente em expiação de delitos, e irem habitar estas terras em seguida à sua descoberta.
Com a história aberta se responde negativamente a quem faz tão mau juízo dos ascendentes dessas famílias, que povoam estas ilhas, cobiçadas pérolas do ceptro português.
Eis a origem de algumas famílias das ilhas de Santa Maria e São Miguel, segundo o testemunho geral de diversos cronistas insulanos:
Das irmãs do descobridor e primeiro capitão donatário da ilha de Santa Maria, Gonçalo Velho Cabral, que foi filho do grande fidalgo português Fernão Velho, e por sua mãe Maria Álvares Cabral, neto da ilustre casa Belmonte, as quais irmãs se aparentaram por casamentos com as casas de mais luzida nobreza de Portugal, e dos enlaces matrimoniais com os descendentes, trazem origem as famílias marienses apelidadas Velho, Melo, Travassos, Cabral, Figueiredo, Soares de Sousa, Soares D'Albergaria, Câmara, Mendonça e Silvas.
As famílias de S. Miguel apelidadas, Velho, Cabrai, Melos, Travassos, Soares d'Albergaria, Sousas e Castro, originaram-se por matrimónio com famílias de Santa Maria. Os condes de Miranda, de Benavente, de Albergaria, de Olivença, de Vimioso e de Santa Cruz, os marquezes de Ferreira e de Gouveia, e os duques de Cadaval, de Aveiro e Gandia, foram nascidos daquelas famílias.
Os Câmaras de São Miguel e Santa Maria, descendem do primeiro capitão donatário da ilha da Madeira João Gonçalves Zargo.
Os Bettencourt trazem origem dos Bettencores, das Canárias.
O Gago, Raposo, Ponte, Bicudo, Corrêa e Pacheco, são descendentes de Ruy Vaz Gago, filho de Lourenço Anes Gago o qual Ruy Gago veio para a ilha de São Miguel casado com uma fidalga chamada Catarina Gomes Raposo, sendo também ascendente daquelas famílias um primo Ruy Vaz por nome Luiz Gago casado na ilha de São Miguel com Branca Afonso da Costa, fidalga dos Columbreiro.


Do Botelho, Leite, Amares e Vasconcelos, foram ascendentes.
Pedro Botelho, comendador-mor da ordem de Cristo, que se distinguiu na batalha de Aljubarrota.
Amaro (Annes) Leite, que foi senhor de Calvos e Basto, d'Entre Douro e Minho.
E o Dr. Jorge d'Amaral e Vasconcelos, oriundo dos Amarais, família muito antiga, muito nobre e muito multiplicada em Portugal.
O Medeiro, Araújo, Borges, Sousas, Rebelo, Dias, descendem de :
Ruy Vaz de Medeiros, fidalgo de Ponte de Lima e Guimarães;
Vasco Rodrigues d'Araújo, senhor d'Araújo, Lindoso e outras terras;
Pedro Borges de Lima, avô de António Borges, fidalgo, que foi feitor da fazenda real em São Miguel;
Baltazar Rebelo, almoxarife da fazenda real; e Manuel Dias, negociante vindo de Portugal, tanto se enriqueceu na ilha de São Miguel, que seus primeiros descendentes se aliaram com as famílias mais nobres desta ilha.
Os Barbosa, Silva, Tavares, Quental, Faria, Machado, tiveram por progenitores:
Ruy Esteves Barbosa, oriundo d'Entre Douro e Minho, de quem descendem muitas casas titulares de Portugal;
Fernão Tavares, tronco de dois fidalgos da casa do Infante dom Henrique, pertencentes à casa dos Tavares, oriundos de Portalegre e Aveiro.
Francisco Botelho de Morais Quental, primeiro filho de Vasco de Mendonça Coutinho, sexto senhor de Coutos de Leonil e meirinho mor da comarca da Beira;
João Machado Carmona, filho de Gaspar Machado natural d'Entre Douro e Minho, e da ilustre família dos Machados de Monte Belo, grande senhor de muitas terras».


No Almanaque Açores .5º Anno de Publicação para 1909. páginas 93 a 97.

Nota: No dia 7 do corrente mês destacamos Sobrenomes com um século nos Açores e no dia 19 publicamos Origem dos apelidos portugueses.

Colheita e Produção 2007/ 2008

A colheita e produção de vinho na ilha Terceira (Açores), referentes à campanha 2007/2008, atingiram os 32.600 Litros, correspondentes a uma área de 14,54 hectares, cerca de 150 alqueires.
Estes dados estão assim distribuídos:
-Adega Cooperativa dos Biscoitos C.R.L. (Associação de Produtores).
- Casa Agrícola Brum LDA. (família Brum).
-17 Produtores Independentes.

Fonte:DRACA

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O algarismo cinco entre os chineses

Os chineses sempre tiveram uma grande predilecção pelo algarismo cinco. Segundo a sua opinião há cinco elementos: água, fogo, metais, madeiras e a terra; cinco virtudes perpétuas: bondade, justiça, probidade, ciência e verdade; cinco gostos: azedo, doce, amargo, ácido, e sal; cinco cores: azul, amarelo, cor-de-rosa, branco e preto.
Reconhecem cinco vísceras no homem: fígado, coração, pulmões, rins e estômago.
Contam cinco órgãos dos sentidos: ouvidos, olhos, boca, nariz e sobrancelhas.
Um autor chinês escreveu um diálogo singular entre estes órgãos, no qual a boca se queixa de que o nariz está muito perto e por cima dela; o nariz defende os seus direitos alegando que sem ele, poderiam muitas vezes entrar na boca produtos gastronómicos corruptos; depois passa o nariz também a queixar-se de estar por baixo dos olhos, mas estes respondem que a não serem eles, correr-se-ia muitas vezes o risco de dar com as "ventas" no chão.
.
Também são cinco os Oceanos
Os Continentes cinco são
E se não houve enganos
Tens cinco dedos na mão.
.
O Arquipélago dos Açores é constituido por 9 Ilhas, mas há quem reconheça apenas 5.

Zézinha

DUAS VEZES BACHAREL

Do Almanaque Açores de 1917 achamos interessante o pequeno texto que abaixo transcrevemos.
- Duas vezes bacharel-

«Havia aí numa aldeia do norte um bacharel formado em direito e numa outra faculdade universitária, que se bem nos recordamos era a extinta de canones.
O nosso bacharel, homem de outros tempos, era uma excelente pessoa, principalmente.
Vivia dos seus rendimentos, e como habitava em uma aldeola, o seu principal entretenimento era a agricultura, e por êste motivo entabolava conversação com os seus vizinhos lavradores, homens práticos, e alguns bastante industriados no amanho das suas terras.
Às vezes a conversação tomava o carácter de uma verdadeira discussão, e de parte a parte os argumentos sucediam-se qual dêles mais convincente.
Mas sucedeu que uma vez o nosso bacharel, não tendo que responder ao seu antagonista, quiz impor-se-lhe com o peso dos seus diplomas universitários, e disse-lhe:
- Olhe que eu sou formado em duas faculdades!
Ao que o seu adversário respondeu logo:
- Tambêm eu já tive um bezerro que mamou em duas vacas, e não deixou por isso de ser boi».

No Almanaque Açores, Sousa &Andrade. 1917.ano XIII. Página 147.



Qualquer semelhança de 1917 com a actualidade...é pura ficção.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

GRANDE COMPADRE !

Venho erguer-te o meu copo de Verdelho dos Biscoitos neste dia em que não poderia deixar de recordar a tua presença física entre nós, pois foste o primeiro dos meus compadres a partir e continuas como sempre o primeiro dos meus compadres a ser lembrado... neste dia que nos é dedicado e, em tantos outros - quase todos!- a propósito de tudo e de nada.


Sei que estás correspondendo ao meu brinde...
Hei compadre...
Compadre olé!...
Hei compadre, olé!
Até sempre.
Não te esqueças do boné!...

lm

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Hoje é "Dia Mundial da Liberdade"

A liberdade na comunicação social é o maior problema das sociedades modernas. Os melhores espíritos se têm dividido a seu respeito: e sem se ser entusiasta ou cego, nem se podem negar os seus benefícios, nem desconhecer os seus perigos. Entre os homens de Estado, que ele divide, uns não a repelam sem pesar, outros não a adoptam sem receio.
Sendo a liberdade o maior bem da vida social, se a perdemos, quase tudo é perdido.
Já alguém o disse:
«O país mais livre nunca está seguro da sua liberdade, como uma árvore, por mais frondosa que seja, nunca está segura de não ser arrancada».

Embaixador da Áustria visita o Açores

Chegou ontem à ilha Terceira, cerca do meio dia, onde iniciou a sua visita aos Açores, o Embaixador da Áustria em Portugal, Ewald Jager, que se faz acompanhar de sua mulher Elisabeth Jager, tendo visitado a freguesia dos Biscoitos, nomeadamente o litoral e o Museu do Vinho da Casa Agrícola Brum Lda.
Do programa Oficial da Visita constou uma audiência com o Representante da República para os Açores, no Solar da Madre de Deus, na cidade Património Mundial Angra do Heroísmo.
Amanhã, ao começo da tarde encontrar-se-á na cidade da Horta, ilha do Faial, com o Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Fernando Meneses.
Na próxima sexta-feira, estará na cidade de Ponta Delgada (ilha de São Miguel) estando agendada, para as 15 horas, uma audiência com o Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, no Palácio de Sant'Ana.
Durante a tarde será ainda recebido na Câmara Municipal de Ponta Delgada, onde terá uma reunião com a Presidente do Município micaelense, Berta Cabral e no Solar de Santa Catarina com o Comandante Operacional dos Açores V/ Almirante Álvaro Sabino Guerreiro.

O Senhor Embaixador e Senhora no Museu do Vinho


terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sideração nas vinhas dos Biscoitos (Açores)

Depois da virada (surriba), de que ontem fizemos referência, segue-se a plantação do bacelo ou porta-enxertos, na freguesia dos Biscoitos (ilha Terceira) denominado de cavalo ou resistente por resistir à filoxera.
A sideração não é mais do que a adubação verde de leguminosas, no caso das vinhas biscoitenses o tremoço. O "resistente" é geralmente plantado, sempre que possível, do lado norte do covacho ou caldeira, ficando a futura enxertia mais abrigada e dando assim mais espaço de terra para "enterrar o tremoço".
O tremoço era arrancado à mão, colocado em cima da calçada da vinha e uma vez aberta a cova era lá colocado. Com a "enxada da covas" o tremoço era ajeitado para melhor ser coberto com terra.
Durante os meses de Maio e Junho, era frequente os viticultores dos Biscoitos utilizarem algas (plantas marinhas) que é um precioso fertilizante. Só era colocado depois de bem curtido.

Fonte: Boletim da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos-Ilha Terceira - Açores- Ano VIII - Nº 8 - página 39- Sideração- Texto e fotos:Do Museu do Vinho da Casa Agrícola Brum Lda.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

UMA VIRADA NOS BISCOITOS (AÇORES)

Cerca de alqueire e meio (0,14 ha) de curraletas, abandonadas há 30 anos e repletos de Pittosporum Undulatum (incenso) e Myrica Faya (faia da terra), foram adquiridos pela Casa Agrícola Brum Lda. No ano de 1998 reconstituíram-se as curraletas com uma virada (surriba), com um pequeno grupo de trabalhadores superiormente orientados. O machado, a barra de ferro, o malho de pedreiro, as cunhas de ferro, o alvião e o cesto das "viradas" foram instrumentos indispensáveis.
A reconstituição das curraletas em solos de grande pedregosidade (biscoitos), dificulta a virada. Este trabalho (talvez o último a ser efectuado na Zona Vitivinícola dos Biscoitos) era feito de Inverno. A cava variava entre os 0,60 cm e 1 metro, o que nem sempre era possível por não garantir um "palmo de terra"devido aos afloramentos de basalto.
Nos Biscoitos, os solos são cobertos com uma calçada de biscoito, numa espessura variável entre os 29 e 50 cm, consoante a quantidade da pedra. Nesta calçada abrem-se (covas, covachos ou caldeira) com um diâmetro de cerca de 50 cm. cada curraleta tem 6 a 10 covas.
Depois do nivelamento da calçada da vinha são colocados pequenos montes de pedras (um pouco maiores das da calçada), com a finalidade de baixar as varas da videira após as podas(Fevereiro/Março) e por altura do pintor para levantar a vara que contém o cacho ou cachos se uvas. As paredes divisórias (travessas) são de pedra solta. Esta virada, que ocupou o equivalente a 315 dias de um homem de trabalho, teve honras de uma reportagem para uma Televisão da Alemanha...

Fonte: Boletim da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos-Ilha Terceira- Açores. Ano V nº5 2000.página 32.
Fotos: Do Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda.


Freguesia dos Biscoitos- Ilha Terceira - Açores

Virada numa vinha dos Biscoitos (ilha Terceira)

domingo, 20 de janeiro de 2008

MÁSCARA PARA DIVERTIR

Na Antiguidade, a máscara fazia parte essencial do vestuário dos actores.
Na Itália perpetuou-se o uso da máscara que permitia extravagâncias por ocasião das festas...e a máscara acabou por tornar-se tradição particularmente no Carnaval. Que nos Açores, e globo terrestre em geral, estas sirvam apenas para nos divertirmos e fazer rir os outros; nunca para as pessoas se atreverem a actos menos dignos, o que infelizmente vai acontecendo em redor do Mundo que habitamos.
Tenham uma Carnaval alegre mesmo que a máscara não seja a rir!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Origem dos apelidos portugueses


Desde os primeiros habitantes da Terra que os homens (e as mulheres) principiaram a ter nomes, para se diferenciarem uns dos outros.
"Por muitos séculos eles se contentaram só com o nome, e para se distinguirem os que os tinham iguais, dizia-se: F., filho de E. ao que chamavam patronímico. Os antigos gregos e romanos, admitindo este uso, deram-lhe ainda mais latitude.
Muitos latinos tinham quatro nomes; chamava-se ao primeiro, pronome; ao segundo, nome; ao terceiro, cognome ; e ao quarto agnome. Nós hoje chamamos ao primeiro, nome próprio; ao segundo, sobrenome; ao terceiro, apelido; e ao quarto, alcunha.
A mania de ter um nome comprido é comum na Ásia e também na península hispânica. Além das pessoas reais que tem vinte, trinta e mais nomes próprios, há particulares com bastantes.
Os lusitanos herdaram dos latinos o uso de muitos nomes como se pode ver de diferentes inscrições e epitáfios.
Os godos e outras nações do norte que, no IV e V século, invadiram as Espanhas empregavam um só nome pelo que na Lusitânia se foi deixando de ter a pluralidade de nomes, chegando até a extinguir-se.
Com a invasão dos árabes, no século VIII, vieram outra vez os nomes patronímicos, e pouco a pouco os apelidos, cognomes e as alcunhas. Fez-se porém a seguinte variante: O sobrenome dos filhos era uma derivação do dos pais; ex.; Gonçalves,queria dizer, filho filho de Gonçalo; Esteves, filho de Estevão - Rodrigues, filho de Rodrigues; Dias, filho de Diogo (que então se diria Diego) etc.
Os árabes usaram sempre do nome patronímico, ou do nome do pai depois do próprio,v. gr. X: Al-Mansor aben-afan (Al-Mansor, - filho d'Afan); Bli-ben - Jacoub (Ali, filho de Jacob).
Em diversas nações da Ásia, o uso dos nomes é às avessas dos árabes, isto é: se um filho se torna célebre por qualquer circunstância, é o pai que adopta o nome do filho, chamando-se v. gr. Eli-pai-de-Broun.
Os irlandeses formam os seus nomes patronímicos (ou de família) com o O- v.gr. O Conell- filho ou da família de Conell.
Os escoceses fazem-nos com o MAC- Donald- filho ou da família de Donald.
Os ingleses tem o seu Son v.gr. - Robertson- filho de Roberto.
Em Portugal e na Espanha vieram os apelidos depois dos patronímicos.
Tomaram-se depois das terras donde qualquer era natural, onde vivia, ou onde tinha domínios ou jurisdições. Disto procedem os Guimarães, Bragas, Azevedos, Bastos,etc., etc.
Os fidalgos costumavam tomar por apelido o nome da terra onde tinham os seus Solares, nos quase sempre construíam uma torre ameada.
A alguns deram por apelido (ou eles o tomaram) o nome da praça em cuja conquista ou tomada se distinguiram, v.gr. - Mesquita, Baharem, Mina etc., ou do objecto ou arma com que se distinguiram v. gr.- Machado, Bandeira, Lança, etc.
As alcunhas antigas que são da época dos apelidos, derivam de alguma qualidade moral ou física do indivíduo, v. gr. - Bravo, Valente, Forte, Manso, etc., ou da semelhança (física ou moral) com algum animal Camelo, Cão, Coelho, Lebre, Gato, etc.
Dom João II teve o maior cuidado para se conservassem en cada linhagem os apelidos que perpetuassem a nobreza da sua origem obrigando os filhos a tomarem os apelidos de seus pais".

No Almanaque Açores - ano 1941 pp 87 a 89

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Ratões nos Açores



Voltaram os "Ratões"ao nosso convívio!
Para já sabemos de um, na vinhateira freguesia dos Biscoitos. É natural desta localidade mas só aparecerá durante a quadra Carnavalesca, esperamos que volte para o ano (e todos os anos) e com ele traga outros "Ratões".
Destes precisamos nós! Infelizmente andam por aí alguns que bem dispensamos no Carnaval, e restantes dias do ano!...
O "Ratão" ou "Velho" (Velho da Dança) de que falamos é motorista de táxi, tem 62 anos de idade e escreve danças de Carnaval desde a sua juventude, mas é "Ratão" pela primeira vez.
«Passado e Presente» na Dança dos Biscoitos da ilha Terceira: O Título vem de encontro à nossa opinião. O Carnaval na Terceira, Património Cultural a defender, tem vindo a evoluir e por isso há quem diga que "já não é o que era". Ora, se evolui é sinal que não está moribundo, muito pelo contrário, vem-se adaptando aos tempos e isso o mantém vivo.
Todavia é preciso não esquecer a raiz para que possa continuar a reinar e encantar!...
Estamos aqui para ver como o "Ratão" do passado irá conviver com as dançarinas do presente pois no "tempo dele"... as mulheres limitavam-se a assistir, a uma certa distancia, não participavam. Tinham um papel muito passivo, em tudo... pobres criaturas!...
O "Ratão" raramente aparecia nas apelidadas "Danças de Espada" era quase exclusivo dos "Bailinhos".


Segundo Frederico Lopes Jr., em Danças de Entrudo, no B.I.H.I.T., nº 11 - 1953, descreve o "Ratão" assim:
«Comenta o Enredo com ditos picantes, por vezes desbocados, tomando à sua conta o papel de enrededor e intriguista. É o cómico por excelência, intérprete através do qual se expande, com toda a pujança, a veia satírica do poeta.
Ostenta um trajo ridículo, a dizer com as suas falas chocarreiras, tendo como acessório quase indispensável uma grossa e retorcida bengala de volta com que ameaça zurzir a multidão se acaso é necessário intervir no afastamento dos mais curiosos, e que simula descarregar sobre a cabeça de algum que finja recusar o óbulo solicitado, na colecta final que é uso proceder».
Já há muitos anos que não há colecta.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Amigas "sem máscara" nos Açores

Vivei com os vossos amigos, como se eles tivessem de vir a ser vossos inimigos; e com os vossos inimigos, como se eles devessem vir a ser vossos amigos.
Por outro lado, a amizade que nos incomoda, pouco dista do inimigo...
Quando há arrufos entre amigos ou extinguem ou fazem arrefecer a amizade.
Uma Boa "Quinta-Feira de Amigas"!

A amizade não usa máscara.

É "Quinta-Feira de Amigas"... nos Açores



As amigas escolhem-se e seleccionam-se; o problema está em saber escolher e seleccionar!
A Amizade constrói-se mas é preciso atender ao local da construção para evitar desmoronamentos a curto e médio prazo.
Que sejam poucas mas boas as nossas amigas pois se é de crer na Amizade e existe a Felicidade... A maior Felicidade, chama-se Amizade!...
Feliz "Quinta-Feira de Amigas" e sejam felizes, com as suas Amigas, todos os dias!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Amanhã é "DIA DE AMIGAS"





É dia de comemorar aquela Amizade Transparente que é como ela deve ser e, por enquanto, só se festeja nos Açores.
Por associação de ideias e antecipação de datas, lembramos que, hoje alguém poderá querer comemorar aquela Amizade Colorida que essa sim não sendo endémica das ilhas, por elas foi adoptada e dá-se bem por lá...
Mas, para quem ainda crê que a melhor via para uma vida a dois é o casamento, sugerimos, como precaução, um "joguinho" que extraímos do Almanaque Açores de 1912. Depois de fazerem este jogo, se continuarem convencidos do êxito da vossa opção, aproveitem para mudar o vosso nome ou o da vossa(o) companheira(o) mas não deixem de ser felizes...à vossa maneira!

Jogo de Nomes

"Um curioso achou, para indicar aos aspirantes ao matrimónio, os seguintes nomes de mulheres, simbolizando a ideia ou o predicado que mais se harmonize com as sua predilecções e tendências, ou sirva de correctivo aos seus defeitos e de satisfação ás suas aspirações:
Para o ciumento - D. Constância; para o descoroçoado - D. Esperança; para o sensaborão - D. Graça; para o magnânimo - D Generosa; para o ingénuo - D. Cândida; para o guloso D. Dulce; para o melancólico - D. Soledade; para o ostentoso - D. Fausta; para o exaltado - D. Prudência; para um espírito recto - D. Justa; para um coração bondoso - D. Clemencia de Jesus ou D.Inocência dos Anjos; para o que tiver instintos cruéis -D. Barbara; para o pacato - D. Plácida; para o homem polido - D. Urbana; para o infeliz - D. Felicidade; para o que deseja felicidade e formosura - D. Felisbela; para o que prefere felicidade e riqueza - D. Felismina; para o ambicioso - D. Gloria; para o guerreiro - D. Victoria; para o católico apostólico - D. Romana; para o devoto - D. Peregrina; para o teólogo - D. Escolástica; para o aeronauta - D. Ascenção; para o enfermo - D. Sara; se a enfermidade for do estômago - D. Marcela; para o que não simpatiza com morenas - D. Branca; para o que não gosta de senhoras pequenas - D. Magna ou D. Máxima; para o que não gosta de senhoras grandes - D. Senhorinha; para p que é apaixonado por objectos de alto valor - D. Preciosa; para o que tem horror á viuvez - D. Perpetua; para o fumador de tabaco americano - D. Virgínia; para o poeta -D. Aurora Celeste; para o que tem predilecção pelos versos de 12 silabas- D. Alexandrina; para o amante de floricultura - D. Rosa D. Hortencia ou D. Flora; para o que prefere ás flores aromáticas - D. Lúcia Lima; e para o que preferir a estas as plantas medicinais - D. Valeriana Silvestre.
Finalmente para aqueles a quem o regresso da esposa ao lar seja motivo de alegria - D. Bemvinda; e para aquele que só deseja vê-la pelas costas - D. Ida.
Como se vê há aqui nomes para todas as predilecções".

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Açores na revista "La Vigne"



A revista francesa "La Vigne" nº 193 de Dezembro 2007, na secção Magazine - Etranger faz referência, nas suas páginas 92 a 93, às regiões vitivinícolas dos Açores.
A reportagem da autoria do jornalista Thierry Joly, retrata a realidade da vinha e do vinho no arquipélago, incluindo declarações credíveis de Luís Mendes Brum, da Casa Agrícola Brum LDª., dos Biscoitos (ilha Terceira), da Enóloga Maria Álvares, da Cooperativa Vitivinícola da ilha do Pico e de Flaminio Costa também desta ilha. Este trabalho inclui ainda fotografias destas duas ilhas açorianas.

Joaquim Barbosa

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

VINHO DOS AÇORES COM NOTA ALTA



O vinho Donatário da centenária Casa Agrícola Brum LDª, dos Biscoitos (ilha Terceira) em destaque na Revista "O Escanção".
O "Donatário" já por diversas vezes tem merecido os mais rasgados elogios e distinções de outras publicações de referência, assim como em eventos realizados em Portugal e estrangeiro.
"Vinhos & Comidas" assinado pelo conhecido provador e director da mesma revista, António Santos Mota, o vinho Donatário teve este comportamento à mesa:

DONATÁRIO - VINHO DE MESA BRANCO

Bebi este vinho branco, embalado em garrafa de meio litro, com besugo grelhado com batatas cozidas e o casamento não podia ser melhor.
Oriundo da Casa Agrícola Brum Ldª, de Biscoitos, concelho de Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores, o vinho em referência, de 12% de vol., reuniu as condições ideais para tornar agradável o repasto.
Bebido fresco (a 13º C.) o Donatário, muito personalizado, produzido a partir de castas antigas (a Verdelho terá sido uma delas), com aroma discreto, mas sedutor, muito personalizado, de corpo satisfatório, apetecível e acidez suficiente, apresentou um conjunto deveras significativo, que o besugo agradeceu.

CLASSIFICAÇÃO DO VINHO : 16, 4 valores

In "O Escanção" nº 80- "Vinhos & Comidas", página 16


domingo, 13 de janeiro de 2008

"Banquete" - Doçaria Regional e Conventual





Estabelecimento sito ao Alto das Covas, tornou-se conhecido pela fama dos seus doces e guloseimas regionais ou tradicionais, bem como conventuais nomeadamente, confeccionados a partir de receitas oriundas dos antigos conventos de freiras que existiram em Angra , ou das suas casas fidalgas, como o caso do "pudim de batata do Conde da Praia da Vitória".
Possui, para venda igualmente, uma diversidade de chocolates e bombons.
Esta loja, ponto de passagem de turistas e mais visitantes da primeira Cidade Património Mundial Portuguesa a merecer a classificação pela UNESCO (1983), dispõe de um serviço completo de cafetaria, sandes sortidas e pequenos almoços aligeirados.
Servindo inúmeras bebidas, como sumos, fornece com apreço vinhos produzidos na ilha Terceira, região dos Biscoitos, provenientes da casta Verdelho, como os licorosos "Chico Maria", ou vinhos de mesa de qualidade, como o "Donatário", "DA RESISTÊNCIA", "Ramo Grande", "Pedras do Lobo", "Quinta das Vinhas" e "Moledo".
Vale a pena uma visita ao "BANQUETE", localizado na Rua de São Pedro, nº 6, R/c em Angra do Heroísmo.

A.P.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Museu do Vinho em estudo




Uma das actividades da disciplina de Museologia do Curso de Património Cultural dos Açores consiste na elaboração de um trabalho prático sobre um Museu à escolha do aluno.
Andreia Maria Falcão Mendes (Professora na área de Formação ; Educação Musical, no Conservatório Regional de Angra do Heroísmo) aluna do 2º ano do referido curso na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, escolheu o Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda. e explicou-nos:
«Este não é um trabalho muito complexo. No fundo o que se pretende com este tipo de trabalho é fazer um levantamento dos espaços museológicos assim como proceder à sua caracterização, alertar e sensibilizar as pessoas para as questões relacionadas com estes espaços».
Poderá realmente não ser muito complexo o trabalho mas a intenção do mesmo é a melhor: os museus existem para as pessoas e por elas. É preciso que estas se sintam motivadas a visitá-los e cada vez mais os apreciem e estimem como rosto de um património que é de todos nós.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Irra. Sempre a mesma coisa...


Angra do Heroísmo. Portões de São Pedro com a ilha de São Jorge ao fundo

Ainda anteontem, numa comemoração oficial, foi anunciado, isto em Angra do Heroísmo, um Pico d'Honra, após luzida cerimónia.
Só que, o Pico, para espanto de todos, não apareceu. Ao que se supõe, envergonhado por ir ocupar aquilo que se deveria ser um Biscoitos d'Honra, o que motivou grande chacota, falatório e risos, principalmente entre os cinco ou seis membros da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos... e seus Amigos presentes no acto.
De facto, bastante tem "pregado" o Grão- Mestre da C.V.V.B. sobre o assunto, mas, como se continua a ver, para orelhas mocas.
Honra seja feita ao Presidente do Governo Regional dos Açores, que nisso tem dado o exemplo. Acabou com os Porto d'Honra, e passou a oferecer, nos lugares certos, os Biscoitos d'honra, Pico e Graciosa d'Honra, justiça seja feita...

A.P.