quinta-feira, 31 de maio de 2012

Feira Nacional de Agricultura

3º Encontro de Confrarias Enófilas e Gastronómicas



   2 de Junho de 2012


10h00 Horas   -  Concentração na porta principal do CNEMA
                             
11h00 Horas  -   Boas vindas e uma comunicação seguida de debate Sobre “ OS PRODUTOS PORTUGUESES E A SUA RELAÇÃO COM A  AUTENTICIDADE DA COZINHA  TRADICIONAL  PORTUGUESA”.

12h00 Horas  -  Inauguração e visita ao Pavilhão Prazer de Provar c/animação

13h30 Horas  -  Almoço no Recinto da Feira ( Restaurante Taberna do Quinzena)


Touradas à corda na Ilha Terceira – Junho 2012



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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Celebrity Eclipse no Tejo



O navio de cruzeiros Celebrity Eclipse zarpando de Lisboa no passado dia 23 de Maio.

terça-feira, 29 de maio de 2012

VIAGEM DA SAUDADE.mpg



Maria Azevedo visita a Terceira, amigos do Grupo Coral da Igreja Conceição e outros amigos!

Publicado em 15/05/2012 por MrFernandodacosta

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Festas do Espírito Santo (10)


Biscoitos, Domingo de Pentecostes (27.05.2012)


O BODO É OUTRO "VOTO"

Domingo, 27 de Maio, dia de Pentecostes, «dia de bodo» para o povo açoriano... E logo a 2ª feira do Espírito Santo, o «dia da Pombinha» – como lhe chamam em S. Miguel, donde a RTP-A se esforça por generalizá-lo a todo o arquipélago – feriado regional por diploma parlamentar de 21 de Agosto de 1980, cuja génese, se bem me lembro, até foi algo trabalhosa... Passado ultimamente a designar-se Dia da Região Autónoma dos Açores, a sua celebração anual tem, nesta perspectiva, rituais que, à nossa pequena escala, ecoam bastante do 10 de Junho português. Este ano vai a coisa acontecer na Povoação, com um programa cívico-gastronómico no dia 28 precedido de eventos locais a 25, 26 e 27. E no fim-de-semana seguinte (31 de Maio a 3 de Junho) decorrerá, numa iniciativa da Direcção Regional das Comunidades e desta vez em Angra, o 5º «Congresso Internacional sobre as Festas do Divino Espírito Santo». Tamanha concentração político-cultural traz-me à mente, por inevitável, a íntima relação dela com as «grandes festas do Espírito Santo», mais ou menos oficialmente promovidas e apoiadas aqui e do outro lado do Atlântico e até o hino do Espírito Santo cantado trinta e tantos anos atrás em reuniões e manifestações da Frente de Libertação dos Açores. Correndo tudo isto a par, se não em sobreposição, das autênticas e seculares celebrações do culto ao Divino, é difícil não ver aí um apetite político de usar a Cultura, e logo na parte dela que mais fundo toca as pessoas – a Religião – num parasitismo que, aliás, está longe de ser só de agora.
(...)

Publicado no dia 26 de Maio de 2012, por Álvaro Monjardino na A União

domingo, 27 de maio de 2012

Festas do Espírito Santo (9)


 Biscoitos Domingo de Pentecostes (27.05.2012)

Domingo de Pentecostes 

A Festa Judaica do Pentecostes, tipicamente das colheitas agrícolas do trigo (êxodo 23, 16), há cerca de dois mil anos transformou-se em dia do nascimento da Igreja, pelo “sopro de um forte vendaval” e as línguas de fogo, que se espalharam e foram poisar sobre cada um deles” ( Actos 2). As “armações de ramadas”, que nos adros das ermidas se montavam, trazem-nos um cheirinho hebraico da Festa das Tendas (Números 28 -29).
Com o cultivo dos cereais abandonado, e os braços dos que cultivavam a terra emigrados. E os bois desensinados do uso da canga, atrelada ao timão dos arados, no amanho das terras e dos “carros de bois”. Só que com o declínio do mundo rural, nestas ilhas a necessidade inata de gerações de celebrar os louvores do Divino Espírito Santo, supera todas as carências para que nos nossos dias nada falte, sobretudo aos mais velhos.
Nem a farinha das hóstias que os comungantes nas Missas, mesmo as de “coroação” é produzida nas nossas terras, feitas pasto, ou baldios à espera de melhor sorte. Os famintos é que estão a aumentar, tanto os de estômagos vazios e cintos apertados, como os carentes de uma fé viva, que os faça discípulos, mesmo nas adversidades da vida.


Tempos idos em que “pão alvo”, carne e vinho, só mesmo em dias de império, cujas copeiras abriam as portas a todos, mesmo aos que mal se benziam. As fomes não têm fé. Mas a Fé dos Cristãos, nascidos na Descida do Espírito Santo, não se pode ficar pelos templos, mas descer à partilha fraterna, com os irmãos mais carenciados de sempre.
Tempo oportuno, para olhar com esperança e gestos de amor, a maneira como se fazem as funções e bodos, por essas ilhas adiante. As funções e bodos não são para bajular quem quer  que seja. Mas para louvar o Divino Espírito Santo, nos velhos mendigos de sempre. Não apenas à mesa da Rainha Santa Isabel, mas na Igreja que somos e temos. Viva o Espírito Santo!

Publicado no dia 24 de Maio de 2012, por Francisco Dolores no A União

Festas do Espírito Santo (8)



Divino Espírito Santo – Padroeiro dos Habitantes da Ilha do Faial


Império dos Nobres - Rua da Misericórdia – actual Rua D. Pedro IV. 

Todos os anos, pelo Pentecostes, a Câmara Municipal da Cidade da Horta, cumpre o voto do Povo da Ilha Faial, realizando as solenes Festas do Espírito Santo, na sequência da grande erupção vulcânica de 24 de Abril de 1672, entre a Praia do Norte e o Capelo (Cabeço do Fogo), dando origem ao Império dos Nobres.

 “ (…) tomando todos os moradores d’esta ilha para seu protector e padroeiro della immemoravel o mesmo Divino Espírito Santo” (…) in auto da Câmara de Villa da Horta, de 18 de Maio de 1672.


Perante esta realidade que, ao fim e ao cabo, é de certo modo desconhecida do grande público faialense e porque as festas são, indubitavelmente, as mais marcantes na idiossincrasia destas gentes e as que maior número de participantes congregam, em todos os locais e freguesias da ilha, atrever-nos-íamos a deixar um alvitre:

Qual a razão se não aproveitar esta facto, celebrado dentro desta quadra o “Feriado Municipal” deste concelho?
Sendo certo que a Assembleia Legislativa Regional dos Açores consagrou como Feriado Regional” (Dia da Região) a segunda-feira do Espírito Santo, no que, em nosso entender, revelou uma elevada sensibilidade politica perante o sentir de toda uma população açoriana, faria todo o sentido que o dia seguinte, Terça-Feira do Espírito Santo, fosse o “Feriado Municipal” do concelho da Horta, por sinal o único desta ilha do Faial.
Se atendermos a que nesse dia ainda, em quase todas as suas freguesias rurais, se realizam “Impérios” e que quase todas as entidades patronais faialenses concedem tolerância de ponto aos funcionários do período após o almoço daquele dia;
Considerando também que esse dia tem, consequentemente, maior significado que o actual feriado (24 de Junho), dia de S. João, o qual nem assinala a data da passagem a Vila, que se desconhece, nem coincide com a passagem a cidade (4 de Julho de 1833).

In Maria de Lemos – “O Culto do Espírito Santo - sua práticas na ilha do Faial”, p.85 - FaiAlentejo 2007


sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Mastro de São Sebastião

Exposição fotográfica 



Encontra-se aberta ao público desde 14 de Maio pp até ao dia 29 de Junho pf, uma exposição fotográfica "O Mastro de São João”, de Joi Cletion.
Local: Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade de Santa Catarina
Horário: das 09H00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Rótulos (2)



Proprietário vitivinicultor: Álvaro de Castro Meneses
(Quinta da Cruz – S. Bartolomeu / Cinco Ribeiras)
Rótulo: 14,5 cm x 9,5cm
Concepção: Álvaro de Castro Meneses
Impressão: Tipografia Angrense (Álvaro Lounet), Rua de São João, 73 a 75, Angra do Heroísmo.
Ano: 1944 
Colecção: Luís Brum

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Calceteiros Angrenses (14)




O SABER, O FAZER E O QUERER


Texto: Maduro-Dias

A questão das pedrinhas do chão fizeram-me olhar por aí, a ver o que havia de recente e de antigo, nesta matéria, e lembraram-me outros lugares onde a calçada à portuguesa fez escola e estilo.
Algumas publicações recentes, como o Manual de Calçada à Portuguesa da Direcção Geral de Energia e Geologia – 2009, consultável na internet em português e inglês, são muito bem conseguidos e bonitos, procurando sistematizar os métodos conhecidos e arrumar ideias acerca do assunto.
Consolidam, principalmente, o conceito, em termos de projecção internacional do também chamado “mosaico português”.
O que não deixa de ser interessante é o modo como, devagarinho, nas imagens que andam pelo espaço virtual, se percebe o passar dos tempos e o evoluir, nem sempre no bom sentido, das técnicas e modos.
Porém, não é preciso ir tão longe. No espaço que medeia entre as duas escolas secundárias de Angra podem ver-se os exemplos suficientes para formar opinião!
Deixemos de lado o modelo, tão falado, da Praça Velha, e comecemos pela praça Almeida Garrett, feita nos anos sessenta do século XX, em frente à Escola Jerónimo Emiliano de Andrade; subamos os passeios da Rua da Sé, olhemos o que resta da praceta em frente à Silveira e sigamos a caminho da Escola Tomás de Borba.
Seguindo essa rota a gente vê o que resta do bem assente empedrado do centro da Praça em frente ao tribunal, bem melhor que o outro, executado há poucos anos mesmo em frente à escola, que levantou quase todo quando uma viatura da tropa lá esteve em demonstrações (não por culpa da viatura mas por culpa do assentamento que nem aguentava um carrinho de linhas quanto mais um pesado…).
No que resta do empedrado miúdo, em frente ao Hotel Caracol, executado pelos calceteiros das Obras Públicas da então existente Junta Geral do Distrito, voltamos a ver as mesmas pedrinhas, bem juntas, encostadas, calcadas e apertadas.
Chegando à Escola Tomás de Borba percebe-se que algo mudou!
Não foi a intenção de ilustrar e decorar a preceito, que essa lá está, no extenso empedrado exterior e, até, no átrio interior!
O que mudou foram os métodos e o modo! 
Os mesmos erros que, hoje, pululam por aí, debaixo dos nossos olhos e para mal dos nossos pés, estão lá bem presentes.
A toda a volta da araucária, enorme, que marca o centro da praça principal, as pedras estão dispostas de modo semi-encostado, deixando frinchas entre elas às vezes maiores que o dedo mindinho de uma pessoa qualquer. 
No interior do átrio, ao modo de várias estações e centros comerciais lisboetas, a “ideia” da calçada portuguesa também foi usada para decorar…
Só que o que lá está nem sequer é calçada de faz de conta! É um assentar de pedras mais ou menos decorativo, com enormes espaços entre elas, preenchidos com argamassa de cimento, colorida a negro. 
O que vale é que o trabalho foi terminado e alisado à custa de poderosas máquinas de lixar e polir. Ao menos não magoa os pés mas, de calçada portuguesa, ficou só a “ideia”!
Três quilómetros mal medidos bastam, assim, em Angra e aos olhos de qualquer um, para se perceber que, entre 1930 e 2008, o caminho percorrido parece ser o do esquecimento, pontuado, aqui e além por mostras de qualidade.
Ou bem se quer e se faz, ou bem que não!
Numa terra a caminho de fazer trinta anos na lista da UNESCO há que agarrar o leme e apontar a proa ao bom caminho, devolvendo o brilho à “escola angrense de calceteiros”.


Post Scriptum:
Podia ter alargado o comentário à ilha e referido, por exemplo, o antigo empedrado da Praça Francisco Ornelas da Câmara e os troços que dele restam, mas uma cidade do património mundial exige especiais responsabilidades, não apenas da autarquia mas de todos os níveis de governação.

No “Vela de Estai”, Diário Insular de 29 de Abril de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

Antes e Agora (16)


Freguesia de Santa Bárbara, concelho de Angra do Heroísmo



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Festas do Espírito Santo (7)


Biscoitos -  6º Domingo do Espírito Santo

“ (…) existiam na Alemanha associações de beneficência sob a invocação do Espírito Santo, destinadas a socorrer os indigentes em ocasiões de penúria. E, em França, no ano de 1160, fundou-se a Ordem do Espírito Santo, que se destinava ao exercício da caridade para com os pobres e doentes.
Em Portugal a instituição terá sido introduzida pela Rainha Isabel de Aragão, preocupada com a extrema pobreza das classes mais desfavorecidas, sendo Alenquer, no ano de 1296, que se realizou com grande pompa e pela primeira vez uma cerimónia em honra do Espírito Santo.” 
In Marcelino Lima, Anais do Município da Horta

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Terras sem Sombra 2012



                                                    Carregue na imagem para ler

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Noite dos Museus

24º Encontro de Coros da Ilha Terceira



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Clipper Odyssey no Porto das Pipas


Mais uma “mão cheia” de turistas norte americanos chegou hoje a Angra do Heroísmo a bordo do navio de cruzeiros Clipper Odyssey, que se encontra atracado ao cais do Porto das Pipas .

O Clipper Odyssey na Cidade Património Mundial a 16 de Maio de 2011 aqui.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Festas do Espírito Santo (6)


Biscoitos -  Quinto Domingo do Espírito Santo

       (…)
   “Da Páscoa ao Pentecostes e à Santíssima Trindade são sete ou oito semanas de ritos de uma espécie de florália cristã adaptados à vida da lavoura, dos pastos carregados de humidade e de trevo no meio das escórias de lava - "O Mistério".
   Desde logo, nota-se a importância do clima atmosférico no ser açoriano e na sua religiosidade: nebulosidade e precipitação frequentes, ventos fortes e mar alteroso, humidade de "engordar pastos", vulcanismo, etc.

(Pe. Helder Fonseca Mendes, Vigário Geral da Diocese de Angra) in espiritosanto

X Congresso Europeu de Confrarias Vínicas e Gastronómicas

A Alimentação é o portador dos valores culturais



Tartu (Estónia) de 6 a 8 de Julho de 2012 

Programa aqui

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Expedition em Angra do Heroísmo



   O “Expedition” iniciou ontem em Angra do Heroísmo um cruzeiro temático por algumas das ilhas do Arquipélago dos Açores. Os seus passageiros, na maioria franceses (especialistas em biologia, história e geologia), durante a estada na ilha Terceira observaram na orla marítima dos Biscoitos as típicas curraletas e “adeguinhas”, área integrada no diversificado Parque Natural da Ilha Terceira.
   No Museu do Vinho da independente Casa Agrícola Brum Lda. conheceram a história e a vida da vinha e do vinho daquela freguesia vinhateira.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Deputada "Açoriana" na Assembleia Popular da China


(foto: Ling na Terceira, in Revista Macau)

Paula Ling nasceu em Zhejiang (China), cresceu nos Açores e vive há três décadas em Macau. É a primeira deputada da Assembleia Popular Nacional Chinesa a dominar a língua de Nemésio. Aprendeu a ler e a escrever em português na Praia da Vitória, na Ilha Terceira.

O pai, antigo oficial da Marinha, e já depois de criada a República Popular da China, decide estabelecer-se nos Açores como comerciante, onde estava já radicado um cunhado. Paula acaba por fazer a instrução primária na Vila da Praia da Vitória.

"Na década de 60 do século passado, a vida era muito pacata na Praia da Vitória. Havia muito pouca coisa para fazer. As pessoas passavam o tempo entre o trabalho e casa ou os estudos e casa. Não tínhamos muitas belezas naturais, mas havia muitas pastagens, vaquinhas, leite fresco, boa carne. Para uma jovem não era uma terra atraente. A sociedade era muito fechada, as raparigas namoravam a partir da janela. Passei a minha infância fechada em casa, o meu pai, que era muito conservador, não gostava que saísse. Não era uma adolescente muito sociável”, comenta Paula Ling. "Na Praia da Vitória não havia na altura liceu, era preciso ir a Angra do Heroísmo fazer os exames. Estudava em casa, tinha explicações. Foi assim que fiz do primeiro ao quinto anos. O sexto e o sétimo anos já foi em Angra da Heroísmo”, recorda. Ainda no Arquipélago conheceu o magistrado e escritor Rodrigo Leal de Carvalho, que anos mais tarde veio a reencontrar em Macau. Era o senhorio da Família.

Foi pela primeira vez a S. Miguel no passeio de finalistas e só visitou o Faial anos mais tarde, quando era professora na Praia da Vitória. “Não conheço todas as ilhas. Um dia ainda vou conhecê-las”, garante. Gosta de regressar aos Açores de férias, onde já só tem dois primos. O pai viveu os últimos anos da sua vida em Macau, onde se tinha fixado um dos seus três filhos. Com efeito, a Família só regressaria à terra natal 20 anos volvidos.

(fonte: entrevista de Gilberto Lopes, "Uma Açoriana no Palácio do Povo")

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Festas do Espírito Santo (5)


Biscoitos – 4º Domingo do Espírito Santo

O papel da mulher no desempenho de papéis oficiais do Culto do Espírito Santo distingue-se radicalmente da posição da mulher em funções semelhantes na Igreja estabelecida. É por demais conhecida a atitude discriminatória da Igreja Católica, em relação à possibilidade de permitir à mulher assumir os mesmos papéis do homem, no desempenho dos ofícios.
O mesmo não acontece no Culto do Espírito Santo, onde a mulher tem uma posição de igualdade de direitos em relação ao homem. É ela que transporta alguns objectos sagrados (como as Coroas, salvas, etc.) nos cortejos, podendo desempenhar o papel de “Imperador”, ou promotor e responsável pelo ritual principal, sempre que o queira.”
 In Antonieta Costa – “O Culto do Espírito Santo” – Ésquilo - 1º Edição - Maio de 2008.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Dois resistentes Moinhos


Victor Cardoso*

TEIMOSAMENTE SÓLIDOS CONTRA O DESLEIXO DE ALGUNS VENTOS:

Dois resistentes Moinhos que devem merecer nota alta e exemplar, com vista a uma mudança de atitude no objecto do resgate e recuperação, de outros tantos que ainda resistem, mas que em ruínas se vão perdendo nas ilhas.
Os Moinhos de Vento, outrora duplos símbolos de uma identidade muito nossa, onde a excepção poderá se ter verificado apenas na mais ocidental ilha “europeia”- por razões geográficas. Efectivamente desde o povoamento nas ilhas, a importância da edificação de um sistema que permitisse a farinação de cereais, foi preocupação dos donatários, tendo cabido mesmo a Álvaro Martins Homem - Terceira, a construção das primeiras azenhas, aproveitando os ricos caudais das ribeiras – casos da Ribeira dos Moinhos; Arrabalde da Vila; Quatro Ribeiras e Ribeira de Agualva. 
Na ilha Terceira, o primeiro Moinho de Vento, segundo as fontes, poderá ter sido construído no povoado da Fonte do Bastardo, seguindo-se o da Vila de São Sebastião – Pico da Forca e depois os periféricos à cintura da então Vila da Praia, depois da vitória, hoje cidade. Com toda a naturalidade se devem ter seguido os que foram construídos na zona norte: Biscoitos; Raminho; Serreta e Doze Ribeiras, dadas as características de ventos predominantes.
Essa duplicidade e natureza identitária - primeiro pela necessidade directa de garantir meios de subsistência alimentar aos habitantes, tirando-se ainda também todo o partido, crucial, da sua valência económica – usando-se a energia limpa dos ventos. Depois pela marcante presença física, enquanto património edificado e caracterizador da nossa paisagem, que de forma sublinhada, devendo-se dar eco de tão preponderante elemento que nos caracterizava.
Os Moinhos de Vento têm vindo nesta data – 7 de Maio, a merecer distinta atenção, com incidência anual, comemorando-se o Dia Nacional dos Moinhos – moinhos abertos. 
Nesta ilha, esse evento, é associado, numa iniciativa da Escola Básica IB dos Biscoitos, que lhe tem dedicado especial atenção, abrindo o seu Moinho, localizado na Ponta-Negra – freguesia dos Biscoitos, à população, organizando um bem elaborado manifesto de realizações programáticas que o valoriza e o distingue – o moinho é parte integrante das suas infraestruturas físicas. 

Outro Moinho que não podemos ficar indiferentes é o que é propriedade do Grupo Folclórico das Doze Ribeiras – freguesia das Doze Ribeiras, quer pela beleza do seu enquadramento paisagístico – com a serra de Santa Bárbara ao fundo, mas também por nos testemunhar o cuidado posto na sua conservação – pelos seus legítimos possuidores.
Das suas Tipologias:

Moinho de Vento da Ponta-Negra – Biscoitos

 Moinho Giratório de Madeira - Moinho mecânico, visto ter sofrido algumas alterações, podendo ter sido mesmo, inicialmente um moinho fixo de pedra do tipo holandês, semelhante ao que existiu na canada do moinho, neste mesmo povoado dos Biscoitos. É composto por dois corpos que lhes estão sobrepostos: A base – corpo inferior, onde comporta todo o sistema da moenda, é de alvenaria de pedra, caiada e em forma tronco-cónica, com uma pequena vizinhança (espaço exterior envolvente e pertença do moinho). Toda a estrutura do corpo superior é em madeira – em forma tronco-piramidal, assim como o rabo de orientação. Possui uma hélice de quatro pás, recentemente restaurada, substituindo o antigo velame. Anexo ao corpo inferior, foi construído um compartimento para alojar o motor. Existe nesta freguesia outra unidade idêntica, na Canada do Mistério – em ruínas.

Moinho de Vento do Grupo Folclórico – Doze Ribeiras


Trata-se também de um Moinho Giratório de Madeira (MGM). Muito naturalmente descende dos primeiros moinhos de poste do século XII – XII (Bélgica - Holanda) – Inicialmente o poste era enterrado no solo, tendo depois sido reforçado com a inclusão de um tripé de madeira, que tinha como função escorar melhor a casota que comportava todo o sistema de moagem. No caso presente deste moinho terceirense, o poste está protegido por uma base redonda – um pedestal maciço de pedra. É no espigão central que está fixa e roda a casota do moinho, esta, em madeira e com forma octogonal, cujo diâmetro é praticamente equivalente ao do próprio pedestal. O sistema de velame é constituído por 8 velas. É o único sobrevivente na freguesia.
Como nota final, ao nos associarmos, uma vez mais a tão importante registo, que dá notoriedade a tão notável elemento que identifica o nosso Património Cultural, deixamos votos para que 2013 traga-nos efectivamente “novos ventos”, no sentido de se reverter a actual passividade e cumplicidade, de quem deve e pode fazer mais e melhor pelos Moinhos destas Ilhas, o mesmo será dizer, que cuide da nossa Cultura com prontidão, energia e sobretudo saber!

*Investigador

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Terras Sem Sombra

Festival de Música do Baixo Alentejo



quarta-feira, 2 de maio de 2012

terça-feira, 1 de maio de 2012

Festas do Espírito Santo (4)


Biscoitos, 3º Domingo do Espírito Santo

"Não é de estranhar que a assimilação na religiosidade popular das gentes, tenha inquietado poderes instituídos, acomodados aos situacionismos de ocasião. Aqui, nos Açores, mercê de uma evangelização franciscana, nos primórdios do Povoamento, ficou bem selada no coração das pessoas a importância da acção do Espírito Santo na vida das comunidades.
Oração, Partilha e Alegria fraternas, são a marca de registo, experimentada, com maior ou menor intensidade em cada uma das Ilhas, e nas Comunidades da Diáspora, onde predominam os emigrantes açorianos." Ler mais no A União

Efemérides açorianas – Maio (4)


S. Carlos - Angra do Heroísmo
Ricardo Jorge Mendes da Rosa ladeado pelos confrades fundadores da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, Luís Brum e Jorge Belerique

1- 1808- As lavas da erupção vulcânica destroem a igreja na Urzelina, ilha de S. Jorge.

2. 1976- O Secretário de Estado do Trabalho Dr. Marcelo Curto efectua uma viagem de trabalho ao Distrito de Angra do Heroísmo.

3. 1976- Começam as obras de remodelação da Mercado do Peixe em Angra do Heroísmo, com a instalação de sistema de refrigeração e congelamento.

4. 1971- A Academia Musical da Ilha Terceira promove na Fanfarra Operária um Concerto de Canto e Piano por Helena Pina Manique, Olga Prats e Hugo Casaes.

5. 1931- É fundada na ilha de São Jorge a Cooperativa de Leitaria das Manadas. 

6.1973- Realiza-se a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Corpo Santo, em Angra do Heroísmo.

7. 1902- Chega, a Angra do Heroísmo, a bordo do vapor “Peninsular” o poeta Fernando Pessoa.

8. 1999- É inaugurado o Império do Rossio, na freguesia de Santa Cruz da Praia da Vitória.

9. 1840- Nasce na freguesia de Santa Bárbara, concelho de Angra do Heroísmo, José Mendes de Sousa. 

10. 1999- É inaugurada a Escola de Santa Bárbara, concelho de Angra do Heroísmo, após obras de recuperação e ampliação, orçadas em 31 mil contos.

11. 1978- É inaugurado na Vila de Santa Cruz, ilha Graciosa, o busto do Dr. Manuel Gregório.

12. 2007- Falece em Angra do Heroísmo o Açoriano Ricardo Jorge Mendes da Rosa.


13. 1968- É celebrada, em Ponta Delgada, a escritura de constituição da Sociedade Açoreana de Armazenagem de Gás.


14. 1961- Integrado nos Festejos do Império do Outeiro da cidade de Angra, realiza-se a Mudança da Coroa para Império.

15. 1973- Encontra-se no porto da Horta o navio oceanográfico da armada francesa “D’Entrecasteaux”.

16. 1845- Zarpa do Porto da Horta o “Avon”, de nacionalidade inglesa.

17. 1971- Encontra-se atracado ao Porto das Pipas, em Angra do Heroísmo, o iate de bandeira do Panamá “Saint – Papa”.

18.2007- Realiza-se nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo a cerimónia de baptismo do navio “Corvo”.

19. 1906- Nasce em Ponta Delgada o Eng.º José Honorato Gago da Câmara de Medeiros.

20. 1973- Abre na Galeria Degrau, à Travessa do Cotovelo, freguesia de S. Pedro, em Angra do Heroísmo, uma exposição de gravuras pertencentes à sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses.

21. 1975- Realiza-se, em Angra do Heroísmo, uma bezerrada com pezinho integrada nas Festas do Império dos Quatro Cantos

22. 1973- Comemora-se em Angra do Heroísmo o 356º aniversário do mártir açoriano Beato João Baptista Machado, festa anualmente promovida pela Junta Geral do Distrito. 

23.1993- Realiza-se no Palácio dos Capitães Generais em Angra do Heroísmo, a cerimónia de entronização dos Confrades Fundadores da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos

24. 1973- A “Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral” actua no Jardim Duque da Terceira.

25. 1973- Actuam no Ginásio do Liceu da Horta os grupos corais do Ciclo Preparatório, do Liceu e da Escola do Magistério daquela cidade.

26. 1973- O Clube Musical Angrense celebra o 105º aniversário da sua fundação.

27. 1933. Falece no Hospital de Santo Espírito, em Angra do Heroísmo, o Padre José Martins Simas, pároco da freguesia das Fontinhas.

28. 1975- O Governador do Distrito de Angra do Heroísmo, para além das oitenta touradas “tradicionais”, só concede licença para touradas à corda aos, sábados, domingos e feriados.


30.1973- Dá entrada no porto da Praia da Vitória o navio-escola alemão “Deutschland”.

31. 1973- É oficialmente inaugurada, em Angra do Heroísmo, a “Albergaria Cruzeiro”. Esta unidade hoteleira está implantada no sítio onde existiu a casa da primeira médica terceirense – Maria Teodora Pimentel – que a doou ao Albergue Distrital. 

Efemérides açorianas Maio
Efemérides açorianas Maio (2)
Efemérides açorianas Maio (3)


Provérbios: Maio