A amizade é um puzzle; constrói-se peça a peça
A amizade é a união de bens e de males, é uma sociedade de ganhos e de perdas, um comércio de fortunas e de perigos.
A amizade não se adquire, senão pela amizade.
É necessário discernimento antes de contrair a amizade, confiança depois de a contrair.
A natureza dá os parentes; o momento os conhecimentos; o tempo é um dos elementos precisos, para se fazerem os amigos.
Não convém contrair amizade com pessoas que se possa temer a inimizade.
A amizade dobra a existência, como a paternidade e o amor da glória o prolongam.
O fogo da amizade aquece o coração, mas não o queima nem o consome.
A amizade é um prazer de todas as estações da vida.
Quem não tem experimentado a amizade, não tem ainda vivido.
Banir a amizade da terra, seria enfraquecer o princípio social.
Tirar aos homens a amizade, seria tirar o sol ao mundo.
A amizade é um fogo que não arde, senão em corações puros.
A amizade é um contrato tácito entre duas pessoas sensíveis e virtuosas.
A amizade não tem nada que dar melhor, do que ela mesma.
A amizade é o mais belo dos sentimentos; mas não há nenhum cuja perfeição e cuja duração sejam tão raras.
Na amizade é-se ordinariamente mais feliz por aquilo que se ignora, que por aquilo que se sabe.
Não deixeis crescer a erva no caminho da amizade.
A majestade e a amizade são quase sempre incompatíveis.
A amizade finda, onde a desconfiança começa.
A ironia assassina a amizade.
A verdadeira amizade encontra-se na estrada da vida.
Por mais raro que seja o verdadeiro amor, ele é menos raro que a verdadeira amizade.
Os antigos conhecimentos valem mais, que as novas amizades.
A amizade e o amor estão, raras vezes, de acordo.
Quando o amor nos visita, a amizade se despede.
Na amizade, como no amor, há caprichos que agradam e atenções que ferem.
Tudo enfraquece à medida que envelhece, excepto a amizade, que é mais forte quando mais antiga.
A amizade de alguns homens é mais funesta, que o seu ódio.
Quando defendemos os nossos amigos, justificamos a nossa amizade.
Dar aos amigos conselhos, não os mais agradáveis, mas os mais úteis, é um dos deveres da amizade.
A amizade dá direito de contradizer; mas ela impõe o dever de não ofender pela contradição.
São rãs as vezes duradouras as amizades improvisadas.
A amizade costuma desaparecer, quando um daqueles, entre os quais existe, cai em desgraça, ou o outro se torna poderoso.
Nunca foi bom amigo, o que por pouco quebrou a amizade.