sábado, 27 de outubro de 2007

Fruta no Banco de Portugal

Do investigador, historiador e escritor Jácome de Bruges Bettencourt, e actual Grão-mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, damos destaque a um interessante texto que muito contribui para a história da cidade Património Mundial.


"Na Agência de Angra do Heroísmo

CACHOS DE UVAS NA DECORAÇÃO

DA

FACHADA DO BANCO DE PORTUGAL


Na antiga Agência do Banco de Portugal, na Rua da Sé, cidade de Angra do Heroísmo, na fachada principal, vê-se, ao centro um frontão decorado nas zonas calcárias, a esquerda e direita, respeitando simetria, cornucópias despejando peças de fruta, isto é um cacho d'uvas com duas parras, oito romãs, numa feliz composição decorativa. Foi seu autor o arquitecto Edmundo Tavares, numa alusão, provavelmente à produção de riqueza fomentada pela actividade bancária, numa altura em que o Banco de Portugal mantinha maior aproximação às populações, com empréstimos, embora nunca de grandes quantias, função que foi abandonando, isto é, perdeu quando se transformou num órgão de meras operações de compensação entre Bancos, controle e fiscalização das actividades bancárias.
Esta Agência do Banco de Portugal foi construída em mais de três anos, sendo inaugurada em 1 de Abril de 1933.
O projecto de engenharia é de assinatura imperceptível.
Encarregou-se da construção o conhecido mestre-de-obras Manuel Almeida Chaves, que teve empreitadas de construção civil importantes, para além do B.P., como os Edifícios do Seminário Episcopal d'Angra e dos Correios Telégrafos e Telefones, entre outras.
Nota: A romã representa fertilidade. A uva fortuna, prosperidade(por isso come-se 12 passas na passagem do ano)".

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