domingo, 1 de dezembro de 2013

O PRIMEIRO DE DEZEMBRO


  Data em que Portugal recuperou a sua independência, no ano de 1640, é para nós merecedora de comemoração e foi-o, sempre, ao longo de quatrocentos e setenta e dois anos, sem qualquer interrupção neste país.

 Porém, nos tempos que correm vão-se perdendo valores e sentimentos e a independência ou soberania é um exemplo disso. Constatação evidente e lamentável. Portugal é cada vez menos independente.

  Mas, não vamos tecer considerações sobre estas problemáticas. Lembramos aqui, apenas, como em algumas casas terceirenses se celebrava o Dia da restauração hasteando a própria bandeira nacional instituída em 1640, isto é, a branca em todo o campo, tendo ao centro o escudo português com a corôa real a encimá-lo, armas usadas pela casa dos Duques de Bragança, e depois, após o liberalismo, a bandeira partida de azul e branco, com o mesmo escudo. E, não podemos esquecer que foi em Angra que pela 1ª vez se desfraldou esse símbolo em território português.

  De facto, na ilha Terceira ainda se veem, em dias festivos como o presente, estas bandeiras, como na casa de Francisco Jorge da Silva Ferreira, à Boavista, Praia da Vitória, na Quinta da Estrela de Jácome de Bruges Bettencourt, em Angra do Heroísmo, e nos Biscoitos na casa que pertenceu a Weber de Melo, na Canada do Caldeira (hoje de descendentes), na casa do médico José Henrique Flores,  na casa de António Carvão, à Canada do Moinho, na casa do Sr. Meneses, na casa de Valdemar Mota, à Canada do Porto, não esquecendo figuras conhecidas, já falecidas, como o professor Luís Gaspar de Lima, antigo director escolar em cuja casa, à Ponta Negra (Biscoitos) drapejava ao vento a bandeira azul e branca nestes dias, ou na de Ricardo Jorge Machado Mendes da Rosa, conhecido e saudoso critico tauromáquico, sita à Canada do Caldeira, na casa de Walter Mendonça, à Canada de S. Sebastião  também nos Biscoitos, entre outros.

  Alguns angrenses, mais “patriotas” chegaram a hastear estes símbolos no alto da Memória e estou a recordar-me do Henrique Octávio de Ornelas Bruges e Saavedra, que se incumbiu, alguns anos, dessa “tarefa”.

  Enfim, hábitos que tendem a desaparecerem com as pessoas…
P. de L.

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