Infelizmente para muitos ainda é desconhecido talvez por não se tratar de uma destacada figura pública.
A ele se deve grande parte do desenvolvimento em que nos encontramos. Há historiadores que afirmam não ter sido Gutemberg o inventor da Imprensa. No entanto é a ele que se deve o aperfeiçoamento dos caracteres e maquinismos para que a imprensa se desenvolvesse, prestando assim assinalados serviços.
A imprensa tem contribuído para o progresso do espírito da humanidade e para o desenvolvimento das bibliotecas.
A imprensa é, como disse Victor Hugo: a imensa e sagrada locomotiva do progresso.
De Teófilo de Braga escreveu Ramalho Ortigão: não se publica um livro por semana, pela mesma razão de que não há prelos em Portugal que acompanhem a velocidade vertiginosa da sua pena...
Rua da Sé d' Angra
Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, foi a primeira terra açoriana a possuir a Imprensa.
A 14 de Fevereiro de 1829 chegava aquela cidade, por ordem do Marquês de Palmela, o material para a primeira tipografia dos Açores. Ficando instalada no Castelo de São João Baptista, para uso da Junta Provisória que naquela ilha constituiu o governo liberal. Mais tarde foi de muda para um prédio da Rua da Sé (onde funcionou o Banco de Portugal e agora as Finanças).
Em 1832 foi transferida para a ilha de São Miguel, juntamente com a expedição liberal. Voltou
à ilha Terceira pouco tempo depois.
Mais tarde foi toda maquinaria vendida em hasta pública. Parte desse material passou a fazer parte da Tipografia Andrade.
Os primeiros tipógrafos foram Pedro Alexandrino da Cunha, alferes de infantaria 13 e Simão José da Luz Soriano. Voluntário Académico de Coimbra, que mais tarde redigiu alguns números da “A Crónica da Terceira”, o primeiro jornal publicado na ilha.
Por várias polémicas sustentadas entre políticos daquele tempo, o 1º Conde da Praia da Vitória, Teotónio de Ornelas Bruges, mandou comprar a Lisboa uma nova tipografia para expansão das ideias do seu partido, publicando em Dezembro de 1836 o primeiro número de “O Angrense”.
(ilha Terceira - Açores)
Em 1836 existiam em Angra, pelo menos, duas tipografias.
A da Imprensa do Governo, estabelecida no edifício do Governo Civil, ao pé da Casa da Guarda. Foi administrada por uma comissão de que faziam parte além do fiel, Joaquim José Soares, João de Sousa Ribeiro e António José Gonçalves Costa.
A outra imprensa pertencia a Manuel de Sousa Pereira, na Rua do Pintor, que se mudou em 1837 para a Rua de São João e depois para a Rua de Santa Luzia.
Em 1858, António José, livreiro e impressor, editor do periódico “Pobres da Terceira”, montou uma oficina tipográfica na Rua da Rosa.
Em 1868 o Dr. Fernando Rocha montou uma tipografia denominada “Tipografia Terceirense”, na casa onde morava, na Rua de Jesus.
Sem comentários:
Enviar um comentário