Hoje é dia de Santo António de Lisboa, feriado municipal da capital portuguesa, santinho conhecido por casamenteiro e das coisas perdidas. Nesta data recordamos um episódio ocorrido nos finais da década de 60 do século passado e que ficou registado nas Memórias do Convento de São Francisco em Angra do Heroísmo, Açores.
O dito Convento era então Liceu Nacional daquela cidade. Os alunos esqueciam São Francisco e, em horas de “dores de barriga” era ver qual o santinho mais milagreiro...
Ora, sendo Santo António conhecido como o “Santinho das Coisas Perdidas” um aluno pouco dedicado às tarefas escolares e com um curriculum por demais conhecido, era sempre por uma professora revistado antes dos testes escritos das disciplinas que a mesma leccionava.
Como já era difícil inventar “novos tipos de cábulas” o nosso jovem angrense apelou a um Santo António de matéria plástica mas também oco...
Levou uma pequena estátua do dito santinho e colocou-a, devotamente, à sua frente sobre a mesa de trabalho.
A professora como habitualmente “andava por ali”, sempre atenta a “qualquer manobra perigosa”. A certa altura, bem perto do termo da prova olhou para a “escultura” e inocentemente pegou no Santo Antoninho...Qual o seu espanto quando o Santo expeliu um longo enrola desenrola de papel... fazendo um yó-yó.
- Que religião é esta? Perguntou a professora.
O aluno não terá respondido mas temos a certeza que pensou.
- Este Santo António não é o Santo das Causas Perdidas, perdido estou eu!...
A.A.(antigo aluno)
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