Quinta de S. Luís (Angra)

Esta antiga propriedade, que outrora teria mais de dois moios de terra e suas casas, pertenceu à família Pacheco de Lima e Lacerda de Vasconcelos.

Segundo Jorge Forjaz- in “Diário Insular” ano XXVII- Nº 7916 de 22 de Setembro de 1972, pp 1 e 3, já fora instituído um vínculo em Vale de Linhares em 1554 precisamente nesta propriedade. No entanto, a Ermida de S. Luís, assim como a pedra de armas que encima o tanque, só mais tarde foram construídos, isto, certamente depois de 1660, por João Pacheco de Vasconcelos.
Ainda, segundo Forjaz, nessa pedra aparecem as armas da varonia e Cantos Vasconcelos porque são as armas de sua mãe.
Nesta casa de S. Luís da freguesia de S. Bento terá passado longas temporadas um dos mais ilustres membros desta família, precisamente Manuel Pacheco de Lima (1574-1656), Contador da fazenda, Juiz das Alfândegas, Mar e Direitos Reais na Contadoria da Terceira e Ilhas de Baixo, Vereador da Câmara de Angra, em 1611, etc.
A Quinta de S. Luís sai definitivamente desta família quando adquirida em 1 de Maio de 1920 pelo Conde de Rego Botelho e por sua vez o neto Carlos Baldaya Rego da Silva, na década de sessenta do século passado, a vende à então UNICOL que, nos seus terrenos construiu a sua mais importante unidade industrial de lacticínios da Terceira. A parte da Casa, Ermida e terrenos circundantes (pomares e hortas), nos anos 80, foi comprada pela Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo que a tem conservado com algum cuidado.
A Junta de Freguesia de S. Bento, há pouco tempo, deu o nome de Manuel Pacheco de Lima, o célebre Contador da Fazenda, que aqui viveu no século XVI/XVII, a uma artéria, o que é de louvar.

JBB