domingo, 30 de março de 2008

Festas ao Paráclito

A Terra Açoriana é fértil em manifestações festivas tanto religiosas como profanas e as modalidades artísticas acompanham-nas a par e passo.
As festividades nos Açores estendem-se ao longo de todo o ano mas proliferam sobretudo com o renascimento da Primavera, época propícia a arraiais como os dos Bodos do Espírito Santo e das touradas à corda da Ilha Terceira, gosto que se vai estendendo também a outras ilhas, sobretudo às do Grupo Central.
Mas, sem sombra de dúvida, são as Festas do Espírito Santo as que mais se evidenciam em todo o Arquipélago.
Estas iniciam-se com o içar do estandarte próprio de cada Império no Sábado de Aleluia e que ali permanece até ao Domingo da Trindade data em que se encerra o ciclo das festas ao Paráclito dando-se então inicio às "Festas de Verão" que só terminarão com a chagada do Outono.
Há poucos anos o estandarte desfraldava, no topo do "mastro grande" (mastareu) sustentado por uma pedra furada ou uma velha mó de moinho junto de cada Império.
Actualmente o pau (madeira) deu lugar ao ferro pintado ( galvanizado ou não), mas a tradição das "Bandeiras Pintadas à Mão", ainda subsistem, em alguns dos Impérios, deixando gravadas a alma do artista que a idealizou e pintou.
Recordamos os Mestres terceirenses (século XIX e XX), Mestre Bugango (Francisco Vieira Toste) da Vila de São Sebastião, Manuel Félix Tavares(Mestre Félix), José Cardoso Justino da freguesia de Fontinhas. Já no século XXI, Diana Pimentel, da freguesia de Biscoitos dá continuação a esta tradicional manifestação artística do povo açoriano.


Bandeira desfralda alma artística de Diana Pimentel

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