Aproveitando o Dia Mundial do Doente, deixo aqui algumas notas históricas acerca dos estabelecimentos hospitalares em Portugal.
Os hospitais foram conhecidos no nosso País desde o princípio da monarquia, especialmente as albergarias (hospitais de peregrinos e caminhantes) e as chamadas gafarias (hospitais de leprosos).
No testamento de D. Sancho I apareceram diferentes legados e em favor do hospital dos Cativos em Santarém, e dos gafos em Coimbra.
No tempo de D. Afonso III eram já tantos aqueles institutos, e tão avultadas as suas rendas, que o bispo do Porto e outros prelados se queixaram ao Papa de que o monarca lhes usurpava a administração e os bens dos hospitais e albergarias.
Foi porém no reinado de D. João II que a instituição hospitalar começou a ter maior desenvolvimento, graças ao zelo da Rainha D. Leonor, auxiliada nos seus intentos pelo seu confessor o venerando Frei Miguel Contreiras, da Ordem da Santíssima Trindade, natural de Valência, em Espanha e que veio fixar residência em Lisboa no Convento da sua Ordem, onde faleceu.
Foi a Rainha D. Leonor que fundou o hospital das Caldas da Rainha, e é também do seu tempo que data a instituição do Hospital de Todos-os-Santos, no Rossio de Lisboa, e no qual foram incorporados outros pequenos hospitais, que então havia na capital portuguesa.
Este estabelecimento, por duas vezes, em épocas diferentes, foi vítima de terríveis incêndios e arrasado pelo terramoto de 1755. Vinte anos depois foi transferido para o colégio dos jesuítas tomando a designação de Hospital de São José.
No testamento de D. Sancho I apareceram diferentes legados e em favor do hospital dos Cativos em Santarém, e dos gafos em Coimbra.
No tempo de D. Afonso III eram já tantos aqueles institutos, e tão avultadas as suas rendas, que o bispo do Porto e outros prelados se queixaram ao Papa de que o monarca lhes usurpava a administração e os bens dos hospitais e albergarias.
Foi porém no reinado de D. João II que a instituição hospitalar começou a ter maior desenvolvimento, graças ao zelo da Rainha D. Leonor, auxiliada nos seus intentos pelo seu confessor o venerando Frei Miguel Contreiras, da Ordem da Santíssima Trindade, natural de Valência, em Espanha e que veio fixar residência em Lisboa no Convento da sua Ordem, onde faleceu.
Foi a Rainha D. Leonor que fundou o hospital das Caldas da Rainha, e é também do seu tempo que data a instituição do Hospital de Todos-os-Santos, no Rossio de Lisboa, e no qual foram incorporados outros pequenos hospitais, que então havia na capital portuguesa.
Este estabelecimento, por duas vezes, em épocas diferentes, foi vítima de terríveis incêndios e arrasado pelo terramoto de 1755. Vinte anos depois foi transferido para o colégio dos jesuítas tomando a designação de Hospital de São José.

Portão do antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdiade Praia da Vitória, nos Açores (hoje clínica privada).
Entretanto, no fim do século XV, nascia na Vila de Monte-Mor-o-Novo, um outro benemérito da humanidade que veio depois a representar na Espanha o mesmo glorioso papel. Trata-se de S. João de Deus, que, tendo nascido naquela vila, de pais humildes, e indo para a Castela, ainda criança, foi ali pastor, soldado e vendedor ambulante, até que, aos quarenta, abraçou a vida monástica, e, à custa de boas vontades, fundou em Granada um hospital a que dedicou toda a sua vida com extremo zelo, que granjearam a fama de santo, que mais tarde a Igreja confirmou.
Vinte anos depois do falecimento do santo enfermeiro, foi criada por bula pontifícia a Ordem dos Irmãos Hospitaleiros de São João de Deus, que tantos e tão relevantes serviços tem prestado à humanidade enferma.
O primeiro convento da Ordem que fundou foi na sua própria casa onde nasceu.
Joaquim Barbosa
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