No dia 1 de Fevereiro, do corrente mês, com o título "Hei pessoal! Vamos aos toiros", recordamos Mestre Ricardo Jorge Mendes da Rosa no seu baptismo de Director de corrida de toiros.
Hoje transcrevemos do "Diário Insular", de 26/02/1971, Jornal que se publica nos Açores (Angra do Heroísmo, cidade Património da Humanidade) a apreciação da Garraiada dos Estudantes realizada em 1971, pelo crítico tauromáquico, ainda bem vivo na nossa memória, Mestre Ricardo Jorge.
Hoje transcrevemos do "Diário Insular", de 26/02/1971, Jornal que se publica nos Açores (Angra do Heroísmo, cidade Património da Humanidade) a apreciação da Garraiada dos Estudantes realizada em 1971, pelo crítico tauromáquico, ainda bem vivo na nossa memória, Mestre Ricardo Jorge.
A TRADICIONAL
GARRAIADA
dos alunos do Liceu de Angra
«Precedida de cortejo, realizou-se na passada, "Terça-feira Gorda", a garraida dos alunos do Liceu de Angra que, como já é habitual abriu as portas da Praça de São João, para a "primeira da época".
A Praça encontrava-se engalanada com capas de estudantes, os "tendidos" repletos e nem faltavam alguns chapéus "anchos" colocados com arte em lindas aficionadas, que davam graça ao conjunto.
A "corrida"dividiu-se em duas partes distintas: séria e cómica, em que muitas vezes a séria se tornava cómica e a cómica em sérias... atrapalhações.
Para a realização desta garraida, inúmeros foram os intervenientes, todos cheios de "ganas toreras", uns ávidos de sentirem o prazer de triunfo, outros de poderem demonstrar que também são habilidosos e ainda, os últimos de terem o gostinho de afirmarem: - eu cá não tenho medo, ( nem, que por vezes tenham de comprar coragem aos cálices!!!), mas todos possuem valor e tudo faz parte da festa da "corrida" dos Alunos do Liceu.
O curro que era constituído por 2 novilhas e 4 novilhos pertencia ao ganadero sr. Gaspar Baldaya de Rêgo Botelho e com gosto posso dizer que foi apartado "enhorabuena", pois, além das novilhas serem bravas e terem cumprido a preceito, há que distinguir o novilho lidado em 2º lugar pelas qualidades de nobreza e bravura que reunia.
Nestas garraiadas costumam sempre aparecer novas "estrelas", contudo, desta vez não foi assim porque as "estrelas" que brilharam já eram nossas conhecidas, que são:
O jovem cavaleiro João Carlos Pamplona, esse "niño torero" que na frente do inimigo demonstra domínio na montada, que tem figura gentil quando a cavalo, resolve os seus problemas na arena e a prová-los a cravação dos seus 3 compridos e 2 curtos que bem lhe mereceram os aplausos e volta com que o público o premiou.
Berto Pacheco, um amador com qualidades e cheio de "aficion" que se recreou a tourear, um maravilhoso, novilho, ao qual ministrou "faena" variada, vendo o seu triunfo coroado pelas quentes palmas e volta ao anel que os espectadores lhe tributaram.
Ricardo Barros que também deu os seus lances de capote.
Dos pegadores: António Eduardo R. Fernandes fechou-se em rija pega no 2º da tarde e foi óptima ajuda na primeira pega que se realizou. Rui Terra e Mário Duarte também executaram boas pegas respectivamente às novilhas corridas em 6º e 1º lugar.
Nos números cómicos lá estavam o Lobão e os seu guarda-sol, Jaime Machado com o cesto das favas, Frederico Câmara, Luís Brum e tantos outros com as suas habituais correrias e tropelias que tanto divertiram aqueles que lá se encontravam.
Assim, entre palmas, risos e folguedos decorreu esta tradicional garraida que é tanto do agrado da nossa população.
Na direcção da garraiada encontrava-se o antigo bandarilheiro Júlio Glória, que não teve dificuldades."
RICARDO JORGE
A Praça encontrava-se engalanada com capas de estudantes, os "tendidos" repletos e nem faltavam alguns chapéus "anchos" colocados com arte em lindas aficionadas, que davam graça ao conjunto.
A "corrida"dividiu-se em duas partes distintas: séria e cómica, em que muitas vezes a séria se tornava cómica e a cómica em sérias... atrapalhações.
Para a realização desta garraida, inúmeros foram os intervenientes, todos cheios de "ganas toreras", uns ávidos de sentirem o prazer de triunfo, outros de poderem demonstrar que também são habilidosos e ainda, os últimos de terem o gostinho de afirmarem: - eu cá não tenho medo, ( nem, que por vezes tenham de comprar coragem aos cálices!!!), mas todos possuem valor e tudo faz parte da festa da "corrida" dos Alunos do Liceu.
O curro que era constituído por 2 novilhas e 4 novilhos pertencia ao ganadero sr. Gaspar Baldaya de Rêgo Botelho e com gosto posso dizer que foi apartado "enhorabuena", pois, além das novilhas serem bravas e terem cumprido a preceito, há que distinguir o novilho lidado em 2º lugar pelas qualidades de nobreza e bravura que reunia.
Nestas garraiadas costumam sempre aparecer novas "estrelas", contudo, desta vez não foi assim porque as "estrelas" que brilharam já eram nossas conhecidas, que são:
O jovem cavaleiro João Carlos Pamplona, esse "niño torero" que na frente do inimigo demonstra domínio na montada, que tem figura gentil quando a cavalo, resolve os seus problemas na arena e a prová-los a cravação dos seus 3 compridos e 2 curtos que bem lhe mereceram os aplausos e volta com que o público o premiou.
Berto Pacheco, um amador com qualidades e cheio de "aficion" que se recreou a tourear, um maravilhoso, novilho, ao qual ministrou "faena" variada, vendo o seu triunfo coroado pelas quentes palmas e volta ao anel que os espectadores lhe tributaram.
Ricardo Barros que também deu os seus lances de capote.
Dos pegadores: António Eduardo R. Fernandes fechou-se em rija pega no 2º da tarde e foi óptima ajuda na primeira pega que se realizou. Rui Terra e Mário Duarte também executaram boas pegas respectivamente às novilhas corridas em 6º e 1º lugar.
Nos números cómicos lá estavam o Lobão e os seu guarda-sol, Jaime Machado com o cesto das favas, Frederico Câmara, Luís Brum e tantos outros com as suas habituais correrias e tropelias que tanto divertiram aqueles que lá se encontravam.
Assim, entre palmas, risos e folguedos decorreu esta tradicional garraida que é tanto do agrado da nossa população.
Na direcção da garraiada encontrava-se o antigo bandarilheiro Júlio Glória, que não teve dificuldades."
RICARDO JORGE
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