Desde os primeiros habitantes da Terra que os homens (e as mulheres) principiaram a ter nomes, para se diferenciarem uns dos outros.
"Por muitos séculos eles se contentaram só com o nome, e para se distinguirem os que os tinham iguais, dizia-se: F., filho de E. ao que chamavam patronímico. Os antigos gregos e romanos, admitindo este uso, deram-lhe ainda mais latitude.
Muitos latinos tinham quatro nomes; chamava-se ao primeiro, pronome; ao segundo, nome; ao terceiro, cognome ; e ao quarto agnome. Nós hoje chamamos ao primeiro, nome próprio; ao segundo, sobrenome; ao terceiro, apelido; e ao quarto, alcunha.
A mania de ter um nome comprido é comum na Ásia e também na península hispânica. Além das pessoas reais que tem vinte, trinta e mais nomes próprios, há particulares com bastantes.
Os lusitanos herdaram dos latinos o uso de muitos nomes como se pode ver de diferentes inscrições e epitáfios.
Os godos e outras nações do norte que, no IV e V século, invadiram as Espanhas empregavam um só nome pelo que na Lusitânia se foi deixando de ter a pluralidade de nomes, chegando até a extinguir-se.
Com a invasão dos árabes, no século VIII, vieram outra vez os nomes patronímicos, e pouco a pouco os apelidos, cognomes e as alcunhas. Fez-se porém a seguinte variante: O sobrenome dos filhos era uma derivação do dos pais; ex.; Gonçalves,queria dizer, filho filho de Gonçalo; Esteves, filho de Estevão - Rodrigues, filho de Rodrigues; Dias, filho de Diogo (que então se diria Diego) etc.
Os árabes usaram sempre do nome patronímico, ou do nome do pai depois do próprio,v. gr. X: Al-Mansor aben-afan (Al-Mansor, - filho d'Afan); Bli-ben - Jacoub (Ali, filho de Jacob).
Em diversas nações da Ásia, o uso dos nomes é às avessas dos árabes, isto é: se um filho se torna célebre por qualquer circunstância, é o pai que adopta o nome do filho, chamando-se v. gr. Eli-pai-de-Broun.
Os irlandeses formam os seus nomes patronímicos (ou de família) com o O- v.gr. O Conell- filho ou da família de Conell.
Os escoceses fazem-nos com o MAC- Donald- filho ou da família de Donald.
Os ingleses tem o seu Son v.gr. - Robertson- filho de Roberto.
Em Portugal e na Espanha vieram os apelidos depois dos patronímicos.
Tomaram-se depois das terras donde qualquer era natural, onde vivia, ou onde tinha domínios ou jurisdições. Disto procedem os Guimarães, Bragas, Azevedos, Bastos,etc., etc.
Os fidalgos costumavam tomar por apelido o nome da terra onde tinham os seus Solares, nos quase sempre construíam uma torre ameada.
A alguns deram por apelido (ou eles o tomaram) o nome da praça em cuja conquista ou tomada se distinguiram, v.gr. - Mesquita, Baharem, Mina etc., ou do objecto ou arma com que se distinguiram v. gr.- Machado, Bandeira, Lança, etc.
As alcunhas antigas que são da época dos apelidos, derivam de alguma qualidade moral ou física do indivíduo, v. gr. - Bravo, Valente, Forte, Manso, etc., ou da semelhança (física ou moral) com algum animal Camelo, Cão, Coelho, Lebre, Gato, etc.
Dom João II teve o maior cuidado para se conservassem en cada linhagem os apelidos que perpetuassem a nobreza da sua origem obrigando os filhos a tomarem os apelidos de seus pais".
Muitos latinos tinham quatro nomes; chamava-se ao primeiro, pronome; ao segundo, nome; ao terceiro, cognome ; e ao quarto agnome. Nós hoje chamamos ao primeiro, nome próprio; ao segundo, sobrenome; ao terceiro, apelido; e ao quarto, alcunha.
A mania de ter um nome comprido é comum na Ásia e também na península hispânica. Além das pessoas reais que tem vinte, trinta e mais nomes próprios, há particulares com bastantes.
Os lusitanos herdaram dos latinos o uso de muitos nomes como se pode ver de diferentes inscrições e epitáfios.
Os godos e outras nações do norte que, no IV e V século, invadiram as Espanhas empregavam um só nome pelo que na Lusitânia se foi deixando de ter a pluralidade de nomes, chegando até a extinguir-se.
Com a invasão dos árabes, no século VIII, vieram outra vez os nomes patronímicos, e pouco a pouco os apelidos, cognomes e as alcunhas. Fez-se porém a seguinte variante: O sobrenome dos filhos era uma derivação do dos pais; ex.; Gonçalves,queria dizer, filho filho de Gonçalo; Esteves, filho de Estevão - Rodrigues, filho de Rodrigues; Dias, filho de Diogo (que então se diria Diego) etc.
Os árabes usaram sempre do nome patronímico, ou do nome do pai depois do próprio,v. gr. X: Al-Mansor aben-afan (Al-Mansor, - filho d'Afan); Bli-ben - Jacoub (Ali, filho de Jacob).
Em diversas nações da Ásia, o uso dos nomes é às avessas dos árabes, isto é: se um filho se torna célebre por qualquer circunstância, é o pai que adopta o nome do filho, chamando-se v. gr. Eli-pai-de-Broun.
Os irlandeses formam os seus nomes patronímicos (ou de família) com o O- v.gr. O Conell- filho ou da família de Conell.
Os escoceses fazem-nos com o MAC- Donald- filho ou da família de Donald.
Os ingleses tem o seu Son v.gr. - Robertson- filho de Roberto.
Em Portugal e na Espanha vieram os apelidos depois dos patronímicos.
Tomaram-se depois das terras donde qualquer era natural, onde vivia, ou onde tinha domínios ou jurisdições. Disto procedem os Guimarães, Bragas, Azevedos, Bastos,etc., etc.
Os fidalgos costumavam tomar por apelido o nome da terra onde tinham os seus Solares, nos quase sempre construíam uma torre ameada.
A alguns deram por apelido (ou eles o tomaram) o nome da praça em cuja conquista ou tomada se distinguiram, v.gr. - Mesquita, Baharem, Mina etc., ou do objecto ou arma com que se distinguiram v. gr.- Machado, Bandeira, Lança, etc.
As alcunhas antigas que são da época dos apelidos, derivam de alguma qualidade moral ou física do indivíduo, v. gr. - Bravo, Valente, Forte, Manso, etc., ou da semelhança (física ou moral) com algum animal Camelo, Cão, Coelho, Lebre, Gato, etc.
Dom João II teve o maior cuidado para se conservassem en cada linhagem os apelidos que perpetuassem a nobreza da sua origem obrigando os filhos a tomarem os apelidos de seus pais".
No Almanaque Açores - ano 1941 pp 87 a 89
2 comentários:
ENTERI EU SEU BELO BLOG COM A FINALIDADE DE ENCONTRAR NOMES TIPICOS DE PORTUGUESES, E DEPAREI COM ESTA ÓPTIMA INFORMAÇÃO, MAS DIREI QUE NA ÁSIA, NEM TODAS AS PESSOAS USAM NOMES MUITO GRANDES, A CHINA POR EXEMPLO USA SÓ TRÊS CURTOS NOMES, SENDO O PRIEMIRO O APELIDO DO PAI E DEPOIS DA PESSOA, NUNCA USAM O APELIDO DA MÃE.
NA TAILÂNDIA SÓ PODEM TER NOMES EXTENSOS A REALEZA, AS PESSOAS COMUNS TEM SOMENTE DOIS NOMES O QUELE É POSTO E O DO PAI, TAMBÉM NESTE PAÍS NÃO USAM O APELIDO DA MÃE, NO JAPÃO O NOME É COMPOSTO POR QUATRO, NAS FILIPINAS É IGUAL COMO NA EUROPA E NOS PAÍSES DE EXPRESSÃO ARÁBE TAL INDONÉSIA MALÁSIA E OUTRSO ESSES SIM USAM NOMES COMPRIDOS.
FIZ ESTE COMENTÁRIO PORQUE VIVO NA ÁSIA HÁ 45 ANOS, SOU ALENTEJANO, E TENHO FILHOS NASCIDOS NA CHINA E NA TAILANDIA.
SE DESEJAR SABER ALGO SOBRE MIM, PASSE PELOS MEUS BLOGS, POIS TENHO LA'ALGO DAS POVOAÇÕES PORTUGUESAS.
http://cambetapoeta.blogspot.com
http://cambetamacaubangkok.blogspot.com
UM ABRAÇO ALENTEJANO COM SABOR ORIENTAL, GOSTEI MUITO DO SEU BLOG, PARABÉNS
Hola
Me llamo guillermo gomez, tengo un antepasado portugues que en el siglo XVI llego a Colombia, se llamaba MANUEL GOMES FARELO, pienso que este FARELO es un patronimico, segun lo que leo en su blog. me podria dar mas informacion o donde buscar al respecto
Gracias
Guillermo
guillermogomez.md@gmail.com
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