terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Não haja fumo nem fogo nos Açores



A proibição do fumo do tabaco é lei que entrou, com o Novo Ano 2008, a aprender português.
Para aí metade da população, em benefício da outra metade e dela própria, terá de mudar de hábitos. Terá de mudar para melhor, penso eu que já não pertenço ao Clube dos Fumadores e portanto não me sinto pressionado. Porém, não deixo de lamentar que os bons hábitos tenham de ser impostos... No entanto, já, que de outro modo não se consegue aprender, é bom que nos obriguem a ter melhor qualidade de vida.
Leis, são leis! Cumpram-na e... haja saúde!...


Como nasceu o cigarro


No século XVIII um soldado francês durante a guerra entre turcos e egípcios, velho e inveterado fumador de cachimbo-inventou o cigarro? Um dia faltou-lhe o cachimbo, seu companheiro constante e inseparável. Para o substituir, enrolou o tabaco num pedaço de papel - e resolveu o problema.
Deste gesto simples - nasceu o cigarro. Mas só em 1850, se fundou na Rússia, em S. Petersburgo a primeira fábrica. E só em 1858, um grego montou outra e começou a exportar cigarros, cujo consumo em meado do século XX, rondou, por ano, 2.500.00 toneladas em todo mundo.


A primeira plantação de tabaco na Ilha Terceira (Açores)


A primeira freguesia rural onde se experimentou a cultura do tabaco, foi no Cabo da Praia, concelho da Praia da Vitória. A iniciativa partiu do proprietário senhor João Homem de Menezes e data de 1865. Foi ainda nesta freguesia que a exploração da nicotina se manteve acesa. O terreno dedicado à cultura era aproximadamente de 35 hectares, ( 350 alqueires) com uma produção de 60 mil quilogramas; o número de pés de tabaco por alqueire variava nessa altura entre 1.500 a 1.800. A renda anual dessa unidade de terreno oscilava entre 1#000 a 10#000 reis. A sementeira fazia-se entre Janeiro e Fevereiro, em alfobres. A plantação decorria entre 15 de Março a 15 de Maio. A colheita, de 15 de Agosto a fins de Setembro.


Fábricas de tabaco na Ilha Terceira


Algumas fábricas de tabaco que existiram nesta Ilha, como por exemplo:
Angrense, de Ayres &C.ª, depois Avelar & Avelar C.ª, e por último de António Gil de Freitas, com alvará de licença de 10 de Setembro de 1884.
Fabrica Nicotina Angrense, de João Marcelino de Mesquita Pimentel, com alvará de 19 de Dezembro de 1866.
União Terceirense, de António Machado Ramos & C.ª, com alvará de Janeiro de 1884.
A de Emygdio Lino da Silva, com alvará de 2 de Abril de 1869.
A de George P. Dart, com alvará de Abril de 1889.
A última fabrica a laborar foi a Flôr d'Angra propriedade da firma José Braz & C.ª, que funcionou no Corpo Santo, Cidade de Angra do Heroísmo, actualmente Património Mundial.


Fonte: recorte dum Almanaque Açôres


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