Na sequência do que foi decidido oportunamente pela direcção Regional de Agricultura dos Açores e dos estudos a que nesse departamento oficial se procede com determinadas castas, em regime experimental, está já a produzir-se, (sem a inclusão, como é óbvio de produtores directos) vinho de mesa na Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico.
Com 11,5% vol., o branco da colheita de 1993 que provámos, trazido para o Continente, devidamente rotulado, por membros da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos (ilha Terceira), reúne as condições para ser consumido como bebida saudável que é. Resultante das castas Seara Nova, Arinto e Rio Grande, implantadas no concelho da Madalena em solo de origem basáltica, desagregado, de textura grosseira, o vinho que degustámos, de aroma intenso e sabor aveludado, equilibrado e harmonioso, revela uma qualidade muito satisfatória.
Para se chegar ao estado actual prestaram o seu contributo, de modo a que a ilha do Pico passasse a dispor de vinho de mesa, na verdadeira acepção da palavra, além dos técnicos de viticultura e enologia dos Açores, os Engenheiros Dias Cardoso da Estação Vitivinícola da Bairrada e Castro Costa, do I.V.V.
Recorde-se que, entretanto, pelo Decreto-lei n.º 17/94, de 25 de Janeiro, foram criadas nos Açores três zonas vitivinícolas: a dos Biscoitos, na Terceira, a do Pico e a da Graciosa.
Os vinhos Biscoitos e Pico são integrados na categoria comunitária de “vinhos licorosos de qualidade produzidos em região determinada” (VLQPRD), ao passo que os Graciosa ficam com a categoria de “vinhos de qualidade produzidos em região determinada (VLQPRD).
S.M.
In Revista de Vinhos n.º 56- Julho de 1994
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