domingo, 6 de fevereiro de 2011

Paços do Concelho de Angra do Heroísmo



No Espelho Cristalino, de Frei Diogo das Chagas, no manuscrito, refere na parte que toca à ilha Terceira (Cap.X – De quantos Corregedores tendo alcançado haverem vindo a estas ilhas) ter sido o corregedor Roque da Silveira que sucedeu ao desembargador, Francisco Botelho, quem fez fazer (sic) a Câmara de Angra e praça q, athe ali hera muy pequena, e lagear as ruas da cidade ao longo das casas.

O Padre António Cordeiro (História Insulana – Lisboa, edição de 1866, vol.II, pág. 46), sustentado na História dum Guedes, conta que os governantes da cidade fizeram a praça em 1610 e em 1611 levantaram os Paços do Senado da Camera e do Tribunal de Justiça, e audiência Geral, e as cadeas, enxovioas por baixo, e no meio huma alta torre de cantaria, e em cima os sinos e relógio da Cidade, com nobre mão para fora, que sempre mostra as horas que são.

A primeira Câmara de Angra estava situada a meio da actual Praça Velha. Por detrás dela existia uma pequena travessa que ligava a rua do Galo à Ladeira de S. Francisco.

O rossio, que existia primitivamente em frente da Câmara, passou a chamar-se Praça dos Santos Cosme e Damião. Drumond nos “Anais da Ilha Terceira” (tomo II, pág. 262), relata que durante muito tempo se chamou dos Cosmes e depois Praça Velha.

Para o alargamento da nova praça (a actual Praça Velha) alguns prédios foram demolidos.

Foi conhecida por Praça, Praça dos Santos Cosme e Damião, Praça dos Cosmes, Praça Velha, Praça da Restauração e Praça Velha.

Tomou a designação de Praça da Restauração por edital de 10 de Março de 1865, embora sempre fosse conhecida por Praça Velha.


O lançamento da primeira pedra dos actuais Paços do Concelho de Angra do Heroísmo deu-se a 11 de Agosto de 1849, começando a funcionar a 11 de Agosto de 1866.

Como curiosidade refira-se que a estátua em mármore, que ainda permanece no frontão da Câmara e que representa a cidade de Angra, teve como modelo uma campainha de ouro, oferecida ao município pelo Rei D. João VI.

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