(o anterior aqui)
-Nas revoluções, como nas guerras civis, os homens acham-se desterrados na sua própria pátria.
- As revoluções, quando não melhoram, deterioram necessariamente a sorte das nações.
-As revoluções embranquecem muitas cabeças, sem as terem amadurecido.
- As revoluções são como Saturno; devoram seus próprios filhos.
- As revoluções são como tufões; derribam e cegam outros com a poeira que levantam.
- Uma revolução é um baptismo de lágrimas e de sangue.
- Acontece nas revoluções o mesmo que nas lotarias; a perda é de muitos, e o ganho de poucos.
- Nas revoluções há duas espécies de pessoas, as que as fazem, e as que delas se aproveitam.
- Os que fazem as revoluções são, pela maior parte, os que agitam e turvam as águas, para outros pescarem nelas.
- O fruto das revoluções quase nunca o colhe quem as excita.
- As revoluções liberais trazem ordinariamente consigo a liberdade de direito, e a tirania de facto.
- As revoluções, agitando as sociedades, fazem sempre subir algum lodo à superfície.
- Na fermentação dos povos, como na dos licores, as escumas sobrenadam e ficam de cima, até que descem ou se evaporam.
- De todas as revoluções, as mais perigosas são as restaurações.
- Os autores das revoluções espantam-se, quando passando por diante da sua obra, observam o que têm feito.
- Os crimes fecundam as revoluções, e lhes dão posterioridade.
- Nas revoluções vêem-se brilhar um instante sobre o horizonte, e desaparecer, como meteoros, homens que se julgavam astros.
- As revoluções operam estranhas metamorfoses: os mesmos homens são nelas alternadamente vulgo e potentados.
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