Museu do Douro lança vinho Centenário de Manoel de Oliveira
O Museu do Douro prestou homenagem ao cineasta Manoel de Oliveira com o lançamento do Vinho do Porto “100 – Centenário de Manoel de Oliveira”. Trata-se de um Vinho do Porto raríssimo, um Tawny 100 anos, produzido na própria quinta de Manoel de Oliveira. Esta cerimónia tão especial para o Museu do Douro conta com a presença do cineasta mais internacional de Portugal, bem como do autor deste vinho ímpar, João Nicolau de Almeida.
Produzido na sua propriedade familiar, a Quinta da Portelinha, em Santa Marta de Penaguião (Baixo Corgo), este vinho é uma herança de vindimas das gerações passadas. O seu lançamento não é uma ideia recente. Segundo o próprio Manoel de Oliveira, a decisão de criar este vinho já é “antiga” e partiu do seu filho mais velho.
O cineasta conta que tudo começou quando, “há dez ou quinze anos”, ofereceu uma garrafa do vinho a um dos seus melhores amigos, Fernando Nicolau de Almeida, o pai do enólogo João Nicolau de Almeida. A sua reacção foi inspiradora. “Naquela altura, o pai Nicolau escreveu-me uma carta em que dizia: Isto é um vinho de museu!”*
O cineasta conta que tudo começou quando, “há dez ou quinze anos”, ofereceu uma garrafa do vinho a um dos seus melhores amigos, Fernando Nicolau de Almeida, o pai do enólogo João Nicolau de Almeida. A sua reacção foi inspiradora. “Naquela altura, o pai Nicolau escreveu-me uma carta em que dizia: Isto é um vinho de museu!”*
“Não tenho realmente receio em dizer que o vinho é extraordinário”, sublinha Manoel de Oliveira. O cineasta e o filho decidiram então deixar o vinho envelhecer um pouco mais, até completar 100 anos. Mais: decidiram ainda lançar o mesmo durante o centenário do cineasta. E como se trata de um “vinho de museu”*, o próprio Manoel de Oliveira fez questão de o lançar no “palco” que melhor representa o espírito do próprio néctar: o Museu do Douro.
Único e exclusivo, toda a produção do vinho “100 – Centenário de Manoel de Oliveira” envelheceu numa só pipa. “Este vinho deve ter sido de acordo com uma prática da altura, em que, quando uma vinha estava muito velha e o ano era bom, escolhiam essas vinhas para saibrar. Então, guardavam esse vinho, como relíquia”*, conta Manoel de Oliveira. Da responsabilidade do enólogo João Nicolau de Almeida, esta produção exclusiva de vinho foi engarrafada numa garrafa com a assinatura de Álvaro Siza Vieira.
Confesso apreciador dos vinhos da Região Demarcada, o Douro desde sempre atraiu as atenções de Manoel de Oliveira. Região que conhece muito bem e onde tantas vezes se inspirou, desde o longínquo “Douro, Faina Fluvial” de 1931, até ao mais recente “Vale Abraão” de 1993, o Douro sempre foi uma “personagem” presente na sua vida. A sua paixão pelo Douro é recordada na sua memória de um Douro antigo, trabalhador, sujo, receptáculo e via de transporte desse precioso néctar que é o Vinho do Porto.
Sendo o Museu do Douro o museu do território, fiel depositário da História de toda a região e, ao mesmo tempo, promotor de um Douro moderno e com futuro, nada melhor que esta casa para apresentar um vinho tão único como o mestre Manoel de Oliveira.
Único e exclusivo, toda a produção do vinho “100 – Centenário de Manoel de Oliveira” envelheceu numa só pipa. “Este vinho deve ter sido de acordo com uma prática da altura, em que, quando uma vinha estava muito velha e o ano era bom, escolhiam essas vinhas para saibrar. Então, guardavam esse vinho, como relíquia”*, conta Manoel de Oliveira. Da responsabilidade do enólogo João Nicolau de Almeida, esta produção exclusiva de vinho foi engarrafada numa garrafa com a assinatura de Álvaro Siza Vieira.
Confesso apreciador dos vinhos da Região Demarcada, o Douro desde sempre atraiu as atenções de Manoel de Oliveira. Região que conhece muito bem e onde tantas vezes se inspirou, desde o longínquo “Douro, Faina Fluvial” de 1931, até ao mais recente “Vale Abraão” de 1993, o Douro sempre foi uma “personagem” presente na sua vida. A sua paixão pelo Douro é recordada na sua memória de um Douro antigo, trabalhador, sujo, receptáculo e via de transporte desse precioso néctar que é o Vinho do Porto.
Sendo o Museu do Douro o museu do território, fiel depositário da História de toda a região e, ao mesmo tempo, promotor de um Douro moderno e com futuro, nada melhor que esta casa para apresentar um vinho tão único como o mestre Manoel de Oliveira.
O vinho para esta celebração é proveniente da Quinta da Portelinha, lugar da Veiga, onde o Marquês do Pombal cravou os primeiros marcos da Região Delimitada do Douro! Assim, ficaram meticulosamente seleccionadas as melhores exposições para uma boa maturação das uvas.
Este vinho do Porto Tawny tem 100 anos. Uma relíquia que foi engarrafada em garrafas desenhadas pelo arquitecto Siza Vieira. Envelheceu numa cave construída em 1776, num ambiente sombrio, vetusto, ideal para assegurar ao vinho uma evolução tranquila e saudável. Tal como Manoel de Oliveira ganhou com a idade.
É um vinho genuíno que traz consigo vida e muito para contar.
É tão rico que a cada prova se revela de uma maneira diferente. Neste mundo de complexidade, a cor revela-se com várias tonalidades, indo do topázio, amarelo e dourado até ao esverdeado dos vinhos, com longo e bom envelhecimento.
Ao cheiro, o primeiro contacto é macio e ténue, deixando depois exalar aromas de esteva, marmelo, tabaco, damasco, noz, caramelo, anis, flor de laranja. Eu sei lá !... É uma sequência de aromas interminável.
Na boca, o ataque é igualmente suave, com sabor a mel, aveludado, quase seda, passando pelo caramelo, cedro, chocolate, anis, mentol, e por aí fora ! … Tudo está muito bem equilibrado, com elegância e frescura, deixando um final de gosto intenso, prolongado e com uma complexidade só alcançada pelos grandes vinhos.
Enfim, um bom vinho digno de se beber à saúde de Manoel de Oliveira.
JOÃO NICOLAU DE ALMEIDA
Agradecemos à simpática Dr.ª Helena Freitas, grande apaixonada pelo Douro, o press release /Museu do Douro e texto de João Nicolau de Almeida elaborado para o evento de lançamento do Vinho do Porto Centenário de Manuel de Oliveira,que se realizou na sede do Museu do Douro (Peso da Régua) no passado dia 27 de Fevereiro.
Ao Presidente da Fundação Museu do Douro, Prof. Doutor José António Sarsfield Cabral, ao Cineasta Manoel de Oliveira e ao Enólogo João Nicolau de Almeida renovamos os parabéns.
Fotos do Museu do Douro
É um vinho genuíno que traz consigo vida e muito para contar.
É tão rico que a cada prova se revela de uma maneira diferente. Neste mundo de complexidade, a cor revela-se com várias tonalidades, indo do topázio, amarelo e dourado até ao esverdeado dos vinhos, com longo e bom envelhecimento.
Ao cheiro, o primeiro contacto é macio e ténue, deixando depois exalar aromas de esteva, marmelo, tabaco, damasco, noz, caramelo, anis, flor de laranja. Eu sei lá !... É uma sequência de aromas interminável.
Na boca, o ataque é igualmente suave, com sabor a mel, aveludado, quase seda, passando pelo caramelo, cedro, chocolate, anis, mentol, e por aí fora ! … Tudo está muito bem equilibrado, com elegância e frescura, deixando um final de gosto intenso, prolongado e com uma complexidade só alcançada pelos grandes vinhos.
Enfim, um bom vinho digno de se beber à saúde de Manoel de Oliveira.
JOÃO NICOLAU DE ALMEIDA
Agradecemos à simpática Dr.ª Helena Freitas, grande apaixonada pelo Douro, o press release /Museu do Douro e texto de João Nicolau de Almeida elaborado para o evento de lançamento do Vinho do Porto Centenário de Manuel de Oliveira,que se realizou na sede do Museu do Douro (Peso da Régua) no passado dia 27 de Fevereiro.
Ao Presidente da Fundação Museu do Douro, Prof. Doutor José António Sarsfield Cabral, ao Cineasta Manoel de Oliveira e ao Enólogo João Nicolau de Almeida renovamos os parabéns.
Fotos do Museu do Douro
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