Quem esteve pouco mais de meia dúzia de anos ausente da Ilha de Jesus e agora lá volta, será que a conhece?
Muitos dirão que a encontraram muito melhor, muito mais desenvolvida e bonita... que agora lá a vida é outra, tanto de dia como de noite...
É verdade. Tudo mudou. Pouco ou muito, mudou realmente, em variados aspectos.
Ainda bem. Não se pode viver sempre na "cepa torta".
Basta umas voltas por lá e, não será difícil verificarmos, por exemplo, a construção de grandes e modernas habitações sobre rochas e vinhedos da orla marítima. E, pelas estradas das diversas localidades, a substituição de alguma arquitectura tradicional daquela terra por grandes e bonitas casas iguais a tantas outras existentes em diversos locais, até países, onde se diz viverem com qualidade...
Muitos dirão que a encontraram muito melhor, muito mais desenvolvida e bonita... que agora lá a vida é outra, tanto de dia como de noite...
É verdade. Tudo mudou. Pouco ou muito, mudou realmente, em variados aspectos.
Ainda bem. Não se pode viver sempre na "cepa torta".
Basta umas voltas por lá e, não será difícil verificarmos, por exemplo, a construção de grandes e modernas habitações sobre rochas e vinhedos da orla marítima. E, pelas estradas das diversas localidades, a substituição de alguma arquitectura tradicional daquela terra por grandes e bonitas casas iguais a tantas outras existentes em diversos locais, até países, onde se diz viverem com qualidade...
Freguesia dos Biscoitos no dia 16 de Julho de 1999
Já se vêem, em competição ao comércio tradicional, as grandes superfícies comerciais onde se pode comprar muito de uma só vez, sempre que haja condições económicas para tal.
Também as estradas estão bem mais largas e as faixas de asfalto vão substituindo as canadas e estradas (ladeadas das belas hortênsias ou pelas Beladonas, conforme a época do ano...) encurtando as distâncias daquela redondinha Ilha de 396,75 Kms2 de superfície e, muitas vezes, vezes demais, a distância para aquela vida que, embora acreditando ser melhor do que esta, poucos estarão realmente interessados em atingir.
Fotos do dia 12 de Novembro de 2007
Há uns anos atrás, éramos diferentes também na paisagem e a diversidade despertava o interesse dos naturais e visitantes. Tal como outrora, é ainda a diversidade que dá maior encanto às localidades daquele torrão no Atlântico plantado e desperta a admiração de quem o visita e leva vontade de lá voltar. Por isso, façam progredir aquela nossa terra! Todos queremos o melhor para ela e ninguém lá está, penso eu, interessado no regresso ao Século A.C. mas...descaracterizar aquela Ilha será a solução? Será mesmo sinónimo de desenvolvimento? Será que as largas vias rápidas, ou auto-estradas, numa Ilha com as dimensões da Terceira, ( 30 Km /19Km) irão criar mais interesse a quem nos visita e maior conforto a quem lá vive? Serão mesmo uma prioridade?
Valerá mesmo destruir o que lá tem de diferente para ficarem iguais a tantos outros que até talvez gostassem de ter a oportunidade de viver num cantinho de uma ilha como a Terceira?
Foto do dia 12 de Novembro de 2007
Devagar, devagarinho, não se correrá o risco de ficarem reduzidos a asfalto e deixarem de habitar uma Ilha dos Amores? O que se poderá vir a chamar a esta porção de asfalto fabricada no Atlântico? Aeródromo? Aeroporto? Neste caso, sim , talvez um aeroporto de apoio à Base da Lajes. A Base Militar mais um?
É preciso, é urgente, encontrar alternativas para que a Ilha Terceira possa progredir mantendo e realçando a beleza natural que a caracteriza.
Fanda
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