sábado, 14 de maio de 2011

Calceteiros Angrenses (5)

Continuação do anterior


Almeida Garrett – João Baptista da Silva Leitão – (04.02.1799- 09.12.1854)

“Viveu entre os 9 e 17 anos na Ilha Terceira com o seu tio D. Frei Alexandre, Bispo de Angra. Adquire o grau de bacharel em Direito em 1820 na Universidade de Coimbra. Apoia e participa na revolução Liberal de 1820.

Eleito deputado pela Terceira, é um dos principais redactores do projecto da nova Constituição, redigindo ainda o decreto de 12 de Janeiro de 1837, com que D. Maria II atribui à cidade de Angra o título de “Heroísmo”, e em que acrescenta “Sempre Constante” ao “Muito Nobre e Leal”, tendo pendente a insígnia da Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

É também considerado o autor mais representativo do Romantismo em Portugal, pelas inovações que a sai obra trouxe, de onde se destacam: Frei Luís de Sousa, Viagens na minha terra e Folhas Caídas.”
In azulejo identificativo - Jardim público


“ (…) O Tio António Bendito, mais conhecido por Ti Bailhão, e que ainda tive a felicidade de conhecer nos meus tempos de estudante, foi um aficionado de mão cheia. Amante da Festa Brava, inoculado pelo vírus da Tauromaquia, o Tio Bailhão vibrava com o brilho e a garridice dos trajos, com a algazarra, a música e o salero dos artistas.

A sua paixão pela Festa Brava revela-se nesta história que ele próprio contou:

O Tio Bailhão descia o Alto das Covas incorporado no funeral de uma tia sua. Ao longe ouvia-se a música oriunda da antiga Praça de São João em dia de corrida. Eis senão quando soa o clarim a dar sinal para a saída das quadrilhas para as cortesias. Aquilo foi superior às suas forças. Não conseguiu resistir à tentação e correu para a Praça aonde assistiu à tourada. O Tio Bailhão estava convencido que a tia o teria compreendido e lhe teria perdoado. Eu também estou convencido do mesmo. (…)”

Carlos João Ávila –in A União de 11 de Fevereiro de 2009

Continua

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