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A Alcatra da Ilha Terceira
“A Alcatra começa no alguidar e no saber milenar das vasilhas de barro do Mediterrâneo oriental, de que ele guarda a sonoridade árabe do nome.
Na Ilha Terceira, nos Açores, consolidou forma especifica sendo o recipiente obrigatório para a confecção deste prato, religiosamente comido por todos quantos festejam, sobretudo os Domingos de Páscoa e da Trindade, o culto cristão, de origem medieval europeia, ao Divino Espírito Santo.
Entre o cozido e o assado a Alcatra tornou-se, em pleno Atlântico, lugar de encontro de sabores, onde a carne se vê envolvida pelo louro da Europa, a pimenta preta e cravinho da Índia e apimenta da Jamaica.
A Alcatra, para ser bem feita, tem de ser preparada e cozinhada na antevéspera e reaquecida umas duas vezes, na esteira das cozinhas antigas de raiz ibérica e flamenga.
Tudo isto é envolvido – no alguidar e no copo - por um vinho de Verdelho que se cultiva nas ilhas desde os descobrimentos, junto ao mar e trabalhado, também, pela sua ressalga.
Enfim falar do pão-de-leite, nem doce nem amargo, o certo para ensopar no molho e acompanhar!
Uma Alcatra da Terceira é o Mundo à mesa!”
Texto: Confraria da Alcatra da Ilha Terceira
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