quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Estado de D. Afonso VI na Ilha Terceira



Quando el-rei D. Afonso VI veio cumprir a “sentença de deposto” no Castelo de S. João Baptista na ilha Terceira (21 de Junho de 1669) compunha-se a sua corte e estado do seguinte modo:

Mordomo-mor, Manuel Nunes Leitão; camaristas, Martim Afonso de Melo e Sá, Luiz de Sá Miranda, Fernando de Barbalho Bezerra, Diogo Soares Pereira, e Estevam Augusto de Castilho que também exercia o cargo de Estribeiro – mor. Havia cinco guarda - roupas, cinco moços de câmara, um escrivão da ucharia e um vedor, um médico, um cirurgião, dois capelães, dois moços de capela, um mantieiro, seis reposteiros, um comprador, um mestre de cozinha, quatro oficiais e quatro moços, dois moços de prata e um varredor.

Conta-se que da comitiva fazia parte um cidadão espanhol, de Náron, daí o surgimento da palavra naião no vocabulário terceirense.

A 3 de Outubro de 1669 desembarcou na ilha Terceira um coche forrado de damasco vermelho; uma liteira grande e ou e outra pequena; seis formosos cavalos d’estado; seis rosins; seis mulas do coche; um sota cocheiro; um mestre de cavalaria; um picador; seis moços de estrebaria; quatro liteireiros e quatro moços do estribo.
Os arreios e jaezes do coche eram todos do maior preço e do mais esmerado asseio.

Fonte: apontamentos de Álvaro de Castro Menezes

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