A família Silveira e Paulo mandou demolir o Solar dos Noronha para no mesmo local construir este Palacete, sito na freguesia da Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Angra do Heroísmo.
Domingos Machado da Silveira e Paulo
Da sua bibliografia organizada pelo escritor Alfredo Luís Campos e publicada no jornal “O Dia”, extraímos os seguintes períodos:
“Domingos Machado da Silveira e Paulo nasceu em 1855, na ilha do Pico.
Ainda criança veio para esta cidade de Angra do Heroísmo, onde foi empregado do comércio, e por todos estimado.
Em 1870 embarcou para S. Tomé dedicando-se primeiramente á vida comercial, que por doença foi obrigado a abandonar três anos depois. Quando restabelecido dedicou-se á vida agrícola, para a qual tinha decidida vocação.
Principiou por empregado da importante fazenda “Monte Café”, administrada então por Nicolau José da Costa.
Em poucos meses conquistou, pelo seu amor ao trabalho e honestidade de carácter, a estima e confiança do seu patrão, ficando á frente do negócio quando este se ausentava.
Em 1878 passou o “Monte Café” a ser propriedade da família Chamiço.
Devido ás sobejas provas que Domingos Machado da Silveira e Paulo havia dado do seu inteligente tacto administrativo, foi a pedido do então governador do Banco Ultramarino, conselheiro Chamiço, principal proprietário da referida propriedade encarregado por conta do mesmo Banco, da fazenda “Água-Isé”.
Isto sucedeu quando S. Tomé atravessava uma época de crise difícil, mas o novo administrador houve-se por forma tal que mereceu os maiores elogios, os quais se acham consignados no relatório do Banco, quando a direcção teve de prestar contas dos seus actos á assembleia geral.
Daqui resultou a muita consideração que lhe votaram o conselheiro Chamiço, e toda a direcção do Banco.
Foi presidente da Câmara Municipal de S. Tomé.
E 1880 veio, a Angra do Heroísmo, visitar a sua família.
Em 1881 o seu irmão, João Jorge da Silveira e Paulo, comendador, rico proprietário e capitalista, resistente em Lisboa, veio para Angra do Heroísmo estudar; e em 1882 seguiu para S. Tomé, onde sob a direcção e influência do prestigioso e respeitado nome de seu irmão, aprendeu a trabalhar alcançando a grande fortuna.
Domingos Machado da Silveira e Paulo foi casado duas vezes.
A primeira com a terceirense D. Maria de São Guilherme Machado da qual não houve descendência. Faleceu em S. Tomé em 9 de Junho de 1891, aos 20 anos de idade. Os seus restos mortais foram trasladados para o cemitério do Livramento da cidade de Angra do Heroísmo, e estão em jazigo da família.
A segunda com sua sobrinha D. Olívia Soares da Silveira, da qual houve sete filhos.
Domingos Machado da Silveira e Paulo faleceu a 19 de Junho de 1907.”
AA-1909
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