A Ilha de Jesus Cristo, mais conhecida pela Ilha Terceira, foi a terceira ilha a ser descoberta pelos destemidos navegadores de então, que desafiavam a fúria do mar em frágeis naus, que ali aportavam, segundo rezam os escritos que chegaram aos nossos dias.
Foi povoada por continentais que desbravaram terreno para se abrigarem das intempéries, alimentando-se do que a terra lhes dava ou do que sabiam fazer com a alimentação dos conhecimentos que possuíam.
Foi povoada por continentais que desbravaram terreno para se abrigarem das intempéries, alimentando-se do que a terra lhes dava ou do que sabiam fazer com a alimentação dos conhecimentos que possuíam.
Os primeiros povoadores fizeram-se acompanhar de animais que lhes forneciam o leite que bebiam e a carne que comiam, sem variações ou requintes de confecção. Cozinhavam o que havia e como podiam, nas fogueiras de chama lenta, alimentadas com gravetos que por ali existiam. Horas de cozedura? Muitas naturalmente. Mas, decerto ninguém tinha relógio que lhes indicasse se a carne já estava ou não pronta a ser repartida por todos os que se sentavam ao redor da fogueira.
Entre as "receitas" de então, que nunca se perderam no tempo, sem dúvida que a "Alcatra" ganhou terreno de confecção, porque alguém a passou de boca em boca, acompanhou os séculos e chegou aos nossos dias.
Embora existissem muitos pratos de que os terceirenses se podem orgulhar, a Alcatra é sem dúvida o ícone da gastronomia da Ilha, e é dela que falam com grande orgulho, dando-a a conhecer além fronteiras - a Alcatra emigra também.
Esta introdução vem a propósito da Alcatra ter ganho o primeiro prémio, a nível nacional, no concurso gastronómico da Amadora, por iniciativa da Confraria Gastronómica da Amadora, em parceria com o Movimento Amadora Viva e com o patrocínio da sua Câmara Municipal.
O Concurso foi dirigido a todas as Confrarias de Portugal, fossem báquicas ou gastronómicas, apresentando-se a concurso cerca de 20 Confrarias, entre as quais a Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, que concorreu com a Alcatra, confeccionada a preceito, com Vinho de Verdelho dos Biscoitos gentilmente oferecido pela Casa Agrícola Brum.
Este Concurso decorreu durante os meses de Outubro e Novembro, finalizando com uma cerimónia na Quinta do Profeta, na qual estiveram presentes todas as confrarias concorrentes, entidades oficiais, convidados e a comunicação social, sendo saudados pela Grã Mestre da Confraria Gastronómica da Amadora, Irene Gonçalves, que agradeceu a colaboração recebida de todas as Confrarias, procedendo depois à entrega dos prémios, menções honrosas e certificados de presença.Em todos os rostos notava-se uma certa ansiedade à medida que as Confrarias eram chamadas. Finalmente um último chamamento, 1.º Prémio nível Nacional: Alcatra da Ilha Terceira, levada a Concurso pela Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos.
O momento, como já se disse, foi de emoção. Presentes à cerimónia o Grão Mestre Jácome de Bruges e a Vice- Grã Mestre Irene Ataíde, que arrecadaram a Taça, que desde ontem já se encontra na Ilha Terceira, levada pelo Grão Mestre da C.V.V.B.
Julgo que é motivo de orgulho para todos, especialmente pela entidade que a levou a concurso, e maior responsabilidade para os terceirenses, que cada vez mais devem estar vigilantes, para que a nível de restauração quem a quiser manter na sua carta, deve respeitar a sua confecção e produção.
Julgo que é motivo de orgulho para todos, especialmente pela entidade que a levou a concurso, e maior responsabilidade para os terceirenses, que cada vez mais devem estar vigilantes, para que a nível de restauração quem a quiser manter na sua carta, deve respeitar a sua confecção e produção.
I.A.
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