quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Biofontinhas

Desde há algum tempo para cá que se tem observado uma crescente procura por produtos mais ecológicos, fruto de novas preocupações sociais e ambientais. Por alguns supermercados e hipermercados do país, reserva-se já destacado espaço para produtos de origem biológica. Com tanta informação a bombardear o nosso sossego doméstico, hoje desconfiamos da maçã luzidia e da banana colombiana!
Revela-se então um latente nicho, repleto de oportunidades, num mercado excedentário já saturado. Oportunidades que Avelino Ormonde soube aproveitar ao criar Biofontinhas. Trata-se de um projecto de produção agrícola, sediado na Freguesia das Fontinhas, que pratica técnicas de cultivo sustentadas na filosofia da agricultura biológica. Não utiliza fertilizantes químicos e pesticidas! Utiliza técnicas e produtos que permitem uma agricultura suficiente produtiva e sustentável a longo prazo, sem afectar o ambiente e a saúde. Aqui aposta-se forte na qualidade, sem prejudicar todas as benesses que cada produto tem para a saúde humana. Inicialmente praticando uma agricultura mais convencional, Avelino Ormonde repensou a sua posição no mercado e acabou por acertar em cheio. Biofontinhas é nome registado e tem chamado a atenção de grandes tubarões da distribuição além-mar.
Considerando que o crescimento económico sustentável dos Açores tem na agricultura um dos seus principais alicerces, com este tipo de investimento, a Ilha Terceira vê a sua agricultura rejuvenescida. É preciso ir ao encontro das novas necessidades de mercado, apostando na qualidade dos nossos produtos e na sua diferenciação, para que sobrevivam num competitivo mercado de massas. Não devemos esquecer, porém, que o nome Açores é já por si só um selo de qualidade.

Este “autodidacta”, como se refere a si próprio, visitou o Museu do Vinho da Casa Agrícola Brum, dando-nos a conhecer um pouco do seu ecológico projecto de cultivo e respectiva distribuição, a um passo do franchising.

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