sexta-feira, 1 de junho de 2012

Festas do Espírito Santo (11)



“Após a introdução do culto do Espírito Santo nos Açores, sob a forma de Império, em finais do século XV, as razões para a sua permanência devem-se ao facto destas festas serem as que melhor permitiram o entendimento entre os diversos povoadores e se enquadram num espírito de solidariedade necessário na luta contra as dificuldades; pela simplicidade do elemento material necessário; pelo peso da hierarquia não ser tão forte nas repressões devido ao papel evangelizador dos franciscanos e à incorporação destes valores pelo clero local; pela resistência à dominação política filipina, na afirmação das tradições locais; pela construção de pequenos edifícios para impérios e pelo apoio da emigração açoriana.  
A decadência do culto, a que actualmente se assiste, deve-se à passagem de uma cultura agrária a uma cultura urbana feita de serviços e de consumo, e porque as formas de solidariedade vão-se transferindo das famílias e vizinhança para a responsabilidade estatal, à medida que crescem sentimentos e práticas individualistas e se debilita (ou depura) a fé. 
Tal como na Escritura, também no culto popular do Espírito Santo, há uma iconografia própria. Como símbolos, destaca-se a coroa, o ceptro, o bastão, a bandeira, o império (edifício) e o menino (inocência), que têm a ver com o exercício da soberania e a garantia da justiça, atribuídas ao Espírito Santo.” 
(…)
( Pe. Hélder Fonseca Mendes, Vigário Geral da Diocese de Angra - Agência Eclesiástica) Ler mais aqui.


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