Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República de Cabo Verde e Lígia Dias Fonseca, sua mulher e conhecida advogada, nascida em Moçambique, acompanhados da filha Rita, estiveram em gozo de férias nos Açores, entre 23 e 29 do último mês de Agosto, tendo visitado São Miguel e Terceira.
O programa da visita foi cuidadosamente preparado pelo Representante da República para a R.A.A., embaixador Pedro Catarino e pelo cônsul de Cabo Verde nos Açores, Jácome de Bruges Bettencourt.
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O casal Presidencial com o Consul de Cabo Verde nos Açores e o Dr. Avelino Santos
Entre as visitas efectuadas destacamos aqui, a realizada ao Museu do Vinho da Casa Agrícola Brum, Lda., tendo a Família Brum dado a provar vários vinhos generosos (Chico Maria) e de mesa (Donatário, Ramo Grande e Da Resistência), da casta Verdelho, de sua produção, que foram acompanhados com queijos da Terceira (Bravo, Castelinho e Vaquinha), merecendo tudo isto o apreço do casal presidencial cabo-verdiano.
Jorge Carlos Fonseca ocupa a cadeira do mais alto magistrado da nação cabo-verdiana, após vencer eleição, tornando-se o 4º Presidente da história do país, há dois anos e é um grande Amigo de Portugal. Nascido em 1950 no Mindelo, é licenciado e mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e foi assistente da mesma de 1982 a 1990. Foi professor convidado no Instituto de Medicina Legal de Lisboa e Director residente, bem como Professor Associado da Faculdade de Direito de Macau, Presidente e Professor Auxiliar do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais, entre outras funções que tem desempenhado com a maior competência.
Entre 1975 e 1977 foi Director-Geral da Emigração de Cabo Verde e de seguida, até finais de 1979, Secretário-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Foi alguns anos Ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo da II República de Cabo Verde. Está ligado a várias publicações, entre elas a revista cabo-verdiana Direito e Cidadania por si fundada e dirigida. Foi autor dos novos códigos Penal e do Processo Penal e da Lei das Infracções Fiscais Aduaneiras de Cabo Verde (1993-1996). É autor de mais de uma dezena de livros e de cerca de uma centena de trabalhos científicos e técnicos na área do Direito publicados no seu país e no estrangeiro. Tem dois livros de poesia. Jorge Miranda realça-lhe no prefácio que fez para um dos mencionados livros o seu enorme prestígio nos países de língua portuguesa, na África e na América Latina, graças à sua excelente formação de base e o seu espírito analítico e inquieto, próprio dum percurso intelectual, bem firme no chão natal e, simultaneamente, voltado para horizontes abertos.
Recebeu o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (11 de Junho de 1912) e a Ordem de Nª. Sª. da Conceição de Vila Viçosa, entregue por D. Duarte, Duque de Bragança (12 de Novembro de 2012) e condecorado várias vezes pelo Estado de Cabo Verde. Titular do Estatuto de Combatente da Liberdade da Pátria, entre outras distinções.
O casal a todos surpreendeu pela sua simpatia e simplicidade.
P. de L.
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