Data célebre e gloriosa em que, pelo Capitão-mor Francisco de Ornelas da Câmara Paim, foi soltado o grito de independência na vila da Praia da Vitória – o primeiro que ouviram rochedos açorianos.
Foi nesta data que baqueou opressão castelhana nos Açores, pois que apesar de, desde 6 de Dezembro de 1640, estar a governar um rei português que os conjurados do dia 1º de Dezembro foram buscar á tranquilidade do Paço dos Bragança em Vila Viçosa, de que era oitavo Duque, neste arquipélago continuavam a governar os castelhanos, escudados com a fortaleza de S. Filipe de Angra, baluarte inexpugnável, de que era governador D. Álvaro de Viveiros.
No dia 24 de Março – Domingo de Ramos - foram, no adro da Matriz, levantados vivas ao rei D. João IV com gritos de abaixo a tirania, por Francisco de Ornelas da Câmara. Saindo, de seguida, da igreja uma procissão com a câmara municipal, a nobreza, o clero e muito povo e o sargento-mor Sebastião Cardoso Machado, sendo pelas ruas aclamado D. João IV e a Liberdade.
A 27 desse mesmo mês o graciosense Fr. Diogo de Chagas conseguiu a aclamação na vila de S. Sebastião.
Depois de alguns combates em Angra foi aclamado o novo rei no dia 31, saindo da Sé uma imponente procissão em que se incorporaram a câmara, cabido, religiosos e povo em direcção aos paços do concelho, onde foi feita a aclamação.
Fonte: Açores 1930
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