O anterior
Divino Espírito Santo – Padroeiro dos Habitantes da Ilha do Faial
Império dos Nobres - Rua da Misericórdia – actual Rua D. Pedro IV.
Todos os anos, pelo Pentecostes, a Câmara Municipal da Cidade da Horta, cumpre o voto do Povo da Ilha Faial, realizando as solenes Festas do Espírito Santo, na sequência da grande erupção vulcânica de 24 de Abril de 1672, entre a Praia do Norte e o Capelo (Cabeço do Fogo), dando origem ao Império dos Nobres.
“ (…) tomando todos os moradores d’esta ilha para seu protector e padroeiro della immemoravel o mesmo Divino Espírito Santo” (…) in auto da Câmara de Villa da Horta, de 18 de Maio de 1672.
Perante esta realidade que, ao fim e ao cabo, é de certo modo desconhecida do grande público faialense e porque as festas são, indubitavelmente, as mais marcantes na idiossincrasia destas gentes e as que maior número de participantes congregam, em todos os locais e freguesias da ilha, atrever-nos-íamos a deixar um alvitre:
Qual a razão se não aproveitar esta facto, celebrado dentro desta quadra o “Feriado Municipal” deste concelho?
Sendo certo que a Assembleia Legislativa Regional dos Açores consagrou como Feriado Regional” (Dia da Região) a segunda-feira do Espírito Santo, no que, em nosso entender, revelou uma elevada sensibilidade politica perante o sentir de toda uma população açoriana, faria todo o sentido que o dia seguinte, Terça-Feira do Espírito Santo, fosse o “Feriado Municipal” do concelho da Horta, por sinal o único desta ilha do Faial.
Se atendermos a que nesse dia ainda, em quase todas as suas freguesias rurais, se realizam “Impérios” e que quase todas as entidades patronais faialenses concedem tolerância de ponto aos funcionários do período após o almoço daquele dia;
Considerando também que esse dia tem, consequentemente, maior significado que o actual feriado (24 de Junho), dia de S. João, o qual nem assinala a data da passagem a Vila, que se desconhece, nem coincide com a passagem a cidade (4 de Julho de 1833).”
In Maria de Lemos – “O Culto do Espírito Santo - sua práticas na ilha do Faial”, p.85 - FaiAlentejo 2007
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