segunda-feira, 31 de maio de 2010

Império dos Quatro Cantos - Bicentenário 1810 – 2010 (6)

“Bicentenário Império dos Quatro Cantos 1810 – 2010” é o nome de um álbum fotográfico, com fotos referentes a várias épocas do mesmo Império, da autoria de Guilherme Couto.

Para assinalar esta data festiva foi, também, editada uma medalha comemorativa (aqui).

(continua)

Império dos Quatro Cantos - Bicentenário 1810 – 2010 (5)


Selo Postal comemorativo

A Junta de Freguesia da Sé de Angra do Heroísmo associando às comemorações do Bicentenário do Império dos Quatro Cantos lançou um selo postal, em edição limitada.

Já anteriormente a mesma Junta havia apresentado três selos postais, edição limitada, referentes às Igrejas da Sé, do Colégio e da Misericórdia.

(continua)

Três amigos da “Da Resistência”

Vindos da ilha de São Miguel, onde se encontram a estudar biologia marinha na Universidade dos Açores, estão na Terceira Miguel Barreto (ilha Canárias); Daniel Queimalinos Pérez (Redondela - Galiza) e Elias Fernandez Couso (Galiza).
Durante a estada na Ilha Terceira entraram, descontraidamente, em território “Da Resistência”.
Ainda no Museu do Vinho degustaram vinho produzido com uvas das curraletas da região (de)terminada dos Biscoitos.

domingo, 30 de maio de 2010

Domingo da Trindade nas Fontinhas

(2º Domingo de Bôdo)

Terminada a Coroação e Missa saiu o Imperador e Mordomo da Igreja a caminho da Despensa e do Império. Seguindo-se a bênção do pão e do vinho. E, houve Bôdo!

No Domingo da Trindade,
Todo de seda, coroei.
Ai, água! Se Deus a dava!
Tais penas! O que eu chorei!

(Vitorino Nemésio- Festa Redonda)


Cada bombardino é um sol,
Cada trombone um aulido,
Cada caixa uma vidraça,
Cada requinta um gemido.

(Vitorino Nemésio- Festa Redonda)

Fui correr bodos contigo
Trouxe a rosquilha no braço
Pão de cabeça à capota
Alfenim no teu regaço.

(Vitorino Nemésio- Festa Redonda)

O vento da madrugada
Vem doce, tocou nas Ilhas:
Passou-te rente das mãos,
Estavas a tender rosquilhas.

(Vitorino Nemésio- Festa Redonda)


Minhas primas das Fontinhas,
Dos Biscoitos e da Agualva
Tinham um lindo cabelo,
Olhos escuros, pele alva.

(Vitorino Nemésio- Festa Redonda)

A tua blusinha branca
Que tem, que a vejo pulsar?
Serão rosinhas a abrir
Ou pão doce a levedar?

(Vitorino Nemésio- Festa Redonda)


Subam foguetes briosos
E soem palmas batidas,
Que o meu bem foi proclamado
Rainha das escolhidas.

(Vitorino Nemésio- Festa Redonda)


1º Domingo de Bôdo nas Fontinhas aqui


Família Bader nos Biscoitos

Aproveitando a estada na Base Americana das Lajes, a Família Bader, Frank, Annette e Matt, visitou a Terceira na companhia de Marco Mendonça.

Nos Biscoitos visitaram o Museu do Vinho

sábado, 29 de maio de 2010

O elogio do Blog “Folkosfera” ao GFFNI









(Ler o elogio completo, também, por aqui)


Agradecemos ao blog Folkosfera as simpáticas palavras que dedicou ao Bagos d'Uva.

Império dos Quatro Cantos – Bicentenário 1810 – 2010 (4)


Folia nas ruas da cidade de Angra

Em 1974, Bezerros com “Pèsinho”


Rua de Jesus, freguesia da Sé - 5 de Junho de 1974 -09h00. Passeio dos bezerros enfeitados e acompanhados pelo “Pèsinho dos bezerros”.

Ontem, 28 de Maio de 2010


17h00- na Rua Recreio dos Artistas (Quatro Cantos)

Vozes e acordes do “pèsinho dos bezerros” assim denominado para se distinguir do “Pèsinho do Balho, saiu da Rua Recreio dos Artistas, percorrendo algumas artéria da freguesia da Sé.
Os cantadores: João Leonel, Eliseu, Carlos Andrade, Mota e José Fernando foram acompanhados à viola por Jorge Rosa e André Silveira, e ao violão por Orivaldo Chaves e Manuel Martinho.


(continua)


Combatentes no território “Da Resistência”

Encontram-se a comemorar com suas famílias, na ilha Terceira, os 47 anos da partida para Angola, antigos militares da 1ª Companhia de Policia, que prestou serviço na B.A.9 de Luanda (1963/65),

Nos Biscoitos cumpriram mais uma missão: visitar o Museu do Vinho e saudar com Verdelho o seu camarada Euclides Álvares, ausente nos EUA.

Esta comemoração tem sido coberta pelos jornalistas Tibério Carreiro e Ildeberto Rocha, da Estação KIGS.

Império dos Quatro Cantos – Bicentenário 1810 – 2010 (3)

Bênção das esmolas

Quatro Cantos - 27 de Maio de 2010

Antes da distribuição das esmolas a bênção da Carne, do Pão e do Vinho pelo padre Hélder, Pároco da Sé.

(continua)

Império dos Quatro Cantos – Bicentenário 1810 – 2010 (2)

Azulejo comemorativo

22 de Maio de 2010- foi descerrado um azulejo comemorativo do Bicentenário, pelo Sr. Basílio Sousa (presidente da Junta da freguesia da Sé) e pela Dr. Andreia Cardoso, presidente da edilidade angrense. Presentes autoridades civis, militares, religiosas, representantes de agremiações ligadas à cultura e população.

Painel comemorativo produzido por Maria Aurélia Rocha
(Cinco Ribeiras-ilha Terceira)


Comissão de Festas do Bicentenário:
Guilherme Couto; Anacleto Alves; Bento Gonçalves; Eduardo Sousa; Manuela Couto; Lurdes Gonçalves; Rosália Pais; Maria C. Pereira; Lucinda Barcelos e Diana Toledo.


Fotos: “O Fotógrafo” e Luís Mendes Brum

(continua)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Império dos Quatro Cantos – Bicentenário 1810 – 2010 (1)


Há cem anos

Império dos Quatro Cantos. Séc. XIX-XX


Auto da colocação da lápide comemorativa da inauguração do Império do Divino Espírito Santos do Lugar dos Quatro Cantos:

No ano do nascimento de Nosso senhor Jesus Cristo de mil nove centos e dez, centésimo Aniversário da instalação do Império consagrado Terceira Pessoa da santíssima Trindade, situado na antiga rua do Pintor, hoje Rua do conselheiro Nicolau Anastácio (actualmente Recreio dos Artistas, lugar dos Quatro cantos, freguesia da Sé, achando-se o Emblema do Divino Espírito santo depositado em casa do excelentíssimo Doutor Alfredo da silva Sampaio, ali se reuniu o cortejo, composto da irmandade e mais pessoas convidadas para abrilhantar o acto solene a que se ia proceder.
A inauguração da lápide Comemorativa do primeiro centenário do referido Império, mandada colocar pela Gerência Administrativa na fachada do edifício.
Saindo o préstito, acompanhando as coroas e bandeiras pertencentes á dita irmandade, se dirigiu aquele processionalmente para o lugar do Império, onde pelo ilustre Deão da Sé Catedral Excelentíssimo Doutor José dos Reys Ficher foi desvendada a lápide Comemorativa, feita em pedra mármore, tendo inscrito a seguinte legenda:


1º Centenário
1810 - 1910

A Comissão estava assim constituída:

Aniceto António dos Santos; Manuel Moreira Morais Ferreira: Mateus Vieira Pereira, João Pereira Forjaz de Lacerda, Francisco de Paula Moniz Barreto, José dos Santos, Manuel Martins de Aguiar Ramalho.

Fonte: In Frederico Lopes no ilha Terceira - Notas etnográficas
Foto: José da Silva Maya (1908)
Arquivo: Luís Mendes Brum

(continua)

Império dos Quatro Cantos – Bicentenário 1810 - 2010

Estatutos

Por disposições do art.º 29º do Dec. N.º 23, de 16 de Maio de 1832, e Portaria de 3 de Janeiro de 1838, todas as Irmandades eram obrigadas a regerem-se por Estatutos aprovados pelo Governo Civil. Contudo, nem todos acataram tais determinações. (…)

Os mais antigos que conseguimos obter são os que pertencem ao Império dos Quatro Cantos (freguesia da Sé) da cidade de Angra do Heroísmo.

Século XIX-XX .Rua da Sé.
Coroação do Espírito Santo do Império dos Quatro Cantos.

Estatutos feitos e aprovados pela Irmandade em 11 de Junho de 1868.

-In Nomine et Gratia Spiritus Santcti-

"Auto de estatutos do Império do Espírito Santo dos Quatro Cantos, da Rua do Pintor, freguesia da sé do santíssimo Salvador, desta cidade de Angra do Heroísmo, etc.

No ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos sessenta e oito, e aos onze dias do mês de Junho, nesta Muito Nobre Sempre Constante Cidade de Angra do Heroísmo da ilha 3ª, estando reunidos a Comissão Administrativa nomeada pela Irmandade do Império dos Quatro Cantos da freguesia da Sé desta mesma cidade os baixo assinados por todos foi concordado unanimemente, e decidiram que por sua devoção, querem continuar com o Império do Divino espírito Santo a cima declarado e nele exercitarem Obras de caridade com as Esmolas que naquele dia se costumam fazer aos pobres; a cujo fim se fizeram os estatutos seguintes, para o bom regime de toda a Irmandade e haver um procedimento que seja de agrado de Deus e que excite o publico à Devoção e Culto, que deve tributar do mesmo Divino Espírito Santo dos Quatro Cantos".

Fonte: In Frederico Lopes no ilha Terceira - Notas Etnográficas
Foto: José da Silva Maya (séc. XIX-XX)/Arquivo: Luís Mendes Brum

(continua)

"Isabella" em Angra


Depois de ter saído de Agero (Dinamarca), em Julho de 2009, tocando portos e marinas das Canárias e da Madeira, esteve atracado à marina da baía d’Angra o Iate Isabella.
No regresso o Isabella rumará à Irlanda e Escócia, com chegada prevista à Dinamarca para o verão de 2010.


A sua tripulação constituída pela Família Stenbog, Rose (9 anos), Johan (13 anos), Rikke (41 anos) e do Skipper Per (43 anos), durante a estada na Ilha Terceira, visitou nos Biscoitos a região (de)terminada, as típicas curraletas com vinhas e o Museu do Vinho.
Ainda em território “Da Resistência” tiveram a oportunidade de degustarem massa cevada e vinho produzido com uvas da casta Verdelho, um descendente directo do da rota das Índias ou das especiarias.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

25º Aniversário do GFFNI (56)


Trabalho e dedicação

Durante uma semana e integrado nas comemorações do seu 25º aniversário, o Grupo Folclórico “Fontes da Nossa Ilha”, da freguesia das Fontinhas, festejou, com trabalho e dedicação, o Senhor Espírito Santo: uma “Função”.


Foi no terreiro, frente do Império, da Dispensa e dos “Carros de Toldo”, que o GFFNI recebeu os maiores aplausos por mais esta iniciativa.
Aqui e ali comentava-se, “há muitos anos que não tínhamos nas Fontinhas um Domingo do Bodo como este”.
No arraial vimos alegria e alguma comoção espelhada nos rostos de fontanhenses e de alguns forasteiros.

Manter viva a cultura e a tradição dum povo é a melhor lição do futuro. Bravo!


Agradecemos ao Grupo Folclórico "Fontes da Nossa Ilha" todas as atenções que tiveram para connosco.

Bem hajam.

25º Aniversário do GFFNI (55)

GFFNI bailou no arraial do Bôdo

Vieram a terreiro várias modas do nosso folclore, como a “Charamba”, os “Olhos Pretos”, “O Ladrão” e “As Palmas”.


(continua)

II Gala da Real Extudantina dos Açores

A Real Extudantina dos Açores (RExA) realizará no próximo dia 29 de Maio a sua II Gala, pelas 21h30, no Auditório do Ramo Grande na Praia da Vitória.
O espectáculo, que será apresentado por Dulce Teixeira e Ricardo Martins, contará com a presença da RExA e do músico Luis Bettencourt que será homenageado no decorrer do espectáculo. Irão actuar ainda as tunas: N.E.P.T.U.N.A. da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo e a Tuna Académica Sons do Mar da Universidade dos Açores.
Os bilhetes têm o preço de 5 euros e poderão ser adquiridos junto dos elementos da RExA ou na bilheteira do Auditório do Ramo Grande no dia 29.
Após o evento, realizar-se-á um “After Party” no Bar Blues, na referida cidade.
A Real Extudantina dos Açores nasceu na noite do Samhain (31 de Outubro) de 2007 quando 5 antigos Tunos se reuniram para firmar uma vontade que havia surgido.
Desde aquela noite e durante um ano, antigos estudantes universitários e membros de Tunas Académicas dos mais diversos pontos de Portugal, convergiram para o mesmo objectivo. Sob o lema “Uma vez Tuno, para sempre Tuno”, a união de diversas experiências e vivências, o gosto pela música, pela amizade e pela vida, lideraram a vontade de todos os elementos da Extudantina.
Todos estes factores permitiram que no dia 24 de Janeiro de 2009, o Auditório do Ramo Grande na Praia da Vitória acolhesse os primeiros acordes públicos daquela que é a mais jovem tuna dos Açores.

Fonte: Real Extudantina dos Açores

quarta-feira, 26 de maio de 2010

25º Aniversário do GFFNI (54)

II- Um arraial á antiga

Meu coração, ao morrer,
Não pára, não arrebenta
Como a corda da viola
Quer a cravelha não aguenta.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda

Tu deste-me um pão de leite
Cu’a rosa na cabeça,
Para que eu saiba que és rosa,
Como se eu de ti me esqueça!

Vitorino Nemésio -Festa Redonda

Quando estás triste comigo
Não negas a gentileza:
Fancas o queixo no peito,
Ergues-te logo da mesa.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda


Não quero rir, que me cansa,
Nem chorar, que me faz pena:
Quero ter a alma limpa
Como quando era criança.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda


Alcatra, confeitos, vinho
Enchei o meu coração,
Que faz mais barulho ardendo
Que um tambor de folião!

Vitorino Nemésio -Festa Redonda


Sonhei que, á força das lágrimas,
Já não eras mulher, não!
Eras a pinga do caldo
E o conduito do meu pão

Vitorino Nemésio -Festa Redonda

“Olhos pretos”, diz a moda:
Eu sei lá de que cores são!
São azuis se olhas para o mar;
Negros, se os poisas no chão.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda


Ponha aqui o seu pezinho
Ao pé do meu coração:
Uma coisa delicada
Tem lugar de estimação.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda

Quando te pões pensativa
Conheço-te plo cabelo:
Cai-te um fiinho nos olhos,
Só eu é que posso vê-lo.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda


Ó cantiga, cala a boca!
Quem te chamou a terreiro?
Amor que não tem remédio
Só calado é verdadeiro.

Vitorino Nemésio – Festa Redonda


Namorei-te pelos Bodos,
Deste uma fala a meu pai,
Casámos pelo SãNunca…
Oh meu Deus, onde isso vai

Vitorino Nemésio – Festa Redonda

(continua)

25º Aniversário do GFFNI (53)


I -Um arraial à antiga


Açafate de pão alvo
Quer erva-santa ao redol:
Um home carece esposa
Como trigo pede sol.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda

Altas, airosas, croando
As janelas das Fontinhas,
As minhas primas, coitadas,
Só na saudade são minhas!

Vitorino Nemésio -Festa Redonda

Namorando mocetões,
Nenhuma me quis, mas todas
Me deram seus olhos puros
E doces das suas bodas.

Vitorino Nemésio -Festa Redonda


Elas cá vão, correr bodos
E bailar à moda antiga
Nas quatro rodas pintadas
Dos versos desta cantiga

Vitorino Nemésio -Festa Redonda

O meu, é o "Chico"...

(continua)