terça-feira, 30 de setembro de 2008

Coral de Florianopolis

Este Grupo pertence à Associação Coral de Florianopolis tendo como regente Pier Giorgio de Lucia. Todos os seus elementos são formados na área musical e com um invejável curriculum. No Arquipélago açoriano já actuaram em S. Miguel e Terceira.

O Coral deslocou-se aos Açores para participar no II Encontro Internacional de Coros da Ilha Graciosa, que decorre na Vila de Santa Cruz, evento organizado pelo Coro da Matriz de Santa Cruz, com o apoio da Câmara Municipal de Santa Cruz, Museu da Ilha Graciosa e Associação dos Bombeiros da Ilha Branca.

Na Terceira visitaram alguns pontos de interesse.

Durante a manhã de ontem visitaram a pé a cidade Património Mundial, Angra do Heroísmo, na companhia do Dr. Francisco dos Reis Maduro-Dias, conhecido investigador, historiado, museólogo, Presidente do Instituto Histórico da Ilha Terceira, Grão – Conselheiro da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos e antigo Director do Gabinete da Zona Classificada de Angra do Heroísmo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

RTP-Toiros nos Biscoitos

Ontem, dia da tradicional tourada à corda no Porto dos Biscoitos, a dupla Francisco Faria e Fernando Nascimento do programa Festa Brava da RTP-Açores andaram em reportagem naquela zona vinhateira da ilha Terceira. Recordar esta "peregrinação taurina" e colher imagens do local, onde "a Ilha cai" anualmente, esteve nos objectivos do jornalista Francisco Faria.
Deixamos aqui a foto referente à passagem pelo Museu do Vinho dos Biscoitos (Casa Agrícola Brum Lda.) desta equipa da Delegação da RTP-Açores na ilha Terceira.

Astoria na Praia da Vitoria

Depois de ter “tocado” os portos da Vila das Lajes (ilha do Pico), Horta (ilha do Faial) Ponta Delgada (ilha de S. Miguel), o transatlântico Astoria, da Empresa Transocean, esteve no porto da Praia da Vitoria (ilha Terceira) com 355 turistas alemães.

Na Terceira os passageiros e a sua simpática guia, Son’ja Weiodhase, foram superiormente acompanhados pelo conhecido Carlos Vasconcelos, Director-geral da Agência Açoreana de Viagens, com sede em Ponta Delgada e por José Henrique Pires Borges, guia de turismo. Dois pontos altos a destacar: a visita a pé pela cidade Património Mundial, Angra do Heroísmo, as vinhas e o Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda.

A guia Son´ja Weidhase, após a visita ao Museu do Vinho dos Biscoitos dos Brum, disse ter ficado encantada pelo que viu e pelo que ouviu. Os vinhos em prova foram o tranquilo “Donatário” e o generoso “Chico Maria”.

domingo, 28 de setembro de 2008

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (5)


* Rute Dias Gregório

Continuação do "Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (4)

A história mais remota desta nova área, ou de parte dela, que se vai juntar àquela que deu origem ao lugar, também se encontra razoavelmente documentada. Nasce da concessão de uma terra ao célebre Pedro de Barcelos, em 1490 e depois confirmada em 1495, que de qualquer modo não vingará nem se apresentará mais legítima do que a dada da mesma a João Valadão e filhos, a saber, Diogo, Margarida e Isabel, no mesmo ano de 1495. Ao tempo, a área é localizada simplesmente no limite das Quatro Ribeiras e as confrontações confirmam a vizinhança com o nosso conhecido Pero Álvares. Por outro lado, as referências definem a terra como estando em matos maninhos (13) .

É apenas em inícios dos século XVI, mais propriamente no ano de 1504, que Gonçalo Álvares Pamplona adquire pelo menos uma boa parte desta propriedade, por compra a Diogo Valadão (14). Em 1507 aqui se atestavam bardos a dividir as terras onde pastava o gado e as áreas das sementeiras, denotando uma actividade agrícola que justificava os já edificados, em 1506, granel com 50 côvados de comprimento (0,55m ou 0,66m – sistema de craveira ou comercial) 15 e uma casa de granar pastel.

Se associarmos estas infra-estruturas à produção documentada para a propriedade de Pero Anes do Canto, o tal núcleo forte dos Biscoitos iniciais e constituída principalmente por gado, trigo e pastel, perguntamo-nos então onde estava o motivo principal das actividades que nos trazem por cá hoje e amanhã. Ou seja, onde se vislumbra a vinha e o vinho destes tempos e que lugar ocupavam na vida dos homens dos Biscoitos dos primórdios?

A propriedade de Pero Anes do Canto produzia vinho desde a primeira metade do século XVI. Em 1512, arrolavam-se 5 pipas no rol do instrumental (16) e em 1564, conjuntamente com a fazenda da Ribeira da Lapa, atingia-se o rendimento de pelo menos 80 pipas (17). A atestar, muito particularmente, a iniciativa na introdução da vinha no lugar, ficaram alguns contratos perpétuos, ou aforamentos. Incidiam estes sobre parcelas que andavam entre os 15 e os 30 alqueires em semeadura e sobre áreas designadas por “biscoito”, “biscoito e terra” ou “pedaço de biscoito”.

Estes espaços percebem-se como periféricos relativamente ao centro nevrálgico da exploração, constituindo-se em áreas que exigiam um trabalho ainda mais árduo para se tornarem aptas à produção. Nas exigências do senhorio àqueles que ficavam com tais parcelas – identificámos pelo menos 16 concessionários só entre 1423 e 1542 –, contava-se a renda parciária em géneros de 1/3 da produção do vinho (18).

13 AA, XII, 270-271.
14 BPARDL. FEC:CPPAC, nº 1, fl 16.
15 Rute Dias Gregório- Terra e Fortuna..., p. 244.

16 Rute Dias Gregório - Pero Anes do Canto..., p.201.
17 Rute Dias Gregório - Uma exploração agro-pecuária terceirense... p. 48.
18 Rute Dias Gregório - Uma exploração agro-pecuária terceirense ... p. 40.
* Aqui

(continua)

sábado, 27 de setembro de 2008

No Dia Mundial do Turismo

Para turista ver ?

"Paisagem Açoriana dos Biscoitos" aqui

Tourada à corda (fotos)

E... também esta aqui

Reflexos do 5º toiro

(fazendo parar o trânsito)


Quem?! Eu?... Vocês é que estão irreconhecíveis!


.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Directora da DRACA visita Adega

da Casa Agrícola Brum Lda.

Esteve, uma vez mais, na Região (De)terminada dos Biscoitos a Eng.ª Agrónoma Fátima Amorim, dedicada Directora da DRACA - Direcção Regional dos Assuntos Comunitários. Naquela freguesia vinhateira da ilha Terceira fez uma visita relâmpago à adega da Casa Agrícola Brum Lda. (Museu do Vinho dos Biscoitos), onde teve palavras elogiosas para com a mesma.

De realçar que esta Casa Agrícola, ao longo dos seus 120 anos, tem vivido exclusivamente à custa da família Brum, sem ter feito qualquer projecto comunitário, nem recebido qualquer mesada... Os objectivos são outros.

A senhora Eng.ª Fátima Amorim já nos habituou ao longo dos anos com acções como esta, o que só vem reforçar o carinho e admiração que os agricultores têm por ela. Aliás, segundo fonte fidedigna, em Lisboa, a Eng.ª Fátima Amorim terá sido contactada para ingressar no I.F.A.P. – Instituto Financeiro de Apoio à Agricultura Portuguesa.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ricardina Barbosa foi à Terceira

A fim de participar numa reunião do SIDAPRA- Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública dos Açores, esteve na ilha Terceira a Eng.ª Ricardina Barbosa, Técnica Superior do Serviço Desenvolvimento Agrário da ilha de São Miguel.

Depois, desta boa acção, visitou com familiares o Museu do Vinho dos Biscoitos (Casa Agrícola Brum Lda.), onde ficou a saber as origens da sua grande paixão, o "Donatário".

A Eng.ª Ricardina Barbosa com o generoso "Chico Maria"mas, com o pensamento no "Donatário".

Tourada à corda na ilha Terceira

Tal como o homem, correndo, caindo, levantando-se e marrando...mesmo amarrado.



quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI (4)

* Rute Dias Gregório

Continuação do "Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (1) ,

do "Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (2)

e do "Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (3)

Em finais do século XVI, tanto quanto se sabe desde a década de 60 de quinhentos, já existia a freguesia de S. Pedro dos Biscoitos com a sua paroquial, nos continuamente designados por Biscoitos de pedreanes do Canto (9). Por testamento e adendas deste último, fica expressa a sua vontade em erigir uma igreja desta invocação, abaixo da sua Capela da Nazaré (c. 1512)’’’’’’ que em finais do século XVI surge designada como Nossa Senhora do Loreto (como, aliás, se mantém). Fá-lo, entre outros, e conforme as suas próprias palavras, por virtude da nova igreja vir a ficar mais próxima das gentes. Determina-a em maior tamanho, o que também atesta o crescimento do povoado, e terá iniciado a construção da mesma ainda em sua vida porque para ela, pelo menos, havia adquirido pedra em 1554.

Data de 1559, cerca de 3 anos após a morte do 1º Canto, a escritura pela qual seu filho e o pedreiro, de nome Sebastião da Ponte, alteram o acordo da construção da igreja anteriormente realizado entre o mesmo oficial e o velho Canto. Nesse ano estavam já erguidas as paredes e iniciada a torre dos sinos. Pelo mesmo contrato, ainda podemos vislumbrar uma igreja, já distante da actual em termos de estrutura e quiçá de localização, com pelo menos dois portais, um para Sul e outro para Noroeste, 2 pias de água benta e com um espaço interior dividido em três naves, com 4 pilares de cada lado (10).

Naturalmente que esta iniciativa do 1º Canto, concretizada em definitivo pelo 2º – António Pires do Canto –, se justifica pelo crescimento do lugar. Não obstante, deve também ser entendida no quadro do senhorio e domínio que estas figuras tinham sobre o lugar e as suas gentes.
Por outro lado, o próprio patrono, S. Pedro, da reverência particular do nosso poderoso do mesmo nome, acaba acidentalmente por também rememorar o primeiro Pedro, na forma proclítica do nome – que é Pero-, aquele que foi o verdadeiro povoador quatrocentista, o já referido Pero Álvares. Sobre ele apenas pudemos inferir tratar-se de um homem do grupo popular, naturalmente da respectiva elite porque privilegiado com uma sesmaria e, por isso mesmo, detentor do capital de investimento necessário ao processo de arroteamento e exploração da terra. Não obstante, nada equiparável ao estatuto do possidente, tido pelo mais poderoso fidalgo de todas as ilhas em 1546 ( 11) e que era o dito Pero Anes do Canto.

Mas pese embora a importância nevrálgica da área pertencente à referida figura (que posteriormente se dizia cobrir mais de 2 léguas de terra 12), na composição espacial da freguesia dos Biscoitos de ontem e de hoje, todo o espaço actual deixaria de ficar coberto se não referíssemos, também, a área que ficava além da que a partir de certo tempo se chamou a Ribeira do Pamplona.

Na segunda metade do século XVII, o então Bispo de Angra e das ilhas dos Açores incorporou nos Biscoitos alguns dos fregueses dos Altares. Tal realidade acaba por incorporar neste lugar um conjunto de assentos e gentes que, na origem mais remota, eram vizinhos confrontantes com os dos Biscoitos de Pedro Anes do Canto, mas que agora na organização paroquiana lhe passam a pertencer.

9- Gaspar Frutuoso- Livro sexto das saudades da terra. Ponta Delgada: Instituo Cultural de Ponta Delgada, 1978, p. 37.

10- Rute Dias Gregório - Configurações de patrocínio religioso de um ilustre açoriano do século XVI: 0 1º provedor das armadas dos Açores. Ponta Delgada: Universidade dos Açores, 1999, p. 36 ess. Sep. de Arquipélago. História. 2ª Série, Vol. III.

11- TPAC, p. 29.

12- Rute Dias Gregório - Uma unidade de exploração..., p. 33.


Aqui

(Continua)

S.Y. Wahoo na ilha Terceira (2)

Um paparazzo fotografou Julia Giger e Thomas Gusset com o Wahoo na marina da Praia da Vitória. Já nos referimos à rota do S.Y.Wahoo aqui.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Checas na Praia

Num intercâmbio com a Fundação de Ensino Profissional Praia da Vitória estão nesta Mui Notável Cidade as professoras Marie Bendová, Jana Poeorivá e Libud Kolarová, da Hotelová Skola Trbic Ceská Republika. Esta acção está integrada no Projecto Internacional da União Europeia – Programa Leonardo Da Vinci – Desenvolvimento de Aptidões Profissionais, como gastronomia, rotas, restauração e turismo.

Ontem na companhia da simpática Telma Aguiar, da Fundação Praia da Vitória, foram até à freguesia vinhateira dos Biscoitos, visitando o Museu do Vinho dos Biscoitos (Casa Agrícola Brum Lda.) e a zona vitivinícola.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Tourada à corda na ilha Terceira (fotos)

Integrada na festa do Imaculado Coração de Maria, terminou mais uma segunda-feira dos Biscoitos, com quatro toiros dos criadores: Rego Botelho, Casa Agrícola José Albino Fernandes, Ezequiel Rodrigues e Humberto Filipe.








Mas, pela fotografia, o mais bravo desta segunda-feira dos Biscoitos foi um puro da Casa Agrícola Brum, o Verdelho!...

Lugar Vitalício

na segunda-feira dos Biscoitos

Porque pertences ao número dos que não morrem, cá estás tu, no teu lugarzinho de sempre para mais uma tarde de toiros, de uma segunda-feira dos Biscoitos.
Tens agora todo espaço do Mundo e do Espaço mas, na segunda-feira dos Biscoitos o teu lugar continua cativo naquela janela como, em todos os dias e para sempre, no coração dos teus Amigos do Peito.
O ano passado estiveste aqui.

domingo, 21 de setembro de 2008

Caretos nos Açores

O grupo de caretos da Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Ousilhão, deslocou-se à ilha Terceira com a finalidade de promover a Máscara Ibérica, sendo constituído por quatro “rapazes”.

Orlando, Victor, Ricardo e João Manuel, artesão de máscaras de madeira.

Anteontem, de tarde, o Grupo esteve na Praça Velha e Rua da Esperança. De seguida foi inaugurada, no átrio superior do Paço Municipal de Angra do Heroísmo, “Mascaras em Portugal” com a presença sempre honrosa de Vinhos do Douro, enquanto decorria na Rua da Esperança – Teatro Angrense uma mostra de produtos regionais de Vinhais e artesãos de máscaras. No começo da noite foi inaugurada no Teatro Angrense a exposição “Máscara Ibérica”.

Ontem foram dar uma volta pela Ilha, com paragem no Museu do Vinho dos Biscoitos (Casa Agrícola Brum Lda.). Victor, enquanto degustava os vinhos brancos “Donatário” e “Da Resistência”, produzidos pelos Brum, referiu: Os Caretos são uma personagem mítica, caracterizada pela Festa dos Rapazes que se realiza de 25 a 26 de Dezembro, de cada ano, na localidade de Ousilhão (Vinhais).

Numa terra onde nem no Carnaval são precisas máscaras (salvo raras excepções!) mas se vão fazendo caretas a algumas situações que até fazem alguns "passarem-se dos carretos", pode agora ver no Teatro Angrense a Exposição de Caretos, belas obras de artesãos de Ousilhão (Vinhais).

sábado, 20 de setembro de 2008

Ao encontro do Chá


A Confraria do Chá Porto Formoso realiza a 18 de Outubro de 2008, na ilha de S. Miguel -Açores, um Seminário rotulado “Ao Encontro do Chá”.
O evento, a ter lugar no Teatro Micaelense, tem já a confirmação de diversas personalidades e de uma tarde que promete:

15H00 Abertura Solene do Encontro
15H15 Caracterização Pedagógica das Plantações de Chá Porto Formoso -Prof. Dr. João da Silva Madruga, do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores.
15H30 A caracterização Climática das Plantações de Chá Porto Formoso - Prof. Dr. Eduardo Frito de Azevedo, do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores e da Prof. Dr.ª Conceição Rodrigues.
15H45 Momento Musical – Mozart.com
16H00 A química do Chá - Prof. Dr. João Baptista, da Universidade dos Açores.
16H15 O chá e a saúde - Dr. João Anselmo.
16H30 Tea break / exposição fotográfica Sentir o Chá.
17H00 Plantações de Chá em S. Miguel - Dr. José de Almeida e Mello
17H15 O Chá na Literatura - Dr. Urbano Bettencourt.
17H30 O Chá Maluco - Grupo de Teatro “Vamos fazer de Conta”.
18h00 Jantar Livre
21h30 O Segredo do Chá - Companhia “SançArte”.

Saudamos o Eng.º José António Pacheco, Confrade – Feitor da Confraria, por mais esta iniciativa com um “chá de Setembro”...dos Biscoitos da ilha Terceira.

S.Y.Wahoo na ilha Terceira

Encontra-se na marina da Praia da Vitória o S.Y. Wahoo, que partiu da Suiça no dia dez de Abril do ano de 2007. A Rota traçada pelos seus três tripulantes – Projeto Africa aqui– com passagem pelos Açores, nomeadamente Horta (ilha do Faial), Velas (ilha de S. Jorge), Praia da Vitória /Angra do Heroísmo (ilha Terceira) e depois Lagos (Algarve).

Júlia Ginger e Thomas Gusset, foram, ontem, até à vinhateira freguesia dos Biscoitos, tendo ido ao Museu do Vinho dos Biscoitos (Casa Agrícola Brum Lda.) onde saborearam o branco “Donatário” e o “Chico Maria”.

Começa a ser um hábito das tripulações dos barcos, atracados nas marinas da ilha Terceira, irem até ao Museu do Vinho dos Biscoitos da família Brum abastecerem-se de vinho. Vinho que antigamente abastecia as naus e caravelas que ancoravam na baía de Angra, já referido aqui.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Remomerando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (3)

* Rute Dias Gregório

Continuação do "Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (1)
e do
"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (2)

Pese embora o afirmado, em 1511 ainda ficava registado que ali não existiam outras casas nem povoado, senão os de Pero Anes do Canto, pelo que os níveis da ocupação se limitariam aos contingentes daquela unidade de exploração agro-pecuária em formação: a designada herdade do Porto da Cruz.

Pelos anos de 1505, 1506 e 1507, o movimento das gentes atesta-se pela acção de aproveitamento que o proprietário incumbiu a seus homens, nas terras e nas zonas de biscoito. Em 1512, a herdade estava no seu todo arrendada a Jorge Marques e Afonso Anes e são estes rendeiros que passam a ter a seu cargo a árdua tarefa, e obrigação para com o senhorio, de conduzir o roçar e o desbravar da terra. Em simultâneo, sementeiras, novidades, ervagem e pães ressaltam nos documentos, atestando-se a produção e o aproveitamento de então.

Por outro lado, a tais homens das primícias, europeus de origem – alguns cujos nomes se perderam –, juntavam-se ainda, e pelo menos, os de Inês, Vasco, Diogo, Gonçalo e Pero, escravos do primeiro Canto. Todos eles, em conjunto, e até pelo menos 1515, constituem os verdadeiros pioneiros da humanização deste nosso espaço.

É apenas a 23 de Fevereiro de 1523 que, nas fontes escritas coevas, fica registada a existência de uma pouoraçom dos byscoytos do porto da cruz que he de pero anes do quamto”. Mantém-se aqui a toponímia afirmada por volta de 1505 – Porto da Cruz –, manifesta-se a pertença do espaço e povoado a Pero Anes do Canto, mas emerge pela primeira vez a existência de uma povoação – e não de um simples loguo – que agora também é dita “dos biscoitos”.

Estavam, pois, lançados os elementos da toponímia actual. Aliás, ainda na primeira metade do século XIX, Francisco Ferreira Drummond continuava a designar a freguesia com o nome que emergira na década de 20 do século XVI e que era o de Biscoitos do Porto da Cruz (6) .

Entretanto, o povoado tomou ainda outras designações, como o “lugar de São Pedro, chamado os Biscoutos” na segunda metade do século XVIII (7), ou a povoação do orago de S. Pedro, como também no século XIX podia ser denominada (8). Do mesmo modo, esta designação se remete para o primeiro Canto das ilhas e tem raízes muito anteriores aos séculos XVIII e XIX.

6- Autor citado- Apontamentos topográficos, políticos, civis e eclesiásticos para a história das nove ilhas dos Açores servindo de suplemento aos Anais da Ilha Terceira, Angra do Heroísmo: Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1990, p. 131.
7- Padre António Cordeiro- História insulana das ilhas a Portugal sujeitas no oceano ocidental. Lisboa: Typ. Do Panorama. 1866.
8- Ver nota 6 (Drumond).


* Aqui


(Continua)

Não perde uma...

Encontra-se na ilha Terceira, sua terra natal, o grande aficionado da festa brava Nuno Osvaldo Toste Laureano Simões, residente em Somerville, Estados Unidos da América.
Desde que chegou à mais festeira das ilhas dos Açores, Nuno Simões todos os dias vai aos toiros! Está-lhe no sangue. Nuno é filho dum grande desportista e do grande forcado Joaquim Simões, aquele que “pegou um toiro de costas”, na antiga Praça de Toiros de São João, em Angra do Heroísmo.

Nuno Simões, na companhia de suas tias Maria Odete e Guida, ontem, no Museu do Vinho dos Biscoitos, enfrentou, com arte, um branco puro da Casa Agrícola Brum Lda., tendo-o escolhido para semental.
Antes de regressar aos E.U.A., Nuno Simões tem ainda pela frente S. Carlos e a Imaculada Coração de Jesus dos Biscoitos.
Bons êxitos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Turismo de qualidade

Organizado e acompanhado nos Açores pela Advantage Reiben – Agência de Viagens e Turismo, encontra-se na ilha Terceira um grupo do semanário político alemão “Die Zeit”, superiormente orientado pela experiente Susanne Jaep, sócia daquela agência com sede em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel (Açores).
Trata-se de um grupo interessado pela natureza, cultura da vinha, vulcanologia e produtos típicos.

Ontem foram até aos Biscoitos, onde tiveram a oportunidade de contactarem com a Paisagem não Classificada da Cultura da Vinha, integrada na Região (De)terminada dos Biscoitos, visitando, ao pormenor, o Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda.

Museu que conta ao vivo a vida da vinha e do vinho daquela freguesia vinhateira do concelho da Praia da Vitória. No final da visita tiveram ocasião de degustarem com mestria os vinhos brancos “Donatário” e o generoso “Chico Maria”.

Os visitantes tiveram, ainda, palavras simpáticas para com as gentes da ilha Terceira, ficando surpreendidos pelo facto de a família Brum ter vindo a manter, a expensas suas, o Museu.
E acrescentaram: admiramos muito o trabalho duro feito nas vinhas, nas terras e no mar.

Na verdade ser açoriano com A (maiúsculo) é lutar contra marés e abalos...

Como disse Ciprião de Figueiredo: “Antes morrer livres que em paz sujeitos”.

Pingos de Mel

Atraídas pelas belezas naturais e pelo sedutor “Chico Maria”, as jovens psicólogas Andreia Rosa e Alexandra Lopes voltaram aos Biscoitos e ao Museu do Vinho dos Biscoitos (Casa Agrícola Brum Lda.). Como aperitivo, para o tardio almoço, uvas colhidas de diferentes castas e uns figos Pingos de Mel, que muito apreciaram. Aliás, as abelhas também os adoram.

Anteontem apanhadas pela SIC (ver aqui), ontem "apanhadas" a comerem figos Pingos de Mel.

A Dr.ª Andreia Rosa está na Santa Casa da Misericórdia da Maia, ilha de S. Miguel e a Dr.ª Alexandra Lopes, de Benedita (Alcobaça).

BDU deseja às encantadoras Psicólogas os maiores êxitos pessoais e profissionais.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Biscoitos na SIC Internacional

Rui Caria e Estêvão Gago da Câmara gravam para o programa +351 da SIC Internacional na freguesia vinhateira dos Biscoitos, concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira.
Durante toda a tarde, estiveram no Museu do Vinho dos Biscoitos da independente Casa Agrícola Brum Lda., colhendo impressões dos visitantes, agentes de viagens e guias turísticos.

Também, entrevistaram António Fernando Espínola Godinho, quando este se encontrava na pequena adega do Museu do Vinho dos Biscoitos da família Brum. Adega bem equipada e a funcionar em pleno desde 2001. António Espínola fez o balanço da vindima deste ano, salientando que nos Biscoitos, da Ilha Terceira, a casta da”Verdelho dos Açores” marca a diferença nos vinhos brancos produzidos nos Açores.

António Espínola durante a entrevista à SiC-Internacional
Já nos referimos a este Senhor do Vinho dos Açores aqui.

Ainda na Adega da Casa Agrícola Brum Lda.(Museu do Vinho dos Biscoitos).

Aliás, a recuperação e consolidação duma adega do ano de 1761, no Museu do Vinho dos Biscoitos (Casa Agrícola Brum Lda., respeitando a traça original, possibilitou a instalação de novos equipamentos enológicos inaugurados pela nobre casta branca da Verdelho dos Açores a 30 de Agosto do mesmo ano.

É, aqui, onde se vinifica o vinho mais procurado do arquipélago açoriano, o “Donatário”.

Rappé e Bea nas vinhas dos Biscoitos


As belgas, Rappé Karem e Bea Merckx, biólogas marinhas na Universidade de Ghent, encontram-se na ilha Terceira, onde mergulharam no Museu Subaquático da angra baía e nas costas da freguesia das Cinco Ribeiras, concelho de Angra do Heroísmo.

As simpáticas jovens, ontem, banharam-se no mar da freguesia dos Biscoitos, tendo de seguida visitado as vinhas do Museu do Vinho dos Biscoitos da Casa Agrícola Brum Lda.

Ainda na propriedade da família Brum, colheram e apreciaram uvas de diferentes castas, assim como os brancos “Donatário”, “Da Resistência”e o “Chico Maria”, vinhos apadrinhados pelo mar e pela lava.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Envelhecer pelos sons musicais

Foi Jules Guyot (1807 - 1872) quem escreveu que os sons musicais activam o envelhecimento do vinho.
As ondas musicais, refere, exercem uma certa influência, produzindo pequenas agitações, de onde resulta uma oxidação nos vinhos licorosos, beneficiando-os.


Na verdade, os licorosos da Casa Agrícola Brum têm sido uns privilegiados ao escutarem as vozes, violas e violões do Grupo de Baile da Canção Regional Terceirense... assim como as vibrações da Orquestra Ligeira dos Biscoitos (apresentação do 1º CD), entre outros.

esQUISSOS de Marcelo Borges

exposição
fotografia
Do crítico de Arte, José Luís Porfírio:
É comum quando falamos de fotografia mencionar o seu parentesco com a gravura. Uma técnica que historicamente a precede, pela semelhança de algumas funções e pela idêntica capacidade de se multiplicar; porém, quando vejo as imagens desses trabalhos fotográficos de Marcelo Borges é do desenho que me lembro, melhor, já que o plural se adapta bem à sua variedade, bem como às mais recentes “escritas do sol” de Barbara e Michael Leisgen.
O resultado é muito simples, sempre a preto e branco desdobram-se redes, traçam-se signos, escreve-se com luz ou com sombras; a Câmara, neste caso, não regista, mais do que o olhar, ela prolonga a mão e inventa espaços, brancos sobre o negro, negros, e cinza, sobre o branco.

No catálogo da exposição a decorrer, até Novembro, na Galeria do I.A.C.- Instituto Açoriano de Cultura, em Angra do Heroísmo.

Marcelo Borges

Biografia

Marcelo Filipe Tavares Borges nasceu em S. Miguel, Açores, a 17 de Novembro de 1984.
Cedo se ligou à fotografia, mas foi como estudante de Arte no Liceu Antero de Quental, em Ponta Delgada, que estendeu os sentidos ao assimilar novas formas e texturas. Nele conheceu e contactou com a câmara escura. Aquela que, mais tarde, vem proporcionar-lhe a possibilidade de expor numa amostra colectiva de fotografia no “9 Colóquio de História da Arte”, realizado em Vila Nova de Gaia e a sua primeira exposição individual “Re-visualizar”, decorrida no Museu de Lagoa, S. Miguel.
Decorridos os tempos divulgou a sua fotografia em “in productions”, Escola Profissional de Capelas, Ponta Delgada; “Agir Humano”, Paços do concelho, Lagoa; e “Gentes de Fé”, Auditório Municipal de Lagoa, Algarve. Foi ainda seleccionado para as mostras colectivas “Terra Nostra”, “Temas Inéditos da Lagoa”, “Festividades 08”, desenvolvidas pela Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores, e “Legendas de Um Povo”.
Foi distinguido com duas menções honrosas no Concurso de Fotografia “Festividades 07”, iniciativa do Clube Zoom; foi 2.º lugar no “1º Aniversário Zoom”; venceu o “II Concurso de Fotografia”, da Associação Juvenil do Clube Operário Desportivo e o “II Concurso de Fotografia – Reflexos Açorianos” a nível Açores.
Publicou fotografias e foi capa da revista mensal Saber Açores; nas revistas fotográficas Super Foto Prática, Foto Prática e Foto Plus; e na Atlântida, Revista de Cultura do Instituto Açoriano de Cultura.
Apesar de auto didacta, dirigiu a formação “Iniciação à Fotografia Digital”, na Escola Secundária de Lagoa e frequentou os cursos de “Introdução à fotografia de Natureza” e de “Retrato” ambos dirigidos pelo Fotógrafo Freelancer Profissional António Luís Campos e foi membro do primeiro corpo directivo da Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores.
Fonte: catálogo da exposição

Já nos tínhamos referido a Marcelo Borges aqui.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Noé e a direita

O papá Noé aterraria, numa vinha de brejo, se visse cortar os pés aos cachos das uvas com uma tesoura, porque, segundo todas as probabilidades, ele fazia destramente a operação com a unha adunca do polegar da mão direita, ou com os dentes.

Mas, tal como os dentes, outros instrumentos cortantes passaram à história. Aliás, como as navalhas marca anzol, que há poucos anos estavam em exposição no Musée Nacional Moyen Âge (Musée Cluny Paris), ferramentas com que, nos princípios do século XX, ainda se colhiam as uvas em Portugal.

Mas há, ainda, quem colha com uma tesoura...

domingo, 14 de setembro de 2008

Hoje todos os caminhos vão ter à Serreta

Santuário de Nossa Senhora dos Milagres

Serreta- Concelho de Angra do Heroísmo
Ilha Terceira- Açores


14 de Setembro de 2008(Domingo)

"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV a XVI (2)


* Rute Dias Gregório

Continuação do
"Rememorando as origens dos Biscoitos nos séculos XV e XVI" (1).

Os preceitos da concessão, a mais antiga que na Terceira deixou escritura completa, cumpriam as exigências habituais de arroteamento e exploração no prazo de 5 anos, mais outro tanto tempo para o solo se manter continuamente produtivo.

A terra, essa, em matos maninhos, ia do mar e angrada atee ho pee da serra grande augoas vertentes, localizando-se entre os biscoitos sitos além e no termo da pouoraçam e logo das Quatro Ribeiras 3) .

Este primeiro registo, sem informações complementares e no quadro do povoamento e da toponímia ainda em esboço da então chamada jlha terçeyra de jhesu christo, apontava para uma área erma no dito ano de 1482, com localização um tanto imprecisa aos nossos olhos.

O mesmo quase se repetia, quando o espaço foi novamente dado em sesmaria a Pero ou Pedro Álvares das Quatro Ribeiras. Esta última concessão faz-se em 2 cartas, dos anos de 1486 e de 1488. A primeira pelo capitão da Praia, a segunda pelos almoxarifes de ambas as capitanias e numa época em que a distribuição das terras na área estava interditada aos capitães 4) .

Embora espacialmente mais aclaradas, mantinham-se aqui referências toponímicas que exigiriam um esforço acrescido de investigação. Entre estas, o dito biscoyto d’allem das quatro Rybeiras, uma cassa da salga, uma fagãa, que se “transformará” em duas – do Porto da Cruz e da Salga –, a serra grande… tudo referências espaciais que se foram perdendo no tempo ou deixaram de constituir menções de localização centrais (ou as mais conhecidas) nos nossos dias.

O que relevava então, em termos de povoamento da área, era que se em 1482 as terras continuavam em matos maninhos, em 1486 algumas delas já eram dadas por feytas e o nome do dito Pero ou Pedro Álvares das Quatro Ribeiras emergia como o primeiro abytador que se lla foi morar sendo tudo ermo. É também nesse mesmo ano de 1486, e depois em 1488, que fica referenciada uma dita casa da salga no lugar, tal como caminhos e serventias para homens e espaços.


Estará pois concretizado, neste tempo, o primeiro assento ou assentamentos na zona, expressões que na documentação terceirense das primícias traduziam os lugares de moradia e a unidade ou círculo de produção familiar mais restrito dos habitantes 5) .

Não obstante, povoamento e toponímia foram ganhando novos contornos. De 1505 data da 1ª escritura de compra da terra pelo dito Pero Anes do Canto, na qual se assinalam casas, granéis, pomares e benfeitorias e a dita propriedade situa-se no então chamado logo do porto da cruz. Por essa altura, Porto da Cruz tornara-se a referência toponímica central do espaço em causa, atestando-se o que se poderá designar por um pequeno núcleo de povoamento.

3- Tombo de Pero Anes do Canto -TPAC- Transcrição, estudo introdutório, notas e índices de Rute dias Gregório, Angra do Heroísmo: Instituto Histórico da Ilha Terceira, 2002, p. 57. Sep. do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. LX.
5- Rute Dias Gregório- Terras e Fortuna: os primórdios da humanização da ilha Terceira (1450?-1550). Ponta Delgada: Centro de História de Além-Mar, p. 254-256.

* Aqui

(Continua)

Língua primitiva

"Qual teria sido a língua primitiva, ou que língua falavam Adão e Eva no paraíso, é questão que tem exercido a sagacidade de muitos sábios, sempre em honra do país a que cada um pertencia.

Os rabinos, por exemplo, querem que a língua mãe fosse a samaritana.

Brigant quer que fosse o baixo – bretão e, para conciliar o seu sistema com a etimologia dos nomes – Adão e Eva – chega a dizer, e com seriedade de um homem do norte, que, tendo-se Adão engasgado com o fatal pomo, teria exclamado: a tam (que bocado!) e, Eva seguramente lhe responderia: eu! (bebe).

J.B. Erro, autor espanhol, inclina-se a que da língua vascã que Adão tirou todos os nomes que deu aos seres e às coisas.

André Kemp diz que no paraíso se falaram três línguas: o sueco, o dinamarquês e o francês. Deus reservou-se a primeira, Adão responde-lhe na segunda, e foi em francês que Eva foi tentada pela serpente.

Os persas também dizem que no paraíso se falavam três línguas, mas já não são aquelas três, como se pode supor, são outras – persa, árabe e a turca. Adão e Eva falavam entre si a língua do amor e da poesia – a persa; a serpente usou para os seduzir, da língua da eloquência e da persuasão – a árabe; mas quando o anjo Gabriel os expulsou do paraíso, vendo que não escutado nem em persa nem em árabe, falou em turco.

Critério não haverá em nenhuma destas opiniões, mas patriotismo não falta".

Adão e Eva não usavam tanga, mas parra... quiçá progenitora da “Verdelho dos Açores”.

No Almanaque Açores, 1917