terça-feira, 31 de julho de 2007

Réstia de amizade



Aventureira!Ausência tua senti,
Deitaste carga ao mar, aqui se ouviu,
Olha, "fecha os olhos estou ao pé de ti",
Pedi-te,"ajuda-me", foi o que se viu.


Essa tua atitude quem aplaudiu?
O teu coração não tem qualquer sentido...
Junto das curraletas ele decidiu,
Afinal todo o teu ser ficou comovido.


Tiveste um momento de força armada,
Sentiste-me! É uma boa garantia,
Réstia de amizade desenfreada.


Abre os olhos, aproveita viajada...
Qualquer boa comida nunca enfastia!
Come! Senão ficas outra vez enjoada.



quinta-feira, 26 de julho de 2007

Baptizado com Verdelho dos Biscoitos

No passado dia 18 de Maio teve lugar nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo a cerimónia do baptismo do novo navio para a Mutualista Açoreana de Transportes Marítimos, denominado CORVO.
Presidiu à cerimónia da bênção o Vigário da Diocese de Viana do Castelo,Monsenhor Sebastião Ferreira, foi madrinha do navio a Dr.ª Tatiana Bensaude Markovich que partiu uma garrafa de «Chico Maria», um Verdelho generoso da Casa Agrícola Brum Lda.,Biscoitos, Ilha Terceira.
Estiveram presentes o Eng.º Joaquim Bensaude, como Presidente do Conselho de Administração da Mutualista Açoreana de Transportes Marítimos, os Administradores do Grupo, Dr. João Cardoso Fernandes, Dr. António Bensaude Castro Freire, Sr.ª D. Filipa Bensaude Sousa Pires, Sr.ª D. Leonor Bensaude. Ainda esteve presente, como representante dos accionistas, a Sr.ª D. Patrícia Bensaude Fernandes que, por sinal, foi homenageada pelo Estaleiro já que, em 1954 tinha ali estado como madrinha de uma construção para a E.I.N.

Fotos: Luís Miguel Correia.







segunda-feira, 23 de julho de 2007

Beleza exportadora

Mulher de grande beleza,
Nela existem verdades,
Vê-la nas nossas cidades,
Educação acertada,
Roupas frescas envergando,
O comércio fechando...
Depressa apaixonada.



Tem ela quarenta anos,
Castanho cor do cabelo,
Brilho ondulado, belo,
Madeixas, tons
alourados,
Ao que estava destinado,
Pelas vinhas e cerrados,
Me sentia renovado.



Linda! Pele de veludo,
Beleza exportadora,
Num todo: encantadora,
Grande preciosidade!
A boca pedia beijos,
Não escondendo desejos,
Nem distinções da idade.



Seu sorriso nos lábios,
A beleza exaltava,
Simples, directa, um amor!
O meu coração saltava,
Surpreendente jeitosa,
Mas sincera e
respeitosa,
Respondendo seja a quem for.



Roupas, contornos, as formas,
Descrever é impossível...
Que lugar tão aprazível:
Verdelho em solo pobre!
Elegante estatura,
Bom porte e formosura,
Não podia ser mais nobre.



Deixo aqui o seu perfil,
Ainda não contei nada...
Foi aqui pelo meu pincel,
Não sei se bem retratada,
Mas que de tal formosura,
Podem fazer a pintura,
Que sejam em tudo fiel!



O seu nome não vos digo,
Desta jovem sem pintura,
De uma grande postura,
Pronunciá-lo consigo!



Fez-me esquecer outro...ar,
Que Amizade prometeu...
"
Lol" já consigo respirar,
Porque a outra já morreu
.

sábado, 21 de julho de 2007

Cartão vermelho

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sexta-feira, 20 de julho de 2007

Perdão & Penitência

ô



Palavras...escrevi?! Não fui eu, foi o vinho!
Não merecias que falasse assim de ti...
E, nunca mais vou ter o teu doce carinho,
Não é preciso dizeres, eu já percebi.


Prometo, podes crer, ficarei quietinho,
Securas! Durante o dia água bebi!...
Sacrifício! A verdade: não consegui!
Tal coisa fria! Verdelho é mais quentinho.


O vinho bebido com inteligência,
Vamos a direito olhando para elas...
E ficam as mulheres com paciência.


Esperando que sejas também uma delas...
Já tenho a minha grande penitência:
Continuar a ser "doente das canelas".




Post - Scriptum: Bianda sabi ka ta na kabas.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Sentinela da vida

I


Foto aérea de Rui Borba. 1997

Não chorem! Ao nascer começamos a morrer,
É o primeiro passo que damos na vida,
Já perguntei aos que morreram como viver...
Mas... não fiquem com a alma entretecida.


Não! Nos olhos nenhuma lágrima vertida,
Morrerei em pleno toque da alvorada,
Numa vinha de Verdelho entristecida,
Pelos ventos e marés do norte banhada.


O sono da morte é firme nivelador,
Não me digam adeus quando chegar a hora,
Partirei sem flores, nem lágrimas de amor.


Não quero incomodar ninguém lá de fora,
Porquê?...morto já não terei nenhuma dor,
Não chorem! Encontrarei alguém que lá mora...


II

Espinhos venenosos que estão à vista,
Serão insónias dormindo em tal colchão,
Quais massagens nos fazem perder a tesão,
Merda de camas, não há ninguém que resista.


No cemitério serei mais um campista,
Esperando que vinho Verdelho derrama,
Se for algum bebedor ainda o mama,
Botai desse vinho e poupai na florista.


Quero sorrisos rasgados, varas com uvas,
E confissões de mulheres na minha campa,
Ouvirei encantado tais palavras turvas,

Serão fertilizantes naturais de trampa,
Oh! Que bela paisagem de túneis e curvas,
Silhueta de sombra na terra estampa.



III





Visitei hoje um Amigo de primeira,
Estava vestido com o "traje campero",
A mesma cortesia com grande esmero,
Dei-lhe uma vara e cacho de videira.


Soubemos quanto vale esta vida toureira,
Temperamos ao melhor nível recordações,
"Nabos com cabeça" e outras recreações,
Vinho de Verdelho e toiros da Terceira.


Não chorei! Morrer será esse o meu destino,
Até um dia! Já a morte me convida...
Aprendi muito contigo desde menino.


Exemplos: a compreender uma corrida,
Lembro-me dos toiros e do Diamantino,
E d'uma Cavaleira tão tua querida.


IV

Colchão de espinhos ou dormindo no calhau,
Ora veja lá minha amiga a razão:
Há mulheres que conseguem dar grande tesão,
E que depois de morto levantem o meu pau...


Hum...verga mas não quebra, o que já não é mau,
Vai à minha campa e gostarás do ferrão,
Sabes bem que estou à tua disposição,
Terás uma boa refeição de bacalhau.


"Viagra" não!Pois é ainda valente...
Presta a atenção! Não o terás sentido?
Há quem o aprecie, nomeadamente...


Em qualquer colchão se tem ouvido gemido,
Verte Verdelho, "porra", tu és diferente,
Tens palavras de citação?! Fico "fodido"!



sábado, 14 de julho de 2007

De um outro mundo


Olhar de arroz sedutor
Meigo, suave e felino,
Faces gravadas com frescor,
Num coração peregrino.


Rosto de grande beleza,
Nos olhos a luz e brilho,
Tenho a firme certeza,
Que este encanto partilho.


Nos lábios o vermelho,
Quentes como o Verdelho,
No mundo não há iguais.


Quem os vê tem um desejo:
De deixar neles um beijo,
P'ra não esquecer nunca mais.



quinta-feira, 12 de julho de 2007

Enigma


O gosto é um discernimento delicado
que se deve corrigir.
A educação é a mais valiosa herança,
modernamente é a instrução.
A educação enriquece a alma.



Saber ouvir a justiça, a razão, a verdade
e a boca antes do coração.
A vida é um enigma, que a morte vem decifrar
ou uma passagem, o mundo uma adega:
entra-se, bebe-se um Verdelho e sai-se
com um novo espírito.



A sede do prazer é a maior de todas,
os olhos são as almofadas do nosso corpo.
O ventre sacia-se, os olhos não.
A língua é a testemunha mais falsa do coração.
A paciência é um tesouro encoberto.

sábado, 7 de julho de 2007

Sete maravilhas, mais uma...



Já votei em ti orvalhada rosa,
Tuas duas torres: dois monumentos!
Sete maravilhas mais tu...formosa,
Poupa o meu coração de tormentos.


És de todas a mais maravilhosa,
Teoria - prática e pensamentos,
Dou-te vinte pontos apetitosa,
Recordando outros nossos momentos.


Ainda continuas excitada,
Todo o dia e de madrugada,
Os teus olhos azuis traduzem amar.


Já te mostrei curraletas e vinhas,
Dei-te um cacho longe das vizinhas,
E um bom verdelho a apreciar!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

No exílio


Os prazeres são como os alimentos,
dos simples não gostamos,
eles são como a dor entes sensíveis,
há um prazer delicado.
Os desejos inspiradores pelas paixões,
tal como o Verdelho,
são para o gosto como a sede canina,
uns hábeis artistas.
A palavra, como a flecha, não volta
e fere mais que um punhal!
A penetração tem um ar de adivinhar,
a tristeza faz-nos velhos,
o prazer pode apoiar- nos na ilusão,
o coração diz presente,
o nosso espírito vive no futuro
e nem sempre de acordo.
A mulher é um enigma inexplicável,
da natureza com arte,
O homem é escravo do ar que respira,
os Arrufos são renovações,
a Amizade é um prazer da vida,
melhores ares virão.
A amizade dobra a existência,
e alegra os corações.
Da mulher aguardamos comunicação...


quarta-feira, 4 de julho de 2007

Quem a conhece?


Entre vinhedos e lavas vou caminhando,
Nesta vida de surpresas e descuidado,
Na Amizade vou sempre acreditando,
Entre flores e cantigas sou rejeitado.


Com palavras decisivas fui maltratado,
"Não acredito em ti" - estou eu cantando,
Foram anos de mentira?! Estou lembrando!
Não digo nada, não quero ser malcriado.


Será difícil deixar de para ti olhar,
Farei contudo o possível por não parar,
Mentira do espírito e do coração.


É certo dizê-lo que tudo enfraquece...
Excepto a Amizade! Quem a conhece?
Falsos amigos são aves de arribação.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Pura



Olá Maria: que és tão linda,
Quão amizade que não me fala,
Tu ofendeste-me! Não te rala?...
Mais uma amizade que finda...

Verdelho com perfume de rosa,
Pela minha garganta já passa,
Nascido da pura e de raça,
Ó videira muito preciosa,


Única raça que me dá vida,
E que nos põe a falar verdade,
Seja qual for a nossa idade,
Pura na paisagem é sentida.